Na sexta-feira (11/03/2011), anunciamos no Google Groups do
CrowdfundingBR que os
códigos-fonte do
Catarse foram abertos, ou seja, estão disponíveis para qualquer pessoa acessar, propor mudanças ou utilizar como base para desenvolver seu próprio sistema.
Para que não fiquem dúvidas sobre por que fizemos isso, nada melhor do que apresentar nossas principais
motivações.
1 – A gente acha que esta é uma ótima maneira de desenvolver o
crowdfunding no País. Por estarmos doando o trabalho que tivemos até agora, abrimos a possibilidade de pessoas que se identifiquem com o crowdfunding poderem agregar com seu trabalho para evolução da modalidade no Brasil.
2 – Somos apaixonados por colaboração – mesmo! E isso não é só na hora de colaborar para apoiar os projetos e ajudá-los a acontecerem. É também no conteúdo desse blog (onde várias pessoas já contribuíram com posts), desenvolvendo o software e, cada vez mais, permeando outras das nossas atividades. Na verdade, a gente acredita que colaboração é a palavra do futuro – se já não for a do presente, né?
3 – As
possibilidades envolvendo crowdfunding são enormes e o movimento está apenas começando por aqui. Abrir os códigos é uma forma de impulsionar novas iniciativas. Por exemplo, é possível utilizar o que já está pronto para criar uma plataforma focada em crowdfunding para cursos ou eventos (mostras de arte, palestras, seminários, etc.). Isso seria fenomenal e praticamente ninguém atua nesses ramos.
4 – Facilitar na criação de um plugin. A ideia dele é fornecer o básico de um sistema de crowdfunding para que qualquer pessoa possa fazer uma campanha por conta própria.
Ainda podem surgir dúvidas se ao fazermos isso não haverá um crescimento exagerado no número de plataformas, sendo que algumas podem vir a oferecer um serviço precário, impactando negativamente o mercado como um todo.
Acreditamos que seja possível sim aumentar o número de plataformas, mas, na verdade, o software em si não é uma barreira muito grande. Qualquer pessoa pode contratar alguma empresa para desenvolver um sistema semelhante. Também achamos que o público saberá muito bem definir quais plataformas conseguem entregar um maior valor e as pessoas mesmo dirão quem deve permanecer no mercado. Quem não fornecer um bom serviço e, principalmente, não for motivado por paixão à modalidade, não se sustentará por muito tempo.
De qualquer forma, a conversa sempre pode se prolongar, pois sabemos que há muita gente mais do que disposta a fazer o crowdfunding acontecer no Brasil.
Deem suas sugestões, dicas, críticas nos comentários desse post para evoluirmos a conversa em conjunto.
PS: Para os que se interessarem pelos códigos, só pedimos uma coisa: que
leiam com atenção as boas práticas que escrevemos e cultivem conosco uma cultura de respeito e reciprocidade. :)
Este post foi originalmente publicado no blog CrowdfundingBR.