Catarse, desde o início, adotou o modelo “tudo ou nada”. Ou o projeto alcança a meta de financiamento e recebe a grana, ou não alcança e os recursos voltam para os apoiadores. E nada mudou nesse sentido. Desde que lançamos não abrimos mão desta regra, apesar da enorme vontade de ver todos os projetos realizados. E influenciados por esse mesmo desejo, resolvemos pensar na possibilidade de projetos encerrados terem uma segunda chance.
Durante mais de um ano de gestão de projetos, encaramos mais diversas situações sobre as quais não há nada escrito no grande “Manual do Crowdfunding” (quem dera existisse um assim… :) Por exemplo, o que fazer com um projeto que quase chegou lá? Ou com um projeto que não chegou lá por culpa de eventos externos? Não há tantos relatos assim por aí sobre essas questões. O modelo é novo e somos todos nós, juntos, que deveremos decidir as diretrizes, os modos de funcionamento.
Por isso, levando em conta alguns pedidos (até agora não atendidos por nós), resolvemos encarar o assunto de frente e elaborar algumas regras para os projetos que não foram bem sucedidos terem uma segunda chance. Entendemos que estamos todos aprendendo crowdfunding e não existe aprendizado sem erros. Nada mais justo, portanto, permitir que os erros sejam corrigidos. Por isso, para aqueles que se aventurarem em recolocar um projeto mal sucedido no ar, pediremos que os seguintes requisitos sejam cumpridos:
1) O projeto precisa ter atingido pelo menos 25% na primeira arrecadação. A maioria dos projetos que ultrapassa essa marca acaba atingindo o valor total e é bem-sucedida. Acreditamos por isso que, se um projeto atinge essa porcentagem, ele merece uma chance.
2) O projeto deverá ser reformulado. Se o projeto não conseguiu ser bem sucedido, algo no projeto ou no seu plano de divulgação não funcionou. O realizador deverá realizar uma análise e apresentar soluções para os problemas encontrados que podem resultar em alteração das condições do próprio projeto e das recompensas ou na reformulação do plano de divulgação.
3) O projeto precisa lançar um novo vídeo. A ideia aqui é explicar o que aconteceu na primeira arrecadação e quais são as diferenças para essa segunda campanha.
4) Abrir o orçamento. Nessa segunda tentativa é essencial abrir a planilha de orçamento para que todo mundo acompanhe os custos de realização do projeto. E, em caso de alteração do valor pedido (em relação à primeira campanha), explicar os motivos dessa redução/aumento. Ou seja, o projeto somente irá ao ar após uma análise conjunta e transparente do orçamento.
5) Mandar e-mail para todos os apoiadores. Transparência com quem apoiou da primeira vez é fundamental. Além disso, essa é uma maneira de trazer os créditos dessa pessoa de volta para o projeto… ;)
E você, o que achou dessas novidades e das condições? Será que conseguiremos solucionar parte dos problemas acima colocados? Será que condições menos rigorosas deveriam ser adotadas? Ou mais rígidas? Opine nos comentários. Vamos aproveitar mais esse espaço aqui do blog para discussão de assuntos relacionados ao crowdfunding.