Minha filha me levou a aprender em família: conheça a Komborgânica

Por Joana Ricci, realizadora do projeto Komborgânica

Quando colocamos a Komborgânica para rodar em outubro de 2015 sabíamos exatamente o que queríamos conquistar, mas estávamos começando a aprender o que precisaríamos para chegar lá.

O objetivo sempre foi facilitar o acesso aos produtos orgânicos por meio de uma Kombi (apelidada carinhosamente de Nica). Nela montamos nossa feira itinerante e a cada dia estacionamos em alguns locais parceiros como academias, restaurantes, lugares ligados a bem estar, vida saudável, etc.

Empreendendo uma vida mais saudável

Em plena crise, empreender dá o maior frio na barriga. Mas a nossa sorte foi que as pessoas estão cada vez mais abertas ao consumo deste tipo de alimento e tem procurado se alimentar com comida de verdade e de qualidade. No geral, o público começou a se questionar sobre o que consumir e de onde vem aquilo que chega aos seus pratos.

Foi isso que a gente se perguntou também aqui em casa quando nasceu a minha primeira filha. Eu já consumia alguns produtos orgânicos, mas sempre me esquecia de pedir no delivery ou faltava tempo e energia para ir até as feiras de orgânicos. Quando a nossa pequena começou a se alimentar é que a inquietude bateu de vez! Foi nessa hora que deu aquele estalo: por que não criar algo que facilite o dia a dia de tantas pessoas que querem se alimentar melhor? E se a gente montasse uma feira que fosse até as pessoas? Ainda podíamos contribuir para o trabalho de produtores rurais, incentivar a agricultura familiar, diminuir o impacto negativo no meio ambiente e por aí vai.

Trabalhar com orgânicos nunca foi um objetivo para nenhum dos sócios da Komborgânica. Dos quatro membros da trupe, cada um tem profissões diferentes. O Thiago, meu marido, trabalhava anos com publicidade e cinema e quase montou um food truck de hambúrguer antes do nosso empreendimento florescer. O Junior, que é quem está todos os dias na feira, estudou em Escola Agrícola, mas se formou em Fisioterapia e atualmente trabalha com gestão de Recursos Humanos.  A Paula é economista e gerente financeira de uma empresa da área de comunicação. E eu me formei em jornalismo, mas sempre me dediquei a projetos sociais. Sempre brinco que nunca imaginei que ia me tornar feirante, mas verdade é que a Komborgânica vai além da feira.

Dia a dia na Nica

Nestes dez meses que estamos rodando, dia a dia, sem parar, mapeamos dezenas de produtores, conhecemos e nos aproximamos de muitos deles e vimos como é duro trabalhar para proteger suas plantações de pragas e das intempéries com muito respeito à terra. Entendemos o que de fato é a sazonalidade e que a natureza nos dá coisas diferentes à cada época do ano. Também fizemos com que muitos clientes fossem mudando seus hábitos alimentares. Sempre que algum cliente duvida da diferença de qualidade dos orgânicos, lhe damos de presente algo para experimentar. E a pessoa sempre volta e leva mais do mesmo além de experimentar algo diferente.

Coletivamente, vamos mais longe!

Agora queremos ir além! Recentemente conseguimos um espaço incrível para utilizar como depósito e pretendemos montar ali uma quitanda para expandir ainda mais o trabalho que já estamos fazendo de facilitar o acesso aos orgânicos. Queremos começar a manipular alguns alimentos a fim de diminuir o desperdício, que hoje gira em torno de 12%, transformando essas "sobras ricas” em geleias, polpas, antepastos, conservas, desidratados, etc.

Para que isso aconteça precisamos montar esse novo espaço com equipamentos adequados e preparando o local para que esses produtos sejam produzidos e comercializados. E como vamos fazer isso se já gastamos tudo que tínhamos quando montamos a Nica no ano passado? Com um projeto de um financiamento coletivo aqui no Catarse.

Acreditamos nessa rede orgânica que montamos e queremos convidar a todos a participar dessa ideia contribuindo também com o nosso trabalho. Este método permite que projetos sejam viabilizadas a partir do trabalho e apoio em conjunto de muitas pessoas e acreditamos muito nisso. Clique aqui pra saber mais: www.cartarse.me/komborganica. 

 

Você também tem uma ideia para tirar do papel? A gente recomenda que você comece com o Guia do Financiamento Coletivo:

 

Colaborador
Este texto foi escrito por um colaborador do Catarse! Quer ser um colaborador? Mande um email para comunicacao@catarse.me com a sua sugestão de pauta. ;)

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Minha filha me levou a aprender em família: conheça a Komborgânica

Por Joana Ricci, realizadora do projeto Komborgânica

Quando colocamos a Komborgânica para rodar em outubro de 2015 sabíamos exatamente o que queríamos conquistar, mas estávamos começando a aprender o que precisaríamos para chegar lá.

O objetivo sempre foi facilitar o acesso aos produtos orgânicos por meio de uma Kombi (apelidada carinhosamente de Nica). Nela montamos nossa feira itinerante e a cada dia estacionamos em alguns locais parceiros como academias, restaurantes, lugares ligados a bem estar, vida saudável, etc.

Empreendendo uma vida mais saudável

Em plena crise, empreender dá o maior frio na barriga. Mas a nossa sorte foi que as pessoas estão cada vez mais abertas ao consumo deste tipo de alimento e tem procurado se alimentar com comida de verdade e de qualidade. No geral, o público começou a se questionar sobre o que consumir e de onde vem aquilo que chega aos seus pratos.

Foi isso que a gente se perguntou também aqui em casa quando nasceu a minha primeira filha. Eu já consumia alguns produtos orgânicos, mas sempre me esquecia de pedir no delivery ou faltava tempo e energia para ir até as feiras de orgânicos. Quando a nossa pequena começou a se alimentar é que a inquietude bateu de vez! Foi nessa hora que deu aquele estalo: por que não criar algo que facilite o dia a dia de tantas pessoas que querem se alimentar melhor? E se a gente montasse uma feira que fosse até as pessoas? Ainda podíamos contribuir para o trabalho de produtores rurais, incentivar a agricultura familiar, diminuir o impacto negativo no meio ambiente e por aí vai.

Trabalhar com orgânicos nunca foi um objetivo para nenhum dos sócios da Komborgânica. Dos quatro membros da trupe, cada um tem profissões diferentes. O Thiago, meu marido, trabalhava anos com publicidade e cinema e quase montou um food truck de hambúrguer antes do nosso empreendimento florescer. O Junior, que é quem está todos os dias na feira, estudou em Escola Agrícola, mas se formou em Fisioterapia e atualmente trabalha com gestão de Recursos Humanos.  A Paula é economista e gerente financeira de uma empresa da área de comunicação. E eu me formei em jornalismo, mas sempre me dediquei a projetos sociais. Sempre brinco que nunca imaginei que ia me tornar feirante, mas verdade é que a Komborgânica vai além da feira.

Dia a dia na Nica

Nestes dez meses que estamos rodando, dia a dia, sem parar, mapeamos dezenas de produtores, conhecemos e nos aproximamos de muitos deles e vimos como é duro trabalhar para proteger suas plantações de pragas e das intempéries com muito respeito à terra. Entendemos o que de fato é a sazonalidade e que a natureza nos dá coisas diferentes à cada época do ano. Também fizemos com que muitos clientes fossem mudando seus hábitos alimentares. Sempre que algum cliente duvida da diferença de qualidade dos orgânicos, lhe damos de presente algo para experimentar. E a pessoa sempre volta e leva mais do mesmo além de experimentar algo diferente.

Coletivamente, vamos mais longe!

Agora queremos ir além! Recentemente conseguimos um espaço incrível para utilizar como depósito e pretendemos montar ali uma quitanda para expandir ainda mais o trabalho que já estamos fazendo de facilitar o acesso aos orgânicos. Queremos começar a manipular alguns alimentos a fim de diminuir o desperdício, que hoje gira em torno de 12%, transformando essas "sobras ricas” em geleias, polpas, antepastos, conservas, desidratados, etc.

Para que isso aconteça precisamos montar esse novo espaço com equipamentos adequados e preparando o local para que esses produtos sejam produzidos e comercializados. E como vamos fazer isso se já gastamos tudo que tínhamos quando montamos a Nica no ano passado? Com um projeto de um financiamento coletivo aqui no Catarse.

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