100 Mulheres Cabulosas: feminismo e história

Por Fernanda Maria e Isis Medeiros

Produzido por mulheres do movimento social Levante Popular da Juventude, o projeto de releituras fotográficas 100 Mulheres Cabulosas da História resgata personalidades femininas que marcaram a história no Brasil e em diversos lugares no mundo. A iniciativa não se restringe a figuras conhecidas, mas propõe dar visibilidade àquelas que foram fundamentais para a história mundial e não tiveram seu merecido destaque.

São interpretadas mulheres como Anne Frank, Elis Regina, Frida Kahlo, Pagu, Maria Bonita, Nina Simone, Valentina Tereskova, a primeira mulher a viajar no espaço, e Margaret Hamilton, mulher que programou a missão tripulada à Lua.

Desde agosto deste ano, o projeto tem feito várias ações de divulgação, tanto de biografias das mulheres retratadas, quanto de vídeos de apoiadoras do projeto como Elza Soares, Ana Canãs e a presidenta deposta Dilma Rousseff. Ao longo da campanha no Catarse, o projeto ganhou 2 prêmios na Behace pela identidade visual desenvolvida pelas mulheres do Estúdio Guayabo. Também foram feitas exposições de fotografias que vão compor o livro em várias universidades por todo Brasil. Recentemente, a exposição circulou na Universidade Federal da Bahia e recepcionou a militante ex-Pantera Negra Ângela Davis, além de fazer parte da programação do Festival da Reforma Agrária do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Belo Horizonte e do Encontro Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) no Rio de Janeiro.

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A campanha de financiamento coletivo do livro no Catarse já alcançou 45% da meta de R$70.000 e restam apenas 2 dias para chegar ao fim. O projeto tem, também, a finalidade de doar parte dos livros para bibliotecas, escolas e centros culturais.

Quem deseja contribuir deve entrar na página da campanha e escolher as recompensas, que vão desde postais, camisetas, bolsas, cadernos, até ilustrações e pôsteres. Para garantir a recompensa do livro o valor é R$70,00 e a previsão é de que ele esteja pronto no primeiro semestre de 2018.

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 100 DIAS DE OCUPAÇÃO CONTRA O RETROCESSO 

“Nunca se esqueça de que basta uma crise política, econômica ou religiosa para que os direitos das mulheres sejam questionados. Esses direitos não são permanentes. Você terá que manter-se vigilante durante toda a sua vida”. Essa frase é de autoria de uma “cabulosa” retratada no livro, a filósofa francesa Simone de Beauvoir, uma das maiores referências na literatura feminista mundial. “Apesar de ter sido escrita em outro período histórico, a frase nunca foi tão atual”, entende as organizadoras do projeto.

Para denunciar o golpe que retirou uma mulher do poder no Brasil, o projeto promoveu 100 dias de ocupação: “Estamos passando por um momento de perda de direitos, principalmente das mulheres, das pessoas negras, da população LGBT e da classe trabalhadora. Recentemente 18 homens votaram a PEC 181, um projeto de lei conhecido como "Cavalo de Tróia" que ao invés de conceder direito às mulheres que tem filhos pré-maturos, desvirtua totalmente a proposta inicial e nos ataca mais uma vez na tentativa de responsabilizar as mulheres que interrompem a gravidez, inclusive nos casos já legalizados, e impõe à nós a obrigação de gestar e parir filhos concebidos por estupro. Não podemos aceitar mais esse abuso do legislativo sobre nós!

A vida das mulheres retratadas tem dado muita força para que todas nós possamos lutar por uma sociedade mais justa para todos”, defende as militantes do Levante Popular da Juventude.

O projeto se tornou um mecanismo para a disputa de narrativas conservadoras que tem surgido nos últimos tempos. É uma forma didática de falar sobre feminismo popular através da história das mulheres retratadas.

Quer fazer parte desse levante? Ainda dá tempo: catarse.me/mulherescabulosasdahistoria
Raíssa Pena
Jornalista, designer gráfica, heavy user de pão-de-queijo e diretora de Publicações do Catarse.

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100 Mulheres Cabulosas: feminismo e história

Por Fernanda Maria e Isis Medeiros

Produzido por mulheres do movimento social Levante Popular da Juventude, o projeto de releituras fotográficas 100 Mulheres Cabulosas da História resgata personalidades femininas que marcaram a história no Brasil e em diversos lugares no mundo. A iniciativa não se restringe a figuras conhecidas, mas propõe dar visibilidade àquelas que foram fundamentais para a história mundial e não tiveram seu merecido destaque.

São interpretadas mulheres como Anne Frank, Elis Regina, Frida Kahlo, Pagu, Maria Bonita, Nina Simone, Valentina Tereskova, a primeira mulher a viajar no espaço, e Margaret Hamilton, mulher que programou a missão tripulada à Lua.

Desde agosto deste ano, o projeto tem feito várias ações de divulgação, tanto de biografias das mulheres retratadas, quanto de vídeos de apoiadoras do projeto como Elza Soares, Ana Canãs e a presidenta deposta Dilma Rousseff. Ao longo da campanha no Catarse, o projeto ganhou 2 prêmios na Behace pela identidade visual desenvolvida pelas mulheres do Estúdio Guayabo. Também foram feitas exposições de fotografias que vão compor o livro em várias universidades por todo Brasil. Recentemente, a exposição circulou na Universidade Federal da Bahia e recepcionou a militante ex-Pantera Negra Ângela Davis, além de fazer parte da programação do Festival da Reforma Agrária do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Belo Horizonte e do Encontro Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) no Rio de Janeiro.

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A campanha de financiamento coletivo do livro no Catarse já alcançou 45% da meta de R$70.000 e restam apenas 2 dias para chegar ao fim. O projeto tem, também, a finalidade de doar parte dos livros para bibliotecas, escolas e centros culturais.

Quem deseja contribuir deve entrar na página da campanha e escolher as recompensas, que vão desde postais, camisetas, bolsas, cadernos, até ilustrações e pôsteres. Para garantir a recompensa do livro o valor é R$70,00 e a previsão é de que ele esteja pronto no primeiro semestre de 2018.

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 100 DIAS DE OCUPAÇÃO CONTRA O RETROCESSO 

“Nunca se esqueça de que basta uma crise política, econômica ou religiosa para que os direitos das mulheres sejam questionados. Esses direitos não são permanentes. Você terá que manter-se vigilante durante toda a sua vida”. Essa frase é de autoria de uma “cabulosa” retratada no livro, a filósofa francesa Simone de Beauvoir, uma das maiores referências na literatura feminista mundial. “Apesar de ter sido escrita em outro período histórico, a frase nunca foi tão atual”, entende as organizadoras do projeto.

Para denunciar o golpe que retirou uma mulher do poder no Brasil, o projeto promoveu 100 dias de ocupação: “Estamos passando por um momento de perda de direitos, principalmente das mulheres, das pessoas negras, da população LGBT e da classe trabalhadora. Recentemente 18 homens votaram a PEC 181, um projeto de lei conhecido como "Cavalo de Tróia" que ao invés de conceder direito às mulheres que tem filhos pré-maturos, desvirtua totalmente a proposta inicial e nos ataca mais uma vez na tentativa de responsabilizar as mulheres que interrompem a gravidez, inclusive nos casos já legalizados, e impõe à nós a obrigação de gestar e parir filhos concebidos por estupro. Não podemos aceitar mais esse abuso do legislativo sobre nós!

A vida das mulheres retratadas tem dado muita força para que todas nós possamos lutar por uma sociedade mais justa para todos”, defende as militantes do Levante Popular da Juventude.

O projeto se tornou um mecanismo para a disputa de narrativas conservadoras que tem surgido nos últimos tempos. É uma forma didática de falar sobre feminismo popular através da história das mulheres retratadas.

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