Dicionário Criativo: pessoas associadas por ideias associadas

Dicionário Criativo 2.0

O poeta americano Robert Frost disse que uma ideia é um feito de associação. O Dicionário Criativo foi criado para permitir que você navegue por diversas redes de significados associadas à sua ideia. O mais interessante é que ele só foi possível porque pessoas se associaram para financiá-lo coletivamente e tirá-lo do mundo das ideias. O criador do Dicionário Criativo, Felipe Iszlaji, conta como a campanha no Catarse foi o ponto de virada do projeto e apresenta a mais nova e completa versão do site. Leia abaixo!

Por Felipe Iszlaji

O Dicionário Criativo foi um dos primeiros projetos bem-sucedidos no Catarse. A grana para desenvolver a primeira versão do site veio exclusivamente do financiamento coletivo, numa época em que essa ideia era ainda incipiente no país. O Dicionário Criativo funciona como um grande brainstorming, uma rede de ideias, palavras, expressões, citações, verbetes da wikipedia e imagens conectadas por relações semânticas.

Fruto de pesquisa avançada em linguística computacional, desenvolvemos uma Rede Semântica Difusa de alta complexidade que interliga o conteúdo de nove tipos de dicionários. A grande sacada do Dicionário Criativo é que ele utiliza a mesma estrutura conceitual do clássico Dicionário Analógico (ou Ideias Afins), mas agora utilizando todo o potencial da tecnologia digital. Imagine pesquisar por uma ideia e ver tudo o que está relacionado àquela ideia, e ainda encontrar a melhor forma de expressá-la em um texto. É uma ferramenta indispensável para o processo criativo na era digital.

A campanha “Adote uma Palavra” ofereceu verbetes como recompensa. Cada apoiador podia escolher uma palavra do Dicionário Criativo para associar seu nome ou marca. A campanha deu tão certo que ultrapassou a meta inicial de R$ 12 mil. Foi o ponto de virada do projeto.

No mesmo ano em que o projeto do Dicionário Criativo foi financiado coletivamente, ingressei na incubadora de empresas tecnológicas da USP (CIETEC), fui um dos sete selecionados para o programa de formação chamado Empreendedores Criativos e venci o Prêmio Santander de Empreendedorismo na categoria de Tecnologia da Informação. Fechei ainda uma parceria com a editora Lexikon, que acabara de lançar uma edição revista e atualizada do Dicionário Analógico, e outra com o maior banco de imagens do mundo, a GettyImages.

Empreender é uma ciência e  uma arte

Não é fácil empreender uma ideia. Muita coisa precisa ser alinhada para que um projeto saia do papel. Como muitos que colocam suas ideias no Catarse, eu não me via como empreendedor, mas como artista. Nos últimos anos, descobri que empreender é uma ciência e uma arte. Assim como o artista plástico arranja formas e cores no espaço; assim como o músico dispõe os sons no tempo – com ritmo, força e harmonia adequados; assim como o poeta organiza palavras e conceitos; o empreendedor necessita de muita criatividade para orquestrar tempo, recursos, capacidade técnica, tecnologia, parceiros, contatos, marketing etc. Todos esses elementos precisam funcionar como um corpo de balé para que a ideia saia do papel e tenha sucesso. E o sucesso não é o dinheiro. O sucesso é, como para todo artista, que o seu trabalho tenha um impacto relevante na vida de outras pessoas. Que seja útil ou belo. E se puder ser belo e útil ao mesmo tempo, tanto melhor.

Hoje, três anos depois, o Dicionário Criativo está com uma nova versão no ar. Uma versão muito mais completa, com design e funcionalidades melhores, podendo ser acessado de qualquer dispositivo com acesso à internet, e com uma base de usuários mensais que já passa de 150 mil.

Atualmente, temos bolsas do CNPQ para desenvolver a tecnologia semântica que faz do Dicionário Criativo uma ferramenta única para escritores, jornalistas, publicitários, blogueiros e criativos em geral. Temos apoio do Sebrae, parceria com o Museu da Língua Portuguesa e uma equipe de sete pessoas trabalhando diariamente para melhorar ainda mais a ferramenta. Já são nove dicionários diferentes publicados, entre significados, sinônimos, analógico, metáforas, expressões, citações, rimas, Wikipedia e imagens. E serão mais em breve, todos disponibilizados gratuitamente. Mas nada disso teria sido possível sem o primeiro passo. Sem a confiança dos apoiadores e a aposta do Catarse em trazer o financiamento coletivo para o Brasil. Fico feliz em fazer parte da história do Catarse, do Catarse ser parte da história do Dicionário Criativo e de que juntos estamos fazendo história, contribuindo para um futuro mais fraterno, livre e criativo.
Felipe Caruso
Missionário do coletivismo e jornalista com doses de poesia, ceticismo e pragmatismo

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Dicionário Criativo 2.0

O poeta americano Robert Frost disse que uma ideia é um feito de associação. O Dicionário Criativo foi criado para permitir que você navegue por diversas redes de significados associadas à sua ideia. O mais interessante é que ele só foi possível porque pessoas se associaram para financiá-lo coletivamente e tirá-lo do mundo das ideias. O criador do Dicionário Criativo, Felipe Iszlaji, conta como a campanha no Catarse foi o ponto de virada do projeto e apresenta a mais nova e completa versão do site. Leia abaixo!

Por Felipe Iszlaji

O Dicionário Criativo foi um dos primeiros projetos bem-sucedidos no Catarse. A grana para desenvolver a primeira versão do site veio exclusivamente do financiamento coletivo, numa época em que essa ideia era ainda incipiente no país. O Dicionário Criativo funciona como um grande brainstorming, uma rede de ideias, palavras, expressões, citações, verbetes da wikipedia e imagens conectadas por relações semânticas.

Fruto de pesquisa avançada em linguística computacional, desenvolvemos uma Rede Semântica Difusa de alta complexidade que interliga o conteúdo de nove tipos de dicionários. A grande sacada do Dicionário Criativo é que ele utiliza a mesma estrutura conceitual do clássico Dicionário Analógico (ou Ideias Afins), mas agora utilizando todo o potencial da tecnologia digital. Imagine pesquisar por uma ideia e ver tudo o que está relacionado àquela ideia, e ainda encontrar a melhor forma de expressá-la em um texto. É uma ferramenta indispensável para o processo criativo na era digital.

A campanha “Adote uma Palavra” ofereceu verbetes como recompensa. Cada apoiador podia escolher uma palavra do Dicionário Criativo para associar seu nome ou marca. A campanha deu tão certo que ultrapassou a meta inicial de R$ 12 mil. Foi o ponto de virada do projeto.

No mesmo ano em que o projeto do Dicionário Criativo foi financiado coletivamente, ingressei na incubadora de empresas tecnológicas da USP (CIETEC), fui um dos sete selecionados para o programa de formação chamado Empreendedores Criativos e venci o Prêmio Santander de Empreendedorismo na categoria de Tecnologia da Informação. Fechei ainda uma parceria com a editora Lexikon, que acabara de lançar uma edição revista e atualizada do Dicionário Analógico, e outra com o maior banco de imagens do mundo, a GettyImages.

Empreender é uma ciência e  uma arte

Não é fácil empreender uma ideia. Muita coisa precisa ser alinhada para que um projeto saia do papel. Como muitos que colocam suas ideias no Catarse, eu não me via como empreendedor, mas como artista. Nos últimos anos, descobri que empreender é uma ciência e uma arte. Assim como o artista plástico arranja formas e cores no espaço; assim como o músico dispõe os sons no tempo – com ritmo, força e harmonia adequados; assim como o poeta organiza palavras e conceitos; o empreendedor necessita de muita criatividade para orquestrar tempo, recursos, capacidade técnica, tecnologia, parceiros, contatos, marketing etc. Todos esses elementos precisam funcionar como um corpo de balé para que a ideia saia do papel e tenha sucesso. E o sucesso não é o dinheiro. O sucesso é, como para todo artista, que o seu trabalho tenha um impacto relevante na vida de outras pessoas. Que seja útil ou belo. E se puder ser belo e útil ao mesmo tempo, tanto melhor.

Hoje, três anos depois, o Dicionário Criativo está com uma nova versão no ar. Uma versão muito mais completa, com design e funcionalidades melhores, podendo ser acessado de qualquer dispositivo com acesso à internet, e com uma base de usuários mensais que já passa de 150 mil.

Atualmente, temos bolsas do CNPQ para desenvolver a tecnologia semântica que faz do Dicionário Criativo uma ferramenta única para escritores, jornalistas, publicitários, blogueiros e criativos em geral. Temos apoio do Sebrae, parceria com o Museu da Língua Portuguesa e uma equipe de sete pessoas trabalhando diariamente para melhorar ainda mais a ferramenta. Já são nove dicionários diferentes publicados, entre significados, sinônimos, analógico, metáforas, expressões, citações, rimas, Wikipedia e imagens. E serão mais em breve, todos disponibilizados gratuitamente. Mas nada disso teria sido possível sem o primeiro passo. Sem a confiança dos apoiadores e a aposta do Catarse em trazer o financiamento coletivo para o Brasil. Fico feliz em fazer parte da história do Catarse, do Catarse ser parte da história do Dicionário Criativo e de que juntos estamos fazendo história, contribuindo para um futuro mais fraterno, livre e criativo.

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