“Ser a primeira opção” significa que, quando alguém quiser concretizar uma ideia, pense logo em usar o Catarse. Isso implica em massificar o modelo, torná-lo conhecido de todos os brasileiros e desenvolvê-lo ao ponto de estabelecer vantagens decisivas sobre todas as outras possibilidades de financiamento, como editais públicos, empréstimos bancários, fundos de investimento, leis de incentivos e patrocínio de empresas.
Esse caminho nos leva até o princípio do empoderamento sobre a seleção. Hoje, cerca de 30% dos projetos que são enviados para o Catarse efetivamente entram no ar. A maioria fica no caminho por uma diversidade de razões, mas principalmente por não conseguirem adequar seu projeto a proposta de um site de financiamento coletivo. Nesse sentido, é importante para a construção da cultura do modelo no país termos uma maior disseminação das boas práticas e pré-requisitos para uma campanha de sucesso, ou seja, aquela que alcança e meta de arrecadação no prazo estabelecido.
Além disso, queremos criar mais pontos de contato entre a plataforma enquanto ferramenta e seus usuários. A ideia é oferecer mais recursos para quem deseja cumprir papéis de produção, gestão e curadoria de projetos na comunidade de financiamento coletivo brasileira. Estamos testando modalidades do nosso sistema nas quais há a possibilidade de terceiros, outras entidades que não o Catarse, terem canais próprios na plataforma, com propostas específicas, seja para fechar sessões de cinema em diversas cidades do Brasil, seja para selecionar e incentivar projetos de transformação social.Acreditamos que, ao percorrer esse caminho de abertura, criaremos as condições necessárias para que a própria comunidade interaja entre si espontaneamente, gere oportunidades e faça mais recortes de curadoria que não os da equipe interna da plataforma. Os usuários passariam não apenas a decidir apenas quais projetos querem financiar, como também participariam ativamente como produtores, curadores e gestores de projetos. Estaríamos assim, ajudando a desenvolver o ecossistema do financiamento coletivo brasileiro.Viabilizar está sobre financiar porque queremos que o Catarse vá além do financiamento coletivo e se torne um espaço onde pessoas se encontram, se relacionam e trabalham para que as ideias sejam desenvolvidas e se tornem realidade. Criar formas de apoiar os projetos com outros serviços além do dinheiro é a sugestão mais votada na história do fórum de feedbacks da plataforma. Assim como a comunidade, nós também queremos seguir por esse caminho.Essa mudança implica diretamente no fato das ideias estarem sobre os projetos. Hoje, trabalhamos com projetos criativos que tenham início, meio e fim bem definidos e um resultado claro da sua execução. Queremos abrir esse escopo de atuação e transformar o Catarse num lugar onde uma ideia possa amadurecer e se tornar um ou milhares de projetos de financiamento coletivo. Quem sabe até mesmo nenhum. Por isso, experiência é mais importante do que o resultado. O essencial aqui é aprendermos com todo o processo e fortalecer o coletivo com a construção de conhecimento colaborativo e aberto.Disrupção está sobre status quo, primeiro porque realmente temos um gosto especial por projetos que se propõem a achar novas abordagens e trilhar caminhos desconhecidos. Gostamos muito de todo tipo de gente, organizações, empresas, iniciativas, coletivos e, sobretudo, de quaisquer ações que buscam inovar. E para observar uma maior difusão dessas iniciativas precisamos circular recursos de forma mais ampla, uma vez que a maioria dos projetos da plataforma ainda estão concentrados nos centros das grandes capitais. Em um âmbito estratégico para nos tornarmos a primeira opção para viabilizar ideias criativas, desejamos amplificar para mais territórios esse sentimento de procura por novas alternativas.Sob a bênção desses princípios e a Meta Monstro no horizonte, analisamos os números da plataforma para traçar os objetivos de médio e curto prazo. Estamos trabalhando para deixar todas essas informações abertas, mas, enquanto não temos uma boa página de estatísticas, compartilho algumas descobertas aqui. Como o sucesso de cada campanha depende muito do trabalho do realizador de cada projeto e a taxa de sucesso se mantém relativamente estável em torno dos 55%, focamos nossa atenção na entrada de projetos no ar. Esse número foi definido como o grande termômetro do impacto gerado pelo Catarse.A primeira constatação é de que o crescimento de projetos no ar está se estabilizando. Depois de um 2012 de crescimento acelerado em comparação a 2011, o número de campanhas novas está encontrando o seu patamar em torno de 60 por mês em média. Em números absolutos, continuamos crescendo. A previsão é de fecharmos 2013 com 400 projetos financiados. Em 2012, foram 280 e 142 em 2011. Apenas o ritmo de novas arrecadações que está diminuindo.
Encaramos essa redução como um processo normal após três anos do início da cultura do financiamento coletivo no país. Como a zona de conforto não é muito a nossa área, estamos nos preparando para um esforço anormal para espalhar ainda mais esse modelo no ano que vem.
O objetivo para 2014, carinhosamente apelidado de Meta Monstrinho, é quintuplicar o resultado de 2013. Queremos passar de 400 projetos financiados para 2.000. Estimamos que a expansão vai reduzir nossa taxa de sucesso para cerca de 45%. Assim, precisaremos que algo em torno de 4.500 campanhas sejam lançadas no ano que vem para atingir a meta. Como não há tempo a perder, os dois últimos meses do ano já entraram na roda. Queremos aumentar em 60% o número de projetos no ar no último trimestre de 2013 em relação ao ano passado. Para isso, precisamos de 246 campanhas novas no período. Parece difícil e ambicioso? A ideia é essa!
Essas metas grandes, audaciosas e peludas vão exigir que nós não apenas melhoremos cada vez mais a plataforma, mas também façamos ações mais ativas para levar a opção do financiamento coletivo para mais gente no Brasil. Temos algumas ideias para começar esse trabalho e elas serão desenvolvidas e apresentadas ao longo do ano que vem. Para adiantar, vamos inaugurar o ano de 2014 com a divulgação dos resultados da inédita pesquisa sobre o retrato sobre o financiamento coletivo no Brasil. Fique ligado! E, como sempre, adoraríamos ouvir suas sugestões de como podemos atingir nossas metas e cumprir essa loucura que inventamos. Proponha, discorde, incentive e manifeste-se nos comentários abaixo.