Portal Tellus Inspira

O primeiro turno das eleições para prefeitos e vereadores acontece no dia 7 de outubro. Os candidatos já prometeram o que podiam e não podiam, estão na reta final de suas campanhas e nós estamos muito perto de escolher os futuros representantes municipais para os próximos quatro anos.

O voto, que exerceremos em breve, é o símbolo mais reconhecido da participação democrática, mas não precisa ser o limite dela. O governo tem capacidade de impactar a vida de milhares de pessoas e por isso não pode fazê-lo sozinho. “Na democracia, a obediência enfraquece o debate público”, diz o professor da USP, Eugênio Bucci. Então, ao invés de ser meros alvos obedientes das políticas públicas, porque não inspirá-las?

“Governar é transformar realidades e, por isso, todos possuem um papel na construção do país”, afirma Marina Amaral, uma das fundadoras do portal Tellus Inspira que, como ela descreve, é uma ferramenta para “achar pontos de luz”. A ideia é reunir e disseminar casos inovadores para inspirar gestores públicos.  “Queremos ser uma plataforma em que o cidadão tenha espaço para contribuir e não só reclamar”.

Esses casos inovadores estão em toda parte e podem ser enviados por qualquer um. Governos, ONGs e empresas com ideias diferentes sobre educação, saúde, cidades ou meio ambiente podem se tornar mais um “ponto de luz”, como diz Marina. Basta cadastrar o caso no banco de dados do portal e, se ele for inovador mesmo, qualquer pessoa em qualquer parte do mundo poderá ter acesso à história.

O que o governo de Londres fez para promover um legado sustentável depois das Olimpíadas é um exemplo de política pública inovadora e está no Tellus. Também estão lá: a incubadora de projetos dos Centros de Promoção de Saúde do Rio de Janeiro; a jardinagem em pneus que revitalizou a agricultura de Porto Príncipe no Haiti; o software de baixo custo que permite que deficientes visuais utilizem as principais ferramentas do computador criado pelo Grupo F123 em Curitiba e muitas outras ideias que podem mudar a maneira como os serviços públicos são oferecidos.

O Tellus busca o pioneirismo no serviço público, políticas que tenham repensado conceitos e paradigmas. “Não estamos pensando em inovador no âmbito da estratégia ou burocracia. São casos que tiveram mudança na hora de oferecer um serviço. Tem que ser histórias que impactam diretamente as pessoas, e dá para perceber facilmente quando uma política tem como preocupação central o cidadão”, explica Marina.

A diferença do crowdfunding

No dia 14 de outubro do ano passado, o portal foi financiado e bem-sucedido no Catarse. Foram atingidos R$ 33.400,00 através de 208 apoiadores.  Segundo as palavras dos criadores do site, “optamos por crowdfunding porque é a expressão máxima da construção pela sociedade. As pessoas podem participar desde o começo”.

Depois de 50 dias trabalhando pesado para conseguir a verba, os realizadores têm alguns conselhos para quem se aventura no financiamento coletivo. “Uma coisa é a disseminação da mensagem, outra é a arrecadação. A maioria dos apoiadores são conhecidos nossos, não é qualquer um que vai doar dinheiro”, diz Marina. “O crowdfunding exige dedicação integral de pelo menos uma pessoa nas redes sociais”.

Para Marina, os realizadores também precisam pensar na etapa seguinte ao financiamento. Para o Tellus a arrecadação foi suficiente para programar o site, mas hoje, a ONG tem patrocínios e serviços fundamentais para sua manutenção. “Conseguimos patrocínio da Natura e também vendemos palestras sobre as principais inovações do portal”.

Além disso, o portal ganhou o primeiro lugar do Prêmio Inovação do Banco Mundial e terá a oportunidade de desenvolver um aplicativo para celular e tablet. “Acreditamos muito em soluções colaborativas. Cada um tem poder individual. Cada cidadão tem energia. E o crowdfunding pode unir isso”, conclui Marina.

Por Mayara Teixeira

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Portal Tellus Inspira

O primeiro turno das eleições para prefeitos e vereadores acontece no dia 7 de outubro. Os candidatos já prometeram o que podiam e não podiam, estão na reta final de suas campanhas e nós estamos muito perto de escolher os futuros representantes municipais para os próximos quatro anos.

O voto, que exerceremos em breve, é o símbolo mais reconhecido da participação democrática, mas não precisa ser o limite dela. O governo tem capacidade de impactar a vida de milhares de pessoas e por isso não pode fazê-lo sozinho. “Na democracia, a obediência enfraquece o debate público”, diz o professor da USP, Eugênio Bucci. Então, ao invés de ser meros alvos obedientes das políticas públicas, porque não inspirá-las?

“Governar é transformar realidades e, por isso, todos possuem um papel na construção do país”, afirma Marina Amaral, uma das fundadoras do portal Tellus Inspira que, como ela descreve, é uma ferramenta para “achar pontos de luz”. A ideia é reunir e disseminar casos inovadores para inspirar gestores públicos.  “Queremos ser uma plataforma em que o cidadão tenha espaço para contribuir e não só reclamar”.

Esses casos inovadores estão em toda parte e podem ser enviados por qualquer um. Governos, ONGs e empresas com ideias diferentes sobre educação, saúde, cidades ou meio ambiente podem se tornar mais um “ponto de luz”, como diz Marina. Basta cadastrar o caso no banco de dados do portal e, se ele for inovador mesmo, qualquer pessoa em qualquer parte do mundo poderá ter acesso à história.

O que o governo de Londres fez para promover um legado sustentável depois das Olimpíadas é um exemplo de política pública inovadora e está no Tellus. Também estão lá: a incubadora de projetos dos Centros de Promoção de Saúde do Rio de Janeiro; a jardinagem em pneus que revitalizou a agricultura de Porto Príncipe no Haiti; o software de baixo custo que permite que deficientes visuais utilizem as principais ferramentas do computador criado pelo Grupo F123 em Curitiba e muitas outras ideias que podem mudar a maneira como os serviços públicos são oferecidos.

O Tellus busca o pioneirismo no serviço público, políticas que tenham repensado conceitos e paradigmas. “Não estamos pensando em inovador no âmbito da estratégia ou burocracia. São casos que tiveram mudança na hora de oferecer um serviço. Tem que ser histórias que impactam diretamente as pessoas, e dá para perceber facilmente quando uma política tem como preocupação central o cidadão”, explica Marina.

A diferença do crowdfunding

No dia 14 de outubro do ano passado, o portal foi financiado e bem-sucedido no Catarse. Foram atingidos R$ 33.400,00 através de 208 apoiadores.  Segundo as palavras dos criadores do site, “optamos por crowdfunding porque é a expressão máxima da construção pela sociedade. As pessoas podem participar desde o começo”.

Depois de 50 dias trabalhando pesado para conseguir a verba, os realizadores têm alguns conselhos para quem se aventura no financiamento coletivo. “Uma coisa é a disseminação da mensagem, outra é a arrecadação. A maioria dos apoiadores são conhecidos nossos, não é qualquer um que vai doar dinheiro”, diz Marina. “O crowdfunding exige dedicação integral de pelo menos uma pessoa nas redes sociais”.

Para Marina, os realizadores também precisam pensar na etapa seguinte ao financiamento. Para o Tellus a arrecadação foi suficiente para programar o site, mas hoje, a ONG tem patrocínios e serviços fundamentais para sua manutenção. “Conseguimos patrocínio da Natura e também vendemos palestras sobre as principais inovações do portal”.

Além disso, o portal ganhou o primeiro lugar do Prêmio Inovação do Banco Mundial e terá a oportunidade de desenvolver um aplicativo para celular e tablet. “Acreditamos muito em soluções colaborativas. Cada um tem poder individual. Cada cidadão tem energia. E o crowdfunding pode unir isso”, conclui Marina.

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