Como uma editora nova pode usar o financiamento coletivo para publicar seus livros?

Conversamos com o Eduardo Ferrari, da Editora Scrittore, que viabilizou a publicação de 2 livros por meio de financiamento coletivo no Catarse. Foram quase R$100.000 arrecadados por mais de 1400 pessoas! Na conversa, realizada por conta da nossa página especial sobre Publicações de Livros e Revistas Independentes, Eduardo divide conosco o porquê de escolher o financiamento coletivo, os desafios de se publicar um livro independente com a ajuda direta de seus leitores e os aprendizados gerados nessa jornada. Leia a entrevista abaixo, na íntegra:

 

1 - Por que você escolheu fazer um Catarse ao invés de buscar outra forma de financiamento (grana própria, editais, patrocinadores)?

Analisando as campanhas de lançamento de outros produtos, não apenas livros, percebemos que poderíamos usar o Catarse para pré-vendas, garantindo antecipadamente receita para bancar o lançamento. Isso elimina o risco de lançar um produto que “encalhe”, que não tenha apelo para o público. Somos uma empresa nova no mercado, sem folga no caixa. Evitar riscos com capital próprio é fundamental para garantir a sobrevivência do negócio.

 

2 - Quais os medos que vocês tinham antes de lançar a campanha e como fizeram para encará-los e superá-los?

O tudo ou nada. Um projeto bacana que não caísse no gosto popular poderia se tornar inviável. Mas concluímos que esse era justamente o termômetro. Se o público-alvo potencial de um livro não se engaja na campanha de financiamento coletivo, dificilmente compraria de outro modo. Não estamos no Catarse atrás de doações, pura e simplesmente. Estamos atrás de público genuinamente interessado nos nossos produtos e dispostos a pagar antecipadamente por eles. Uma das formas de garantir isso é selecionar bem os títulos, de modo que eles sejam pertinentes para o nosso público alvo (mães, pais e educadores de crianças na primeira infância). O principal produto da Scrittore é uma revista impressa mensal, a Canguru, voltada para este público. Os livros são um complemento de receita.

 

3 - Qual foi o sentimento de vocês quando o projeto bateu a meta?

É delicioso a cada campanha. Todo o nosso time comemora intensamente, bate o sino no minuto que 100% aparece na tela. Bater a meta significa que colocamos mais um produto de sucesso no mercado. E ao mesmo tempo, significa garantia de lucro com o projeto. Nossas campanhas são sempre para tiragens de 2.000 exemplares. O público que contribui no Catarse fica com mais ou menos a metade da tiragem. O restante, colocamos à venda nas livrarias e nos nossos eventos. Como a produção já está paga, significa que essa venda do excedente é receita líquida. Ou seja: um negócio seguro para editoras. Não arriscamos nosso próprio capital (tão escasso) em livros que vão ficar parados por meses no estoque.

 

4 - Qual foi o maior aprendizado com o processo da campanha?

Que o envolvimento do autor do livro é fundamental porque ele é a melhor pessoa para avaliar em que público sua mensagem terá maior apelo. Monitoramos diariamente os resultados para avaliarmos como agir, o que mudar na campanha. O que está funcionando o que não. E é preciso investir em divulgação: usamos as redes sociais (nossas e dos autores), nossa assessoria de imprensa para emplacar matérias na mídia sobre o projeto e a própria revista da editora.

 

 

Se você quer entender como viabilizar sua publicação independente no Catarse, Baixe nosso Guia do Financiamento Coletivo e receba em seu email dicas especiais sobre como usar o financiamento coletivo para sua publicação independente:

Diego Reeberg
Adepto voraz do mecenato digital e viciado em Calvino e Saramago, gosta de vasculhar coisas bonitas e pessoas talentosas nos cantos empoeirados da internet.

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Conversamos com o Eduardo Ferrari, da Editora Scrittore, que viabilizou a publicação de 2 livros por meio de financiamento coletivo no Catarse. Foram quase R$100.000 arrecadados por mais de 1400 pessoas! Na conversa, realizada por conta da nossa página especial sobre Publicações de Livros e Revistas Independentes, Eduardo divide conosco o porquê de escolher o financiamento coletivo, os desafios de se publicar um livro independente com a ajuda direta de seus leitores e os aprendizados gerados nessa jornada. Leia a entrevista abaixo, na íntegra:

 

1 - Por que você escolheu fazer um Catarse ao invés de buscar outra forma de financiamento (grana própria, editais, patrocinadores)?

Analisando as campanhas de lançamento de outros produtos, não apenas livros, percebemos que poderíamos usar o Catarse para pré-vendas, garantindo antecipadamente receita para bancar o lançamento. Isso elimina o risco de lançar um produto que “encalhe”, que não tenha apelo para o público. Somos uma empresa nova no mercado, sem folga no caixa. Evitar riscos com capital próprio é fundamental para garantir a sobrevivência do negócio.

 

2 - Quais os medos que vocês tinham antes de lançar a campanha e como fizeram para encará-los e superá-los?

O tudo ou nada. Um projeto bacana que não caísse no gosto popular poderia se tornar inviável. Mas concluímos que esse era justamente o termômetro. Se o público-alvo potencial de um livro não se engaja na campanha de financiamento coletivo, dificilmente compraria de outro modo. Não estamos no Catarse atrás de doações, pura e simplesmente. Estamos atrás de público genuinamente interessado nos nossos produtos e dispostos a pagar antecipadamente por eles. Uma das formas de garantir isso é selecionar bem os títulos, de modo que eles sejam pertinentes para o nosso público alvo (mães, pais e educadores de crianças na primeira infância). O principal produto da Scrittore é uma revista impressa mensal, a Canguru, voltada para este público. Os livros são um complemento de receita.

 

3 - Qual foi o sentimento de vocês quando o projeto bateu a meta?

É delicioso a cada campanha. Todo o nosso time comemora intensamente, bate o sino no minuto que 100% aparece na tela. Bater a meta significa que colocamos mais um produto de sucesso no mercado. E ao mesmo tempo, significa garantia de lucro com o projeto. Nossas campanhas são sempre para tiragens de 2.000 exemplares. O público que contribui no Catarse fica com mais ou menos a metade da tiragem. O restante, colocamos à venda nas livrarias e nos nossos eventos. Como a produção já está paga, significa que essa venda do excedente é receita líquida. Ou seja: um negócio seguro para editoras. Não arriscamos nosso próprio capital (tão escasso) em livros que vão ficar parados por meses no estoque.

 

4 - Qual foi o maior aprendizado com o processo da campanha?

Que o envolvimento do autor do livro é fundamental porque ele é a melhor pessoa para avaliar em que público sua mensagem terá maior apelo. Monitoramos diariamente os resultados para avaliarmos como agir, o que mudar na campanha. O que está funcionando o que não. E é preciso investir em divulgação: usamos as redes sociais (nossas e dos autores), nossa assessoria de imprensa para emplacar matérias na mídia sobre o projeto e a própria revista da editora.

 

 

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