Aplicativo Mestre do Mato: conhecimento compartilhado para salvar vidas

Giuliano Toniolo na Construção do Parque Bushcraft, em Paraty Giuliano Toniolo na Construção do Parque Bushcraft, em Paraty

Pode um aplicativo de celular salvar vidas? Mais do que entreter interessados em aventuras na natureza, é esse o objetivo do app de sobrevivência Mestre do Mato. “Um simples piquenique, uma trilha, um passeio de bike, uma escalada, uma saída para velejar... qualquer atividade dessas pode se transformar numa situação de sobrevivência”, explica o artista plástico Brasil Goulart, 44, um dos criadores do projeto, que está com uma campanha de crowdfunding no Catarse.

Em fase de desenvolvimento, o aplicativo pretende consolidar, de maneira portátil, os ensinamentos da Escola Mestre do Mato. É um guia completo, que vai desde a preparação e os itens necessários para sair com segurança – como pastilhas purificadoras de água, cobertor aluminizado, pederneira, isqueiro – a orientações para identificação de plantas comestíveis ou com água, além de um sistema de localização e deslocamento que independe de sinal de internet e GPS, para que usuário não se perca ao procurar ajuda ou alimentos. Há ainda vídeos para acalmar e orientar pessoas em situações de desespero.

"Esse aplicativo é uma ferramenta de utilidade pública, pode realmente salvar vidas. Há algum tempo, um piloto caiu na Amazônia e acabou morrendo de sede. E havia um monte de cipó d’água no local, mas ele não sabia” (Brasil Goulart)

Boa parte desse material está disponível na internet, em um canal no youtube com mais de 4,5 milhões de visualizações e 22 mil seguidores, apresentado por Giuliano Toniolo, diretor e instrutor na escola Mestre do Mato.. Nos últimos 10 anos, passaram pelos cursos de Toniolo diversas pessoas, dos mais variados perfis, incluindo militares brasileiros e até norteamericanos. “Fico abismado com o retorno dos militares em relação aos cursos do Giuliano, muitos ficam extasiados porque algumas práticas e técnicas não são passadas nem pelas forças armadas”, revela Goulart.

“Começamos uma parceria para montar um parque de Bushcraft em Paraty, e aí minha mulher teve a ideia do aplicativo de sobrevivência com esse conteúdo dos cursos dele”, explica Goulart. Como artista plástico, ele costuma usar elementos da natureza em suas pinturas e, para conseguir o mateiral, precisa realizar incursões à mata. A relação com esse tipo de situação nasceu pela paixão por velejar, conta Goulart: "Sempre gostei muito de velejar e tive que fazer uma habilitação. Nesse módulo, passei 15 dias num curso de sobrevivência no mar. Você olha para um lado e para o outro e só vê água. Isso te tira do controle. Foi meu primeiro contato com essa questão da sobrevivência".

Utilidade Pública

“As pessoas têm que ter consciência de que esse aplicativo é uma ferramenta de utilidade pública, que pode realmente salvar vidas. Há algum tempo, um piloto caiu na Amazônia e acabou morrendo de sede. Ele chegou ao absurdo de beber combustível, sendo que estava em uma ‘caixa d’água’, havia um monte de cipó d’água no local, mas ele não sabia”, explica Goulart (confira vídeo em que Giuliano Toniolo explica como beber água da planta).

Depois de viabilizar parte do projeto com fundos próprios, o que falta agora é o trabalho de identificação e catalogação de plantas como o cipó d’água, coleta de imagens e a finalização da programação do aplicativo. Para realizar essa tarefa e terminar o aplicativo, o grupo precisa conseguir R$ 8 mil até o dia 6/09. Qualquer colaboração acima de R$ 15 já garante o download do app. Colabore!

Leia também:

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Em fase de desenvolvimento, o aplicativo pretende consolidar, de maneira portátil, os ensinamentos da Escola Mestre do Mato. É um guia completo, que vai desde a preparação e os itens necessários para sair com segurança – como pastilhas purificadoras de água, cobertor aluminizado, pederneira, isqueiro – a orientações para identificação de plantas comestíveis ou com água, além de um sistema de localização e deslocamento que independe de sinal de internet e GPS, para que usuário não se perca ao procurar ajuda ou alimentos. Há ainda vídeos para acalmar e orientar pessoas em situações de desespero.

"Esse aplicativo é uma ferramenta de utilidade pública, pode realmente salvar vidas. Há algum tempo, um piloto caiu na Amazônia e acabou morrendo de sede. E havia um monte de cipó d’água no local, mas ele não sabia” (Brasil Goulart)

Boa parte desse material está disponível na internet, em um canal no youtube com mais de 4,5 milhões de visualizações e 22 mil seguidores, apresentado por Giuliano Toniolo, diretor e instrutor na escola Mestre do Mato.. Nos últimos 10 anos, passaram pelos cursos de Toniolo diversas pessoas, dos mais variados perfis, incluindo militares brasileiros e até norteamericanos. “Fico abismado com o retorno dos militares em relação aos cursos do Giuliano, muitos ficam extasiados porque algumas práticas e técnicas não são passadas nem pelas forças armadas”, revela Goulart.

“Começamos uma parceria para montar um parque de Bushcraft em Paraty, e aí minha mulher teve a ideia do aplicativo de sobrevivência com esse conteúdo dos cursos dele”, explica Goulart. Como artista plástico, ele costuma usar elementos da natureza em suas pinturas e, para conseguir o mateiral, precisa realizar incursões à mata. A relação com esse tipo de situação nasceu pela paixão por velejar, conta Goulart: "Sempre gostei muito de velejar e tive que fazer uma habilitação. Nesse módulo, passei 15 dias num curso de sobrevivência no mar. Você olha para um lado e para o outro e só vê água. Isso te tira do controle. Foi meu primeiro contato com essa questão da sobrevivência".

Utilidade Pública

“As pessoas têm que ter consciência de que esse aplicativo é uma ferramenta de utilidade pública, que pode realmente salvar vidas. Há algum tempo, um piloto caiu na Amazônia e acabou morrendo de sede. Ele chegou ao absurdo de beber combustível, sendo que estava em uma ‘caixa d’água’, havia um monte de cipó d’água no local, mas ele não sabia”, explica Goulart (confira vídeo em que Giuliano Toniolo explica como beber água da planta).

Depois de viabilizar parte do projeto com fundos próprios, o que falta agora é o trabalho de identificação e catalogação de plantas como o cipó d’água, coleta de imagens e a finalização da programação do aplicativo. Para realizar essa tarefa e terminar o aplicativo, o grupo precisa conseguir R$ 8 mil até o dia 6/09. Qualquer colaboração acima de R$ 15 já garante o download do app. Colabore!

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