Se você é fã do gênero de horror, está definitivamente acostumado com as narrativas mais diversas possíveis, das histórias que dão medo de verdade até as que optam pela clássica fuga de humor. Tudo é possível quando estamos falando sobre esse gênero. É essa mesma diversidade de público e de conteúdo que mostram como o horror é um espaço sempre disposto a conversar diretamente com o contexto social e político daqueles que são apaixonados pelo tema, e é aí que se encaixa o Western Horror.
Quando pensamos em filmes de faroeste, o que costuma surgir em nossa mente é a figura do típico cowboy com seu cavalo fiel além de, claro, cintas para os revólveres que disparam duplamente. E, mais forte ainda, a cena clássica do duelo final entre o cowboy e o vilão, um de costas para o outro, esperando o momento certo para se virar e atirar. No entanto, o Western Horror prova que esse mesmo cenário pode fazer parte até mesmo das histórias mais assustadoras.
Entendendo o significado de Western Horror
Se analisarmos o cerne das histórias de faroeste, elas se aproximam muito das histórias de horror. As condições brutais, as estratégias de sobrevivência e o perigo sempre à espreita fazem parte da base do gênero.
Desse modo, o Western Horror pode ser classificado como o cruzamento entre dois gêneros, o horror e as tradicionais histórias do faroeste. Essa mistura, na maioria das vezes, rende narrativas que fogem do óbvio e tornam-se até mesmo engraçadas.
Um dos maiores exemplos sobre como esse gênero funciona é High Plains Drifter (1973), de Clint Eastwood. O longa-metragem apresenta um homem misterioso que chega até um pequeno povoado e, ao descobrir que alguns “foras da lei” estão chegando até a cidade para saquear, decide lutar contra tais bandidos. No entanto, alguns rituais precisam ser feitos, como pintar a cidade toda de vermelho.
Outra referência um pouco mais recente e que faz muito sucesso é The Burrowers (2008). Esse é um filme de época de J.T. Petty, com Clancy Brown atuando como John Clay. John se junta a um grupo de resgate para encontrar uma família desaparecida. A história se passa em 1879, e durante o percurso, uma criatura subterrânea surge para impedir a conclusão dessa missão.
Experiência para todos os gostos
Se você deseja observar como o fenômeno do Western Horror acontece em outros gêneros, não precisa ir muito longe. No mundo dos games o subgênero tem feito muito sucesso, como é o caso de Red Dead Redemption, considerado um dos melhores jogos de velho oeste. O grande diferencial é que a versão recente, apresentada para PS4, oferece também a expansion pack de Undead Nightmare. Dessa forma, os fãs do game ganham duas experiências mega clássicas e unem o velho oeste aos zumbis mais uma vez.
Faroeste zumbi para leitores
Já para os ávidos leitores que também se interessam pelo tema, Robert E. Howard é o grande nome que representa o subgênero. Nascido no Texas em 1906, atuou como contista e poeta ao longo dos anos, mas logo encontrou a sua grande paixão na fantasia. Você provavelmente conhece Robert por uma das suas maiores criações: Conan, o Bárbaro. No entanto, o autor também se aventurava em histórias de horror. Uma das que mais bem sucedidas é Weird Western, possivelmente um dos marcos do Western Horror na literatura.
Horward remonta às histórias clássicas de horror, mas apresentando o cenário do velho oeste, com pântanos brutais e figuras que vão muito além dos conhecidos fantasmas. Em suas narrativas, os personagens principais carregam o arquétipo que dialoga principalmente com o contexto histórico da época.
A boa notícia é que Weird Western – vol. 2: Contos do Faroeste Gótico está com campanha ativa no Catarse e você pode apoiá-lo até 10/11/2023.
Outra dica especial é Memento Mori – Livro ll, este é um artbook que apresenta os nove círculos do inferno de Dante. O projeto segue ativo no Catarse até 20/11/2023, e a obra oferece o melhor da literatura de horror com traços brutais e linhas que atravessam a margem do realismo fantástico.
E se você procurava protagonistas femininas nessa lista, The Few And Cursed #9 apresenta o melhor do Western Horror com foco na Ruiva. A Ruiva faz parte de uma narrativa que se passa pós-apocalipse (caso ele tivesse acontecido em 1840), quando as portas do inferno foram abertas para todo tipo de monstruosidade. Neste volume, temos uma mulher tomando a frente da situação, enquanto luta contra monstros, zumbis e tenta compreender grandes mudanças no ciclo da terra, como a ausência da água em nosso planeta.
O horror é um dos gêneros mais ricos culturalmente, ainda mais quando falamos dos subgêneros que fazem parte dele. Essa é uma excelente oportunidade para conhecer histórias incríveis, sejam elas no cinema, no audiovisual, nos games ou nos livros.
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