Um novo futuro para as agências de publicidade

Todo mundo adota algumas frases ou pensamentos que norteiam sua caminhada. Ou ao menos eu imagino que seja assim. E eu vou falar sobre uma do Clay Shirky que uso muito aqui na agência:

“A revolução não acontece quando a sociedade adota novas ferramentas. Acontece quando a sociedade adota novos comportamentos”

Toda agência de propaganda sofre a mesma cobrança interna e de seus clientes: criatividade. No caso da Red Bull, eles foram criativos quando colocaram um homem pulando da estratosfera. Criativos e ricos.

Eu já acho que ser criativo na propaganda é dar a melhor solução para a realidade e necessidade de seu cliente. Fazer aquela ação promocional com R$1.500,00 de verba de produção, manja? Afinal, essa é a realidade da maioria esmagadora das empresas do nosso país.

Corta. Pula para “adotar novas ferramentas”.

Hoje a bola da vez é a Internet e o Marketing Digital. Métricas, estatísticas, relatórios, análise de ROI e mais um monte de coisa que faz o olho do cliente (ou marketing de uma empresa) brilhar. Afinal, assim é mais fácil justificar o investimento aqui e ali e diminuir os riscos e apostas.

Mas esta é a ferramenta. É o meio e não o fim. É o “como” e não o “o quê”.

Corta novamente. Pula para “adotar novos comportamentos”.

Aí é que eu enxergo a magia do crowdfunding, a importância do engajamento e um possível futuro para agências de propaganda.

Utilizamos do financiamento coletivo em 3 situações aqui na agência e ficamos impressionados com os resultados: baixo investimento de criação e mídia, alto engajamento, mensuração e 100% conversão. Vou falar especificamente de duas vantagens e dois casos.

Primeiro porque utilizamos a força do coletivo.

Tivemos a oportunidade de dar às pessoas que se identificavam com a marca/produto/causa a chance de ser um agente transformador. Puderam financiar projetos que dificilmente existiriam sem o aporte do grupo. Isso gerou uma sensação de reciprocidade que aumentou o relacionamento entre pessoas/empresas.

A segunda vantagem é otimização da verba de produção.

Se fôssemos criar uma campanha para  divulgar o lançamento e pré-venda do novo amplificador da Gato Preto Classics, cliente da 8D Propaganda que fez um financiamento coletivo no Catarse, gastaríamos MUITO mais em produção. Posso frisar de novo? MUITO MAIS em produção e em mídia. Anunciar em mídias “tradicionais”, em vários locais segmentados na Web, peças e formatos diferentes etc. O orçamento não daria. A logística seria muito diferente. A transparência muito menor.

TORO: Gato preto classics

 

O que fizemos? Uma campanha de pré-venda, utilizando da ferramenta já existente do financiamento coletivo. Novamente, a ferramenta já estava ali e nós só fizemos o que nos parecia óbvio: chamar os fãs da marca para impulsionar o lançamento de um novo produto.

Nosso custo de produção não chegou a 5% do valor arrecadado.

Durante 45 dias criamos as mais variadas peças de suporte para conversão: e-mail marketing, conteúdo para mídias sociais, assessoria de imprensa etc. Deu certo: a empresa contou com um “aporte” para a produção de seu novo produto sem necessidade de empréstimos ou abertura de capital. Os clientes tiveram um desconto considerável na compra do produto. Todo mundo saiu ganhando e assim que é bom pra todo mundo.

7CUMES: Kilimanjaro

 

Outro projeto que deu certo: financiamento coletivo para lançamento de uma coleção de livros do Gustavo Ziller, também aqui no Catarse. Diferentemente da pré-venda de produtos, esta campanha só poderia existir se arrecadássemos todo o valor previsto. Metade (ou 75%, tanto faz) não seria suficiente para a execução. Por isso usamos a modalidade: “tudo ou nada”.

Se a meta não fosse atingida, todo o dinheiro seria devolvido para os apoiadores. Trabalhamos 45 dias no risco e na motivação: ou atingíamos a meta ou o trabalho estaria perdido. E arrecadamos. O livro será lançado com todos os seus custos já pagos, incluindo a verba de marketing.

E assim eu vejo um futuro para as agências de propaganda com a criação de projetos relevantes aos seus stakeholders.

Relevância no projeto = maior engajamento do coletivo. Mudança de comportamento = novos resultados.

E, não sei se já disse, coisas incríveis acontecem quando adotamos novos comportamentos.

Camilo Mello

Texto de Camilo Melo, sócio da 8D Propaganda
Colaborador
Este texto foi escrito por um colaborador do Catarse! Quer ser um colaborador? Mande um email para comunicacao@catarse.me com a sua sugestão de pauta. ;)

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Um novo futuro para as agências de publicidade

Todo mundo adota algumas frases ou pensamentos que norteiam sua caminhada. Ou ao menos eu imagino que seja assim. E eu vou falar sobre uma do Clay Shirky que uso muito aqui na agência:

“A revolução não acontece quando a sociedade adota novas ferramentas. Acontece quando a sociedade adota novos comportamentos”

Toda agência de propaganda sofre a mesma cobrança interna e de seus clientes: criatividade. No caso da Red Bull, eles foram criativos quando colocaram um homem pulando da estratosfera. Criativos e ricos.

Eu já acho que ser criativo na propaganda é dar a melhor solução para a realidade e necessidade de seu cliente. Fazer aquela ação promocional com R$1.500,00 de verba de produção, manja? Afinal, essa é a realidade da maioria esmagadora das empresas do nosso país.

Corta. Pula para “adotar novas ferramentas”.

Hoje a bola da vez é a Internet e o Marketing Digital. Métricas, estatísticas, relatórios, análise de ROI e mais um monte de coisa que faz o olho do cliente (ou marketing de uma empresa) brilhar. Afinal, assim é mais fácil justificar o investimento aqui e ali e diminuir os riscos e apostas.

Mas esta é a ferramenta. É o meio e não o fim. É o “como” e não o “o quê”.

Corta novamente. Pula para “adotar novos comportamentos”.

Aí é que eu enxergo a magia do crowdfunding, a importância do engajamento e um possível futuro para agências de propaganda.

Utilizamos do financiamento coletivo em 3 situações aqui na agência e ficamos impressionados com os resultados: baixo investimento de criação e mídia, alto engajamento, mensuração e 100% conversão. Vou falar especificamente de duas vantagens e dois casos.

Primeiro porque utilizamos a força do coletivo.

Tivemos a oportunidade de dar às pessoas que se identificavam com a marca/produto/causa a chance de ser um agente transformador. Puderam financiar projetos que dificilmente existiriam sem o aporte do grupo. Isso gerou uma sensação de reciprocidade que aumentou o relacionamento entre pessoas/empresas.

A segunda vantagem é otimização da verba de produção.

Se fôssemos criar uma campanha para  divulgar o lançamento e pré-venda do novo amplificador da Gato Preto Classics, cliente da 8D Propaganda que fez um financiamento coletivo no Catarse, gastaríamos MUITO mais em produção. Posso frisar de novo? MUITO MAIS em produção e em mídia. Anunciar em mídias “tradicionais”, em vários locais segmentados na Web, peças e formatos diferentes etc. O orçamento não daria. A logística seria muito diferente. A transparência muito menor.

TORO: Gato preto classics

 

O que fizemos? Uma campanha de pré-venda, utilizando da ferramenta já existente do financiamento coletivo. Novamente, a ferramenta já estava ali e nós só fizemos o que nos parecia óbvio: chamar os fãs da marca para impulsionar o lançamento de um novo produto.

Nosso custo de produção não chegou a 5% do valor arrecadado.

Durante 45 dias criamos as mais variadas peças de suporte para conversão: e-mail marketing, conteúdo para mídias sociais, assessoria de imprensa etc. Deu certo: a empresa contou com um “aporte” para a produção de seu novo produto sem necessidade de empréstimos ou abertura de capital. Os clientes tiveram um desconto considerável na compra do produto. Todo mundo saiu ganhando e assim que é bom pra todo mundo.

7CUMES: Kilimanjaro

 

Outro projeto que deu certo: financiamento coletivo para lançamento de uma coleção de livros do Gustavo Ziller, também aqui no Catarse. Diferentemente da pré-venda de produtos, esta campanha só poderia existir se arrecadássemos todo o valor previsto. Metade (ou 75%, tanto faz) não seria suficiente para a execução. Por isso usamos a modalidade: “tudo ou nada”.

Se a meta não fosse atingida, todo o dinheiro seria devolvido para os apoiadores. Trabalhamos 45 dias no risco e na motivação: ou atingíamos a meta ou o trabalho estaria perdido. E arrecadamos. O livro será lançado com todos os seus custos já pagos, incluindo a verba de marketing.

E assim eu vejo um futuro para as agências de propaganda com a criação de projetos relevantes aos seus stakeholders.

Relevância no projeto = maior engajamento do coletivo. Mudança de comportamento = novos resultados.

E, não sei se já disse, coisas incríveis acontecem quando adotamos novos comportamentos.

Camilo Mello

Texto de Camilo Melo, sócio da 8D Propaganda

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