Brasília pelos brasilienses: fazedores que você precisa conhecer

Continuando minha saga pela capital federal (veja o começo dela aqui), agora quero apresentar pessoas inspiradoras que desafiam qualquer visão mais clichê do que é Brasília. Esqueça as notícias sobre o governo, tempo seco e não precisa nem pensar na arquitetura icônica. O papo aqui é sobre efervescência cultural e científica, e quem está colocando a mão na massa.

Cidade real, curiosidade aumentada

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Um minuto de conversa com a Gabriela Bilá é suficiente pra saber que você está a frente de alguém cujo nome será destaque em muitas transformações urbanas no Brasil. Em 2014, ainda na faculdade, ela produziu, escreveu, fotografou e levantou R$44.076,00 para dar vida ao livro O novo guia de Brasília, uma forma única de explorar a capital do País. Hoje, junto ao entrequadra, trabalha na disseminação de um app de Realidade Aumentada que criaram para permitir que se conheça mais, e de uma forma diferente, a cidade. O próximo desafio é criar um novo guia de Brasíla, agora para crianças. <3

Da CLN 111 para o mundo

Filme Raizes Pontas Cannes

Num sala com caixas de mudanças espalhadas pelo chão, prontas para pousarem em um novo - e coletivo - escritório, com o ventilador preparado para enfrentar o calor brasiliense, fui recebido por duas dasforças criativas do Estúdio Cajuína. A Flora Egécia e a Bianca Novais são veteranas do Catarse e já fizeram 2 campanhas: a Revista Nil e o curta Das Raízes Às Pontas. O filme foi selecionado para o Short Film Corner do Festival de Cannes neste ano e o próximo desafio é rodar por festivais no Brasil e no mundo, mostrando a força da produção independente da cidade.

Além do Eixo

Pedi à Flora para me conectar com as mulheres a frente do blog Quadrado: Daniela Cronemberger e Carol Nogueira. Fiz questão conhecer quem produziu os conteúdos mais interessantes da minha pesquisa para essa viagem. Segundo elas mesmas "Nos empolgamos com a ideia de criar um espaço de troca com todo mundo que estiver a fim de viver Brasília intensamente, de todas as maneiras possíveis”. Conseguiram fazer isso muito bem.

Captura de Tela 2016-08-02 às 18.46.47

Eu diria também que, mesmo sem querer, elas viraram grandes porta-vozes dos empreendedores que utilizam o financiamento coletivo em Brasília: vários dos projetos financiados no Catarse foram divulgados no blog delas. A relação com projetos culturais não acaba por aí. Daniela financiou coletivamente no ano passado o filme Em Defesa da Família, que conta a vida de famílias em uma luta contra o conservadorismo no Congresso Nacional, e a Carol já lançou 2 livros infantis.

Brasília multicor

Ainda no grupo de jornalistas-empreendedoras, conheci a Naiara Leão, sócia da Agência de Conteúdos e Projetos Culturais Isca. A Naiara é daquelas pessoas que tem uma energia realizadora que te dá inspiração instantânea. Ano passado ela lançou o livro Brasília Colorida e fez um crowdfunding que arcou parcialmente com os custos da impressão do livro Róbi. Em 2016 deu início ao projeto Lupa, traçando perfis de profissionais ligados à arte de contar histórias, gente que tem paixão pelas palavras. Inicialmente as histórias são de personagens do Distrito Federal, mas ainda esse ano o projeto vai chegar em outras capitais.

Filósofo gamer

O filósofo e cientista da computação Saulo Camarotti, professor-voluntário de ética da Nova Acrópole, é um dos grandes empreendedores da indústria de jogos nacional. A Behold Studios começou em 2009, mas começou a decolar 4 anos depois, com o lançamento de Knights of Pen & Paper e o financiamento coletivo do Chroma Squad, que levantou $97.148,00 através do Kickstarter.

Uma das grandes preocupações dele é de que a cultura que criaram na empresa - que fica em um casarão no lago norte com suítes, ampla sala-escritório, piscina e jardim que é palco de vários eventos da cena de indie game brasiliense - permaneça forte e se espalhe para outros mercados. Neste ano ele se juntou à Ludoteca BoardGame em Casa, também de Brasília, para lançar a BCG Editora, que irá trabalhar na publicação e produção de jogos de tabuleiro nacionais e internacionais para o mercado brasileiro.

Multiartista colaborativo

Para conectar as pontas desse grupo, fui ao encontro da pessoa mais presente na cena do crowdfunding brasiliense: o artista visual, videomaker, designer gráfico e co-fundador do Espaço AVI, Maurício Chades. Ele já produziu 2 campanhas de crowdfunding: As aventuras subjetivas de Björk , Eu quero Brasília no MoMA e colaborou com outras 3:O Novo Guia de Brasília, Das Raízes às Pontas e Revista Nil. Por este papel extremamente ativo, o convidamos para ser curador do Catarse e ajudar a disseminar o financiamento coletivo na cena cultural da cidade. Nosso encontro no Espaço AVI foi uma super experiência para todos os meus sentidos, mas isso eu vou contar no último post dessa viagem!

Espaço audiovisual natureza

 
Diego Reeberg
Adepto voraz do mecenato digital e viciado em Calvino e Saramago, gosta de vasculhar coisas bonitas e pessoas talentosas nos cantos empoeirados da internet.

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Continuando minha saga pela capital federal (veja o começo dela aqui), agora quero apresentar pessoas inspiradoras que desafiam qualquer visão mais clichê do que é Brasília. Esqueça as notícias sobre o governo, tempo seco e não precisa nem pensar na arquitetura icônica. O papo aqui é sobre efervescência cultural e científica, e quem está colocando a mão na massa.

Cidade real, curiosidade aumentada

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Um minuto de conversa com a Gabriela Bilá é suficiente pra saber que você está a frente de alguém cujo nome será destaque em muitas transformações urbanas no Brasil. Em 2014, ainda na faculdade, ela produziu, escreveu, fotografou e levantou R$44.076,00 para dar vida ao livro O novo guia de Brasília, uma forma única de explorar a capital do País. Hoje, junto ao entrequadra, trabalha na disseminação de um app de Realidade Aumentada que criaram para permitir que se conheça mais, e de uma forma diferente, a cidade. O próximo desafio é criar um novo guia de Brasíla, agora para crianças. <3

Da CLN 111 para o mundo

Filme Raizes Pontas Cannes

Num sala com caixas de mudanças espalhadas pelo chão, prontas para pousarem em um novo - e coletivo - escritório, com o ventilador preparado para enfrentar o calor brasiliense, fui recebido por duas dasforças criativas do Estúdio Cajuína. A Flora Egécia e a Bianca Novais são veteranas do Catarse e já fizeram 2 campanhas: a Revista Nil e o curta Das Raízes Às Pontas. O filme foi selecionado para o Short Film Corner do Festival de Cannes neste ano e o próximo desafio é rodar por festivais no Brasil e no mundo, mostrando a força da produção independente da cidade.

Além do Eixo

Pedi à Flora para me conectar com as mulheres a frente do blog Quadrado: Daniela Cronemberger e Carol Nogueira. Fiz questão conhecer quem produziu os conteúdos mais interessantes da minha pesquisa para essa viagem. Segundo elas mesmas "Nos empolgamos com a ideia de criar um espaço de troca com todo mundo que estiver a fim de viver Brasília intensamente, de todas as maneiras possíveis”. Conseguiram fazer isso muito bem.

Captura de Tela 2016-08-02 às 18.46.47

Eu diria também que, mesmo sem querer, elas viraram grandes porta-vozes dos empreendedores que utilizam o financiamento coletivo em Brasília: vários dos projetos financiados no Catarse foram divulgados no blog delas. A relação com projetos culturais não acaba por aí. Daniela financiou coletivamente no ano passado o filme Em Defesa da Família, que conta a vida de famílias em uma luta contra o conservadorismo no Congresso Nacional, e a Carol já lançou 2 livros infantis.

Brasília multicor

Ainda no grupo de jornalistas-empreendedoras, conheci a Naiara Leão, sócia da Agência de Conteúdos e Projetos Culturais Isca. A Naiara é daquelas pessoas que tem uma energia realizadora que te dá inspiração instantânea. Ano passado ela lançou o livro Brasília Colorida e fez um crowdfunding que arcou parcialmente com os custos da impressão do livro Róbi. Em 2016 deu início ao projeto Lupa, traçando perfis de profissionais ligados à arte de contar histórias, gente que tem paixão pelas palavras. Inicialmente as histórias são de personagens do Distrito Federal, mas ainda esse ano o projeto vai chegar em outras capitais.

Filósofo gamer

O filósofo e cientista da computação Saulo Camarotti, professor-voluntário de ética da Nova Acrópole, é um dos grandes empreendedores da indústria de jogos nacional. A Behold Studios começou em 2009, mas começou a decolar 4 anos depois, com o lançamento de Knights of Pen & Paper e o financiamento coletivo do Chroma Squad, que levantou $97.148,00 através do Kickstarter.

Uma das grandes preocupações dele é de que a cultura que criaram na empresa - que fica em um casarão no lago norte com suítes, ampla sala-escritório, piscina e jardim que é palco de vários eventos da cena de indie game brasiliense - permaneça forte e se espalhe para outros mercados. Neste ano ele se juntou à Ludoteca BoardGame em Casa, também de Brasília, para lançar a BCG Editora, que irá trabalhar na publicação e produção de jogos de tabuleiro nacionais e internacionais para o mercado brasileiro.

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Para conectar as pontas desse grupo, fui ao encontro da pessoa mais presente na cena do crowdfunding brasiliense: o artista visual, videomaker, designer gráfico e co-fundador do Espaço AVI, Maurício Chades. Ele já produziu 2 campanhas de crowdfunding: As aventuras subjetivas de Björk , Eu quero Brasília no MoMA e colaborou com outras 3:O Novo Guia de Brasília, Das Raízes às Pontas e Revista Nil. Por este papel extremamente ativo, o convidamos para ser curador do Catarse e ajudar a disseminar o financiamento coletivo na cena cultural da cidade. Nosso encontro no Espaço AVI foi uma super experiência para todos os meus sentidos, mas isso eu vou contar no último post dessa viagem!

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