Metas peludas e inspiradoras para 2014 e o futuro

Fotos_Equipe_Semana_Catartica cortada

Ser a primeira opção para viabilizar ideias criativas no Brasil. Esse é o futuro desafiador que queremos para o Catarse no longuíssimo prazo, apelidado por nós de Meta Monstro. O objetivo visionário foi baseado na estratégia BHAG (Big Hairy Audacious Goal) e serve como uma estrela-guia para concentrar os esforços e inspirar a crescente equipe do site. A definição abriu as discussões da última semana catártica.

Ao longo de uma semana de outubro, além de fotos bacanas, as 15 pessoas que hoje trabalham diretamente na plataforma se reuniram no Rio de Janeiro para definir um horizonte comum, alinhar expectativas e definir fluxos para azeitar a relação da equipe, dividida entre São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e o próprio Rio. Traçamos metas audaciosas porque em três anos já vimos o quão transformadoras podem ser as iniciativas da sociedade civil resultantes da união entre as pessoas. Queremos ajudar mais ações a se tornarem realidade. Esses encontros acontecerão trimestralmente e os objetivos e resoluções serão constantemente revistos.

A Meta Monstro foi definida a partir do debate aberto sobre a visão de cada um sobre o futuro do Catarse. A frase final foi cunhada só depois que estabelecemos alguns princípios que hierarquizam aquilo que acreditamos.

Captura de Tela 2013-11-06 às 19.05.48

“Ser a primeira opção” significa que, quando alguém quiser concretizar uma ideia, pense logo em usar o Catarse. Isso implica em massificar o modelo, torná-lo conhecido de todos os brasileiros e desenvolvê-lo ao ponto de estabelecer vantagens decisivas sobre todas as outras possibilidades de financiamento, como editais públicos, empréstimos bancários, fundos de investimento, leis de incentivos e patrocínio de empresas.

Esse caminho nos leva até o princípio do empoderamento sobre a seleção. Hoje, cerca de 30% dos projetos que são enviados para o Catarse efetivamente entram no ar. A maioria fica no caminho por uma diversidade de razões, mas principalmente por não conseguirem adequar seu projeto a proposta de um site de financiamento coletivo. Nesse sentido, é importante para a construção da cultura do modelo no país termos uma maior disseminação das boas práticas e pré-requisitos para uma campanha de sucesso, ou seja, aquela que alcança e meta de arrecadação no prazo estabelecido.

Além disso, queremos criar mais pontos de contato entre a plataforma enquanto ferramenta e seus usuários. A ideia é oferecer mais recursos para quem deseja cumprir papéis de produção, gestão e curadoria de projetos na comunidade de financiamento coletivo brasileira. Estamos testando modalidades do nosso sistema nas quais há a possibilidade de terceiros, outras entidades que não o Catarse, terem canais próprios na plataforma, com propostas específicas, seja para fechar sessões de cinema em diversas cidades do Brasil, seja para selecionar e incentivar projetos de transformação social.

Acreditamos que, ao percorrer esse caminho de abertura, criaremos as condições necessárias para que a própria comunidade interaja entre si espontaneamente, gere oportunidades e faça mais recortes de curadoria que não os da equipe interna da plataforma. Os usuários passariam não apenas a decidir apenas quais projetos querem financiar, como também participariam ativamente como produtores, curadores e gestores de projetos. Estaríamos assim, ajudando a desenvolver o ecossistema do financiamento coletivo brasileiro.

Viabilizar está sobre financiar porque queremos que o Catarse vá além do financiamento coletivo e se torne um espaço onde pessoas se encontram, se relacionam e trabalham para que as ideias sejam desenvolvidas e se tornem realidade. Criar formas de apoiar os projetos com outros serviços além do dinheiro é a sugestão mais votada na história do fórum de feedbacks da plataforma. Assim como a comunidade, nós também queremos seguir por esse caminho.

Essa mudança implica diretamente no fato das ideias estarem sobre os projetos. Hoje, trabalhamos com projetos criativos que tenham início, meio e fim bem definidos e um resultado claro da sua execução. Queremos abrir esse escopo de atuação e transformar o Catarse num lugar onde uma ideia possa amadurecer e se tornar um ou milhares de projetos de financiamento coletivo. Quem sabe até mesmo nenhum. Por isso, experiência é mais importante do que o resultado. O essencial aqui é aprendermos com todo o processo e fortalecer o coletivo com a construção de conhecimento colaborativo e aberto.

Disrupção está sobre status quo, primeiro porque realmente temos um gosto especial por projetos que se propõem a achar novas abordagens e trilhar caminhos desconhecidos. Gostamos muito de todo tipo de gente, organizações, empresas, iniciativas, coletivos e, sobretudo, de quaisquer ações que buscam inovar. E para observar uma maior difusão dessas iniciativas precisamos circular recursos de forma mais ampla, uma vez que a maioria dos projetos da plataforma ainda estão concentrados nos centros das grandes capitais. Em um âmbito estratégico para nos tornarmos a primeira opção para viabilizar ideias criativas, desejamos amplificar para mais territórios esse sentimento de procura por novas alternativas.

Sob a bênção desses princípios e a Meta Monstro no horizonte, analisamos os números da plataforma para traçar os objetivos de médio e curto prazo. Estamos trabalhando para deixar todas essas informações abertas, mas, enquanto não temos uma boa página de estatísticas, compartilho algumas descobertas aqui. Como o sucesso de cada campanha depende muito do trabalho do realizador de cada projeto e a taxa de sucesso se mantém relativamente estável em torno dos 55%, focamos nossa atenção na entrada de projetos no ar. Esse número foi definido como o grande termômetro do impacto gerado pelo Catarse.

gráfico correto

A primeira constatação é de que o crescimento de projetos no ar está se estabilizando. Depois de um 2012 de crescimento acelerado em comparação a 2011, o número de campanhas novas está encontrando o seu patamar em torno de 60 por mês em média. Em números absolutos, continuamos crescendo. A previsão é de fecharmos 2013 com 400 projetos financiados. Em 2012, foram 280 e 142 em 2011. Apenas o ritmo de novas arrecadações que está diminuindo.

Encaramos essa redução como um processo normal após três anos do início da cultura do financiamento coletivo no país. Como a zona de conforto não é muito a nossa área, estamos nos preparando para um esforço anormal para espalhar ainda mais esse modelo no ano que vem.

O objetivo para 2014, carinhosamente apelidado de Meta Monstrinho, é quintuplicar o resultado de 2013. Queremos passar de 400 projetos financiados para 2.000. Estimamos que a expansão vai reduzir nossa taxa de sucesso para cerca de 45%. Assim, precisaremos que algo em torno de 4.500 campanhas sejam lançadas no ano que vem para atingir a meta. Como não há tempo a perder, os dois últimos meses do ano já entraram na roda. Queremos aumentar em 60% o número de projetos no ar no último trimestre de 2013 em relação ao ano passado. Para isso, precisamos de 246 campanhas novas no período. Parece difícil e ambicioso? A ideia é essa!

Essas metas grandes, audaciosas e peludas vão exigir que nós não apenas melhoremos cada vez mais a plataforma, mas também façamos ações mais ativas para levar a opção do financiamento coletivo para mais gente no Brasil. Temos algumas ideias para começar esse trabalho e elas serão desenvolvidas e apresentadas ao longo do ano que vem. Para adiantar, vamos inaugurar o ano de 2014 com a divulgação dos resultados da inédita pesquisa sobre o retrato sobre o financiamento coletivo no Brasil. Fique ligado!  E, como sempre, adoraríamos ouvir suas sugestões de como podemos atingir nossas metas e cumprir essa loucura que inventamos. Proponha, discorde, incentive e manifeste-se nos comentários abaixo.

Felipe Caruso
Missionário do coletivismo e jornalista com doses de poesia, ceticismo e pragmatismo

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Ser a primeira opção para viabilizar ideias criativas no Brasil. Esse é o futuro desafiador que queremos para o Catarse no longuíssimo prazo, apelidado por nós de Meta Monstro. O objetivo visionário foi baseado na estratégia BHAG (Big Hairy Audacious Goal) e serve como uma estrela-guia para concentrar os esforços e inspirar a crescente equipe do site. A definição abriu as discussões da última semana catártica.

Ao longo de uma semana de outubro, além de fotos bacanas, as 15 pessoas que hoje trabalham diretamente na plataforma se reuniram no Rio de Janeiro para definir um horizonte comum, alinhar expectativas e definir fluxos para azeitar a relação da equipe, dividida entre São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e o próprio Rio. Traçamos metas audaciosas porque em três anos já vimos o quão transformadoras podem ser as iniciativas da sociedade civil resultantes da união entre as pessoas. Queremos ajudar mais ações a se tornarem realidade. Esses encontros acontecerão trimestralmente e os objetivos e resoluções serão constantemente revistos.

A Meta Monstro foi definida a partir do debate aberto sobre a visão de cada um sobre o futuro do Catarse. A frase final foi cunhada só depois que estabelecemos alguns princípios que hierarquizam aquilo que acreditamos.

Captura de Tela 2013-11-06 às 19.05.48

“Ser a primeira opção” significa que, quando alguém quiser concretizar uma ideia, pense logo em usar o Catarse. Isso implica em massificar o modelo, torná-lo conhecido de todos os brasileiros e desenvolvê-lo ao ponto de estabelecer vantagens decisivas sobre todas as outras possibilidades de financiamento, como editais públicos, empréstimos bancários, fundos de investimento, leis de incentivos e patrocínio de empresas.

Esse caminho nos leva até o princípio do empoderamento sobre a seleção. Hoje, cerca de 30% dos projetos que são enviados para o Catarse efetivamente entram no ar. A maioria fica no caminho por uma diversidade de razões, mas principalmente por não conseguirem adequar seu projeto a proposta de um site de financiamento coletivo. Nesse sentido, é importante para a construção da cultura do modelo no país termos uma maior disseminação das boas práticas e pré-requisitos para uma campanha de sucesso, ou seja, aquela que alcança e meta de arrecadação no prazo estabelecido.

Além disso, queremos criar mais pontos de contato entre a plataforma enquanto ferramenta e seus usuários. A ideia é oferecer mais recursos para quem deseja cumprir papéis de produção, gestão e curadoria de projetos na comunidade de financiamento coletivo brasileira. Estamos testando modalidades do nosso sistema nas quais há a possibilidade de terceiros, outras entidades que não o Catarse, terem canais próprios na plataforma, com propostas específicas, seja para fechar sessões de cinema em diversas cidades do Brasil, seja para selecionar e incentivar projetos de transformação social.

Acreditamos que, ao percorrer esse caminho de abertura, criaremos as condições necessárias para que a própria comunidade interaja entre si espontaneamente, gere oportunidades e faça mais recortes de curadoria que não os da equipe interna da plataforma. Os usuários passariam não apenas a decidir apenas quais projetos querem financiar, como também participariam ativamente como produtores, curadores e gestores de projetos. Estaríamos assim, ajudando a desenvolver o ecossistema do financiamento coletivo brasileiro.

Viabilizar está sobre financiar porque queremos que o Catarse vá além do financiamento coletivo e se torne um espaço onde pessoas se encontram, se relacionam e trabalham para que as ideias sejam desenvolvidas e se tornem realidade. Criar formas de apoiar os projetos com outros serviços além do dinheiro é a sugestão mais votada na história do fórum de feedbacks da plataforma. Assim como a comunidade, nós também queremos seguir por esse caminho.

Essa mudança implica diretamente no fato das ideias estarem sobre os projetos. Hoje, trabalhamos com projetos criativos que tenham início, meio e fim bem definidos e um resultado claro da sua execução. Queremos abrir esse escopo de atuação e transformar o Catarse num lugar onde uma ideia possa amadurecer e se tornar um ou milhares de projetos de financiamento coletivo. Quem sabe até mesmo nenhum. Por isso, experiência é mais importante do que o resultado. O essencial aqui é aprendermos com todo o processo e fortalecer o coletivo com a construção de conhecimento colaborativo e aberto.

Disrupção está sobre status quo, primeiro porque realmente temos um gosto especial por projetos que se propõem a achar novas abordagens e trilhar caminhos desconhecidos. Gostamos muito de todo tipo de gente, organizações, empresas, iniciativas, coletivos e, sobretudo, de quaisquer ações que buscam inovar. E para observar uma maior difusão dessas iniciativas precisamos circular recursos de forma mais ampla, uma vez que a maioria dos projetos da plataforma ainda estão concentrados nos centros das grandes capitais. Em um âmbito estratégico para nos tornarmos a primeira opção para viabilizar ideias criativas, desejamos amplificar para mais territórios esse sentimento de procura por novas alternativas.

Sob a bênção desses princípios e a Meta Monstro no horizonte, analisamos os números da plataforma para traçar os objetivos de médio e curto prazo. Estamos trabalhando para deixar todas essas informações abertas, mas, enquanto não temos uma boa página de estatísticas, compartilho algumas descobertas aqui. Como o sucesso de cada campanha depende muito do trabalho do realizador de cada projeto e a taxa de sucesso se mantém relativamente estável em torno dos 55%, focamos nossa atenção na entrada de projetos no ar. Esse número foi definido como o grande termômetro do impacto gerado pelo Catarse.

gráfico correto

A primeira constatação é de que o crescimento de projetos no ar está se estabilizando. Depois de um 2012 de crescimento acelerado em comparação a 2011, o número de campanhas novas está encontrando o seu patamar em torno de 60 por mês em média. Em números absolutos, continuamos crescendo. A previsão é de fecharmos 2013 com 400 projetos financiados. Em 2012, foram 280 e 142 em 2011. Apenas o ritmo de novas arrecadações que está diminuindo.

Encaramos essa redução como um processo normal após três anos do início da cultura do financiamento coletivo no país. Como a zona de conforto não é muito a nossa área, estamos nos preparando para um esforço anormal para espalhar ainda mais esse modelo no ano que vem.

O objetivo para 2014, carinhosamente apelidado de Meta Monstrinho, é quintuplicar o resultado de 2013. Queremos passar de 400 projetos financiados para 2.000. Estimamos que a expansão vai reduzir nossa taxa de sucesso para cerca de 45%. Assim, precisaremos que algo em torno de 4.500 campanhas sejam lançadas no ano que vem para atingir a meta. Como não há tempo a perder, os dois últimos meses do ano já entraram na roda. Queremos aumentar em 60% o número de projetos no ar no último trimestre de 2013 em relação ao ano passado. Para isso, precisamos de 246 campanhas novas no período. Parece difícil e ambicioso? A ideia é essa!

Essas metas grandes, audaciosas e peludas vão exigir que nós não apenas melhoremos cada vez mais a plataforma, mas também façamos ações mais ativas para levar a opção do financiamento coletivo para mais gente no Brasil. Temos algumas ideias para começar esse trabalho e elas serão desenvolvidas e apresentadas ao longo do ano que vem. Para adiantar, vamos inaugurar o ano de 2014 com a divulgação dos resultados da inédita pesquisa sobre o retrato sobre o financiamento coletivo no Brasil. Fique ligado!  E, como sempre, adoraríamos ouvir suas sugestões de como podemos atingir nossas metas e cumprir essa loucura que inventamos. Proponha, discorde, incentive e manifeste-se nos comentários abaixo.

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