Passei três dias na capital federal e em pouco tempo conheci muita gente realizadora e inspiradora.
Cheguei em Brasília com a missão de promover mais uma edição da oficina sobre financiamento coletivo (é a terceira vez na cidade, sempre com ingressos esgotados), e aproveitei pra falar com algumas pessoas que estão ativamente mudando o cenário criativo por lá e que acredito que vocês deveriam conhecer. Foram tantas boas conversas que acho que eu poderia escrever um livro, mas tentarei resumir tudo em 3 posts. No primeiro deles, apresento um cara importante para realizadores do país inteiro.Um mecenas em Brasília
Nosso primeiro grande personagem é médico, pediatra e já participou da realização de mais de 100 projetos no Catarse. Não, ele não é um empreendedor em série, mas o Andersen Fernandes é a 2ª pessoa em Brasília que mais apoiou projetos: 137 contribuições! A gente acredita que tão importante quanto quem faz é quem apoia quem faz (likes infinitos para a Shoot The Shit que organizou brilhantemente essa ideia!).
Quando entrei em contato com ele pelo whatsapp pra saber se ele topava um papo na nossa visita à Brasília, vi de cara que o financiamento coletivo realmente fazia parte de sua vida: sua foto de perfil é uma caricatura que foi recompensa do projeto Cueca Por Cima das Calças, desenhada pelo realizador em série Rafael Koff. No ano seguinte, na nova campanha do Koff, foi a vez do Andersen apoiar o projeto para ter uma caricatura (pra dar de presente) da sua esposa. <3
Faz 3 anos que ele conheceu o crowdfunding, através do lindo projeto da animação As Aventuras de Leca e Seus Amigos (o Paulo, realizador, mora há mais de 40 anos no Hospital das Clínicas devido à poliomielite; e lá mesmo ele estudou animação para poder lançar sua primeira série). Os projetos que ele mais costuma apoiar são os de quadrinhos, mas música, sociais, jogos, literatura, psicologia, eventos, tecnologia esporte e cinema também fazem parte do seu vasto portfólio de mecenas.Ele contou que depois que a primeira filha dele nasceu, teve que diminuir os apoios cujas recompensas eram físicas porque faltava espaço na casa para as suas coleções. Mesmo assim, não deixou de contribuir e começou a criar sua galeria de recompensas virtuais. Com carinho, contou pra gente de algumas campanhas que tocaram ele, como a do Conjunto Subindo a Ladeira, com um CD homenageando Chiquinha Gonzaga, a Corrida Maluca de Cadeirantes e a do Núcleo Universitário de Ópera de São Paulo, que mesmo depois de 2 anos de campanha continua compartilhando com a comunidade apoiadores o que o NUO feito.
Depois de um café da manhã com direito a chocolate quente e croissant na incrível La Boulangerie, nos despedimos e ele falou que aguarda ansiosamente um app do Catarse... parece uma boa ideia, não?