Uma das principais discussões levantadas anualmente no mês de novembro envolve racismo e raça. Eu, você e toda a população sabemos que, infelizmente, ele existe e está presente até hoje. Mas, convenhamos, todas as suas questões e problemáticas não deveriam ser uma pauta anual, não é mesmo?
Faz um tempo que uma frase da professora e filósofa socialista estadunidense Angela Davis repercutiu mundo afora, em que ela diz: “Numa sociedade racista não basta não ser racista, é preciso ser antirracista”. Pensando nisso, o que podemos fazer diariamente para sermos antirracistas? Eu tenho uma dica e quero compartilhar contigo!
Como ser ativamente antirracista?
Diversos textos, de gêneros distintos, refletem que o primeiro passo para sermos antirracistas é termos uma educação antirracista. Para isso, precisamos reconhecer que o racismo é um problema estrutural da sociedade e não apenas uma questão de indivíduos.
Uma forma de romper a estrutura hegemônica e eurocêntrica que pauta nossa sociedade há incontáveis anos é ampliar nossos currículos com leituras e trabalhos de pessoas negras. Eles são sujeitos construtores de conhecimentos importantes sobre suas culturas, raças e histórias.
Felizmente, aos poucos, escolas e universidades estão inserindo em suas ementas e programas temáticas sociais e raciais para que a informação seja disseminada. Mas, além disso, podemos buscar ativamente autores e projetos que promovam essas vozes e conhecimentos.
Tem interesse em ler e escrever de forma decolonial? Gostaria de receber mensalmente textos de autores inéditos no Brasil? Se interessa por terror e horror e quer ter acesso a esses gêneros junto com reflexões sobre gênero, raça e classe? Aqui, no Catarse, há projetos de idealizadores ativamente antirracistas que você precisa conhecer e apoiar! Confira!
Leituras Decoloniais
O coletivo organizado por Camilla Dias, Maria Ferreira, Pétala e Isa Souza nasceu com o objetivo de viabilizar produções de conteúdo independente que incentivam reflexões sobre sistemas de poder, raça, gênero e sociedade.
As idealizadoras acreditam que com conhecimento é possível romper com práticas colonialistas e racistas, por isso realizam uma refinada curadoria mensal, escolhendo um livro e indicando leituras complementares para aprofundamento crítico e social.
Mas, indo além da curadoria, o diferencial do Leituras Decoloniais é que há dois encontros mensais: um para debater as leituras, reconhecer novas epistemologias; e outro que funciona como um laboratório de incentivo à prática da escrita reflexiva sobre os conhecimentos adquiridos. Então, se você gosta de ler e escrever, esse é o coletivo certo para você!
Clube da Caixa Preta
Já pensou em como poderia ser prazeroso receber mensalmente textos inéditos de autores negros no Brasil diretamente no seu e-mail, prontinhos para só fazer o download e ler? Pois a Editora Escureceu, idealizada pelo Stefano Volp, pensou, e foi por isso que criou o Clube da Caixa Preta.
Além de disseminar histórias da literatura negra universal com temáticas e gêneros literários diversos, você pode interagir pelo Telegram com os demais apoiadores, formando uma comunidade de pessoas interessadas e engajadas. E tem mais: pelo canal, os apoiadores participam de sorteios e têm a oportunidade de ganhar cortesias.
Um grande diferencial do Clube da Caixa Preta, que é super legal de informar, é que, ao se tornar um apoiador, você não estará apenas aproveitando uma curadoria literária de alta qualidade, mas também apoiando profissionais negros que participam de cada etapa do projeto.
Leia também: Há espaço para as lágrimas dos homens negros? – Uma entrevista com Stefano Volp
Raízes do Horror
Se você se interessa por terror e horror e ainda não encontrou um ambiente acolhedor e seguro para discutir todas as particularidades do gênero, saiba que a Dayhara Martins já criou esse local para você!
Para se tornar um membro, basta apoiar o Raízes do Horror, um coletivo que, além das pautas sangrentas, traz questões como raça, gênero, classe e outros tópicos abertos para um debate sincero, respeitoso e cheio de embasamento e referência.
Os benefícios de fazer parte desse grupo dependem da sua escolha de nível de apoio. Você pode fazer parte do clube de leitura, receber uma newsletter com conteúdo e notícias, ter acesso ao grupo no WhatsApp, participar de encontros adicionais, obter material de pesquisa complementar, participar do Cineraiz, concorrer a livros, receber mimos e participar de sprints esporádicos.
Enevoada
Agora, se você curte o universo literário ganhando vida e quer fazer parte da comunidade de quem faz isso como ninguém, a Milena “Enevoada” tem o clube perfeito para você!
Milena é apresentadora e criadora de conteúdo com alma de cosplayer – esse toque pessoal aparece com forte presença em suas fotos temáticas e criativas que transformam as histórias dos livros que lê em algo imersivo e divertido.
Ao se tornar assinante, você pode escolher dentre quatro categorias de apoio bastante “enevoadas”: Bruma, Névoa, Neblina e Nevoeiro. Quanto maior a densidade atmosférica da nuvem, mais a condensação de benefícios (com o perdão do trocadilho 😉), e dentre os benefícios estão a participação em clubes de leitura, acesso a textos mais pessoais com suas vivências, sprints e sorteios mensais, além de você mesmo indicar seus livros e filmes favoritos nos conteúdos criados.
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Curtiu as dicas? Agora você tem diversas formas de ser ativamente antirracista, além de apoiar os criadores dos projetos que já fazem um trabalho lindo e importante sobre a causa. Aproveita e divulga para seus amigos para que mais pessoas possam fazer parte!