Belo Monte de Vozes

“Vocês são contra a hidrelétrica?

Não, a gente é contra um processo atropelado… da forma como esse processo tá acontecendo” 

 

Começamos este post com uma frase, que você encontra no vídeo do projeto Belo Monte - o anúncio de uma guerra, da produtora Cinedelia, que está no Catarse.

Foto: André Vilela D’Elia

 

Mas qual o motivo de um post dedicado a este projeto em específico?

Por alguns motivos.

 

A equipe do Catarse acredita que se o projeto Belo Monte - anúncio de uma Guerra for bem sucedido, teremos um marco na história deste país. Teremos uma obra cinematográfica feita de forma independente, acelerada por processos de financiamento colaborativo, e que se propõe a intensificar a discussão sobre  uma temática política importante para a sociedade. E acima de tudo, o documentário terá o poder de materializar os rostos, opiniões, e pontos de vista de quem está lá na região convivendo no dia-a-dia com as controvérsias, erros e acertos do projeto Belo Monte. E isto é o que mais nos importa: ajudar a viabilizar uma obra que somará à discussão sobre Belo Monte, que será reflexo da vontade de uma parcela da sociedade que vê no filme a oportunidade de somar mais uma voz ao debate. E é este caráter de escolha que torna o apoio ao projeto um ato político.

 

Temos alguns dias para dar uma resposta à carência de vozes que permeia toda a polêmica em torno da hidrelétrica. Esta resposta vem na forma de cinema. De fato, o projeto Belo Monte - anúncio de uma guerra é um recorte de oposição, mas que tem como objetivo final equilibrar algumas das forças (não… não são apenas dois lados) no assunto Belo Monte. Não se trata apenas de optar por este ou aquele modelo de desenvolvimento, afirmar categoricamente que este ou aquele lado é o detentor da razão. O que destacamos aqui é a importância de compreender que o debate público é um processo fundamental em tomadas de decisão como esta. Não podemos simplesmente validar uma ação governamental, sem ao menos ver, ouvir e sentir a opinião de quem de fato será afetado por esta iniciativa: os índios, ribeirinhos e habitantes das áreas atingidas. Não ouvi-los é criar precedentes para ações pouco transparentes, que desvalorizam minorias e abrem caminho para um tipo de autoritarismo que, a priori, não desejamos.

 

Por fim, a conclusão bem sucedida do projeto da Cinedelia nos daria, no mínimo, um filme que representaria algo inédito, com uma qualidade técnica maravilhosa, algo que gostaríamos de ver distribuído gratuitamente pelas veias eletrônicas deste país.

Ao nosso ver, esta não é uma briga exatamente sobre Belo Monte, mas sobre a seriedade administrativa, processual e humana que queremos para o que convencionamos chamar de Brasil. E este país tem muitas faces, e muitas vozes.

 

Alguns antecedentes:

O projeto trata de um assunto de interesse público bem conhecido, que recentemente veio à tona com força devido ao vídeo do Movimento Gota D’água, onde atores conhecidos chamam a atenção da audiência para a questão da Hidrelétrica Belo Monte. Válido e importantíssimo como elemento de provocação. No entanto, notava-se nos burburinhos das redes sociais que algumas pessoas queriam mais informações, assim como questionavam a ausência de abordagens que valorizassem a voz de quem está no dia-a-dia de Belo Monte.

 

Antes mesmo do vídeo do Gota D’água entrar no ar, a equipe do Catarse vinha conversando com os resposáveis pelo documentário Belo Monte - anúncio de uma guerra, e com a explosão do tema, num misto de sorte, oportunidade e momento, estabelecemos uma data para que o projeto entrasse no ar.

 

A despeito do fato de que  Belo Monte - o anúncio de uma guerra é o projeto de maior valor já colocado na plataforma até agora, o motivo fundamental do documentário estar no Catarse é o mesmo de todos os outros projetos: captar recursos através do financiamento colaborativo para viabilizar financeiramente algum processo. No caso de Belo Monte, a finalização do documentário. É importante dizer que a equipe da Cinedelia (produtora de Belo Monte - anúncio de uma guerra) já percorreu a maioria das etapas para que o filme acontecesse, arcando com os custos iniciais de produção. O valor solicitado no Catarse serve para finalizar a obra e ressarcir alguns dos custos pessoais que membros da equipe tiveram. Você pode conferir um orçamento detalhado lá no site da produtora.

A idéia de cumprir esta última etapa através do financiamento colaborativo, assim como em outros projetos, como o da Banda Mais Bonita da Cidade, consolida a produção da obra como algo mais que independente. É uma produção feita na garra , e que ao ser viabilizada de forma coletiva, convida o público a exercer um caráter participativo no resultado final da obra. São os espectadores agindo como produtores, divulgadores e girando todo um mecanismo antes mesmo de o filme estar em sua forma final.  É este público quem fecha um ciclo da produção da obra e afirma o documentário como resultado de uma iniciativa coletiva, e independente.  

 

Gostaríamos muito de ver este filme em festivais pelo Brasil e pelo mundo.  E acima de tudo saber que ele é fruto de um esforço genuíno de uma equipe de produtores (Cinedelia) aliada à uma vontade intensa de uma sociedade dar voz, através do cinema,  a um grupo minoritário que, queiram ou não, será afetado por uma obra estatal. Sim, nos dá orgulho ver um projeto destes no Catarse, e gostaríamos de compartilhar este orgulho com todos vocês.  

 

Vamos fazer acontecer este projeto? Juntos?

Pelo bem da diversidade, do debate e de um caminho onde governo e sociedade estejam mais próximos?

 

Confere lá:

Rodrigo Maia

@rmaiafoto

com pitacos fabulosos e seguros da

Equipe Catarse

Catarse
A comunidade de financiamento coletivo mais charmosa do Brasil! Desde 17 de janeiro de 2011 contribuimos para que, cada vez mais, um monte de projetos fabulosos possam acontecer no Brasil e no mundo.

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“Vocês são contra a hidrelétrica?

Não, a gente é contra um processo atropelado… da forma como esse processo tá acontecendo” 

 

Começamos este post com uma frase, que você encontra no vídeo do projeto Belo Monte - o anúncio de uma guerra, da produtora Cinedelia, que está no Catarse.

 

Mas qual o motivo de um post dedicado a este projeto em específico?

Por alguns motivos.

 

A equipe do Catarse acredita que se o projeto Belo Monte - anúncio de uma Guerra for bem sucedido, teremos um marco na história deste país. Teremos uma obra cinematográfica feita de forma independente, acelerada por processos de financiamento colaborativo, e que se propõe a intensificar a discussão sobre  uma temática política importante para a sociedade. E acima de tudo, o documentário terá o poder de materializar os rostos, opiniões, e pontos de vista de quem está lá na região convivendo no dia-a-dia com as controvérsias, erros e acertos do projeto Belo Monte. E isto é o que mais nos importa: ajudar a viabilizar uma obra que somará à discussão sobre Belo Monte, que será reflexo da vontade de uma parcela da sociedade que vê no filme a oportunidade de somar mais uma voz ao debate. E é este caráter de escolha que torna o apoio ao projeto um ato político.

 

Temos alguns dias para dar uma resposta à carência de vozes que permeia toda a polêmica em torno da hidrelétrica. Esta resposta vem na forma de cinema. De fato, o projeto Belo Monte - anúncio de uma guerra é um recorte de oposição, mas que tem como objetivo final equilibrar algumas das forças (não… não são apenas dois lados) no assunto Belo Monte. Não se trata apenas de optar por este ou aquele modelo de desenvolvimento, afirmar categoricamente que este ou aquele lado é o detentor da razão. O que destacamos aqui é a importância de compreender que o debate público é um processo fundamental em tomadas de decisão como esta. Não podemos simplesmente validar uma ação governamental, sem ao menos ver, ouvir e sentir a opinião de quem de fato será afetado por esta iniciativa: os índios, ribeirinhos e habitantes das áreas atingidas. Não ouvi-los é criar precedentes para ações pouco transparentes, que desvalorizam minorias e abrem caminho para um tipo de autoritarismo que, a priori, não desejamos.

 

Por fim, a conclusão bem sucedida do projeto da Cinedelia nos daria, no mínimo, um filme que representaria algo inédito, com uma qualidade técnica maravilhosa, algo que gostaríamos de ver distribuído gratuitamente pelas veias eletrônicas deste país.

Ao nosso ver, esta não é uma briga exatamente sobre Belo Monte, mas sobre a seriedade administrativa, processual e humana que queremos para o que convencionamos chamar de Brasil. E este país tem muitas faces, e muitas vozes.

 

Alguns antecedentes:

O projeto trata de um assunto de interesse público bem conhecido, que recentemente veio à tona com força devido ao vídeo do Movimento Gota D’água, onde atores conhecidos chamam a atenção da audiência para a questão da Hidrelétrica Belo Monte. Válido e importantíssimo como elemento de provocação. No entanto, notava-se nos burburinhos das redes sociais que algumas pessoas queriam mais informações, assim como questionavam a ausência de abordagens que valorizassem a voz de quem está no dia-a-dia de Belo Monte.

 

Antes mesmo do vídeo do Gota D’água entrar no ar, a equipe do Catarse vinha conversando com os resposáveis pelo documentário Belo Monte - anúncio de uma guerra, e com a explosão do tema, num misto de sorte, oportunidade e momento, estabelecemos uma data para que o projeto entrasse no ar.

 

A despeito do fato de que  Belo Monte - o anúncio de uma guerra é o projeto de maior valor já colocado na plataforma até agora, o motivo fundamental do documentário estar no Catarse é o mesmo de todos os outros projetos: captar recursos através do financiamento colaborativo para viabilizar financeiramente algum processo. No caso de Belo Monte, a finalização do documentário. É importante dizer que a equipe da Cinedelia (produtora de Belo Monte - anúncio de uma guerra) já percorreu a maioria das etapas para que o filme acontecesse, arcando com os custos iniciais de produção. O valor solicitado no Catarse serve para finalizar a obra e ressarcir alguns dos custos pessoais que membros da equipe tiveram. Você pode conferir um orçamento detalhado lá no site da produtora.

A idéia de cumprir esta última etapa através do financiamento colaborativo, assim como em outros projetos, como o da Banda Mais Bonita da Cidade, consolida a produção da obra como algo mais que independente. É uma produção feita na garra , e que ao ser viabilizada de forma coletiva, convida o público a exercer um caráter participativo no resultado final da obra. São os espectadores agindo como produtores, divulgadores e girando todo um mecanismo antes mesmo de o filme estar em sua forma final.  É este público quem fecha um ciclo da produção da obra e afirma o documentário como resultado de uma iniciativa coletiva, e independente.  

 

Gostaríamos muito de ver este filme em festivais pelo Brasil e pelo mundo.  E acima de tudo saber que ele é fruto de um esforço genuíno de uma equipe de produtores (Cinedelia) aliada à uma vontade intensa de uma sociedade dar voz, através do cinema,  a um grupo minoritário que, queiram ou não, será afetado por uma obra estatal. Sim, nos dá orgulho ver um projeto destes no Catarse, e gostaríamos de compartilhar este orgulho com todos vocês.  

 

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