Em meados de janeiro, o Catarse completou a primeira volta em torno de sol desde que passou a integrar a misteriosa e etérea rede de computadores que envolve o planetinha azul.
Assim como nós voltamos (mais ou menos) ao ponto de partida espacial para iniciar um novo ciclo, a realizadora Gisele De Santi retorna ao Catarse para concretizar o seu segundo projeto financiado colaborativamente.
Ela é a primeira realizadora a lançar aqui uma segunda iniciativa. Em junho do ano passado, 65 pessoas contribuíram com R$ 8.752 e tornaram possível a realização o show “Chama-me”, em Porto Alegre.
“Entramos em contato com os apoiadores e todos receberam a recompensa. Alguns até pediram alterações, e todos foram atendidos. O show foi um sucesso, com teatro lotado”, conta Gisele.
Depois de unir os apoiadores para fazer a apresentação, a cantora e compositora gaúcha quer agora aproximar o Brasil no seu próximo projeto. O meridiano 50 corta o Brasil de norte a sul e liga o Pará ao Rio Grande do Sul. O traço comum é também a marca da parceria, no palco, entre Gisele De Santi e o paraense Arthur Nogueira. Se financiado, o projeto “Meridiano 50” vai juntar os dois artistas para um show em São Paulo.
Em pouco mais de um ano, essa é primeira vez que um realizador retorna ao Catarse. Acreditamos, porém, que isso será cada vez mais recorrente por aqui.
Ao conduzir uma campanha de um projeto bem-sucedido, o realizador começa a construção de uma malha de apoiadores interessados na iniciativa. Ao concretizar o projeto, entregar as recompensas e tratar corretamente aqueles que contribuíram com a ideia, ele não apenas solidifica essa rede, como conquista agentes de expansão dela, tornando uma nova empreitada mais plausível.
Assim como um ponto no Pará e outro no Rio Grande do Sul traçam o meridiano 50, dois pontos distintos do espaço definem uma única reta. Gisele acaba de colocar o segundo ponto no plano do Catarse e traçar uma reta infinita na nossa história.