Metafinanciamento para a Metamáquina

metamaquina catarse

A palavra “meta” tem diferentes significados de acordo com sua origem e uso. Como prefixo oriundo do grego, pode significar uma posição posterior (metacarpo), mudança (metamorfose), transcendência (metafísica) ou uma reflexão sobre si (metalinguagem). Como substantivo feminino derivado do latim pode ser um marco, baliza, limite ou alvo.

No começo do mês, o projeto Metamáquina para construir impressoras 3D de baixo custo no Brasil foi bem-sucedido aqui no Catarse. Dos R$ 30 mil captados, R$ 18 mil foram nos últimos quatro dias do prazo.

Um dos quatro kits completos vendidos para montar a impressora foi comprado por um grupo de 100 pessoas de Porto Alegre que se juntaram para pagar os R$ 2.900 necessários.

É possível que o surgimento de um crowdfunding dentro do crowdfunding tenha feito a campanha de arrecadação do projeto juntar todos os significados da palavra “meta”.

O metafinanciamento provocou uma reflexão sobre o próprio financiamento colaborativo que pode ser um marco para as mudanças nas campanhas de captação num momento posterior. É como descobrir que dentro da bonecona russa do crowdfunding há outra e perceber a infinitude do desdobramento dessa lógica.  

“Eu apoiei o projeto no Catarse e fiquei pensando como seria legal poder usar a máquina. Eu não queria tê-la. Não tenho onde pôr, não vou usar com frequência. Achei que mais gente poderia querer dividir uma, pagando pouquinho e rachando com muita gente. Deixando a máquina em um espaço de acesso comum. Financiamento e uso colaborativo”, explica Daniel Larusso.

No dia seguinte, o último dia de arrecadação da Metamáquina, ele criou um grupo no facebook para juntar 100 pessoas interessadas em pagar R$ 29 para compartilhar uma impressora 3D e convidou alguns amigos, que convidaram seus amigos e espalharam a ideia. Àquela altura, o projeto ainda não tinha atingido a meta e pairava uma dúvida sobre o sucesso do financiamento.

O receio, porém, não foi suficiente para evitar que em poucas horas a centena de proprietários da impressora fosse reunida. O barulho, a emoção e a excitação com a empreitada foram tamanhos que até mesmo pessoas de fora de Porto Alegre compraram uma parte da impressora como forma de apoio à causa. Larusso colocou sua conta à disposição para receber os depósitos, que eram registrados em uma tabela compartilhada.

Depois de concluído o processo de arrecadação do dinheiro para comprar a impressora, as decisões sobre como e onde montar e deixar a impressora continuam a ser tomadas coletivamente através do grupo criado no facebook.

“Ainda não sei afirmar o aprendizado. Estamos todos aprendendo juntos”, conclui Larusso, para nossa unânime concordância.

Se quiser, você pode acompanhar as discussões e rever todo o processo de mobilização aqui no grupo do facebook.

Catarse
A comunidade de financiamento coletivo mais charmosa do Brasil! Desde 17 de janeiro de 2011 contribuimos para que, cada vez mais, um monte de projetos fabulosos possam acontecer no Brasil e no mundo.

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Metafinanciamento para a Metamáquina

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A palavra “meta” tem diferentes significados de acordo com sua origem e uso. Como prefixo oriundo do grego, pode significar uma posição posterior (metacarpo), mudança (metamorfose), transcendência (metafísica) ou uma reflexão sobre si (metalinguagem). Como substantivo feminino derivado do latim pode ser um marco, baliza, limite ou alvo.

No começo do mês, o projeto Metamáquina para construir impressoras 3D de baixo custo no Brasil foi bem-sucedido aqui no Catarse. Dos R$ 30 mil captados, R$ 18 mil foram nos últimos quatro dias do prazo.

Um dos quatro kits completos vendidos para montar a impressora foi comprado por um grupo de 100 pessoas de Porto Alegre que se juntaram para pagar os R$ 2.900 necessários.

É possível que o surgimento de um crowdfunding dentro do crowdfunding tenha feito a campanha de arrecadação do projeto juntar todos os significados da palavra “meta”.

O metafinanciamento provocou uma reflexão sobre o próprio financiamento colaborativo que pode ser um marco para as mudanças nas campanhas de captação num momento posterior. É como descobrir que dentro da bonecona russa do crowdfunding há outra e perceber a infinitude do desdobramento dessa lógica.  

“Eu apoiei o projeto no Catarse e fiquei pensando como seria legal poder usar a máquina. Eu não queria tê-la. Não tenho onde pôr, não vou usar com frequência. Achei que mais gente poderia querer dividir uma, pagando pouquinho e rachando com muita gente. Deixando a máquina em um espaço de acesso comum. Financiamento e uso colaborativo”, explica Daniel Larusso.

No dia seguinte, o último dia de arrecadação da Metamáquina, ele criou um grupo no facebook para juntar 100 pessoas interessadas em pagar R$ 29 para compartilhar uma impressora 3D e convidou alguns amigos, que convidaram seus amigos e espalharam a ideia. Àquela altura, o projeto ainda não tinha atingido a meta e pairava uma dúvida sobre o sucesso do financiamento.

O receio, porém, não foi suficiente para evitar que em poucas horas a centena de proprietários da impressora fosse reunida. O barulho, a emoção e a excitação com a empreitada foram tamanhos que até mesmo pessoas de fora de Porto Alegre compraram uma parte da impressora como forma de apoio à causa. Larusso colocou sua conta à disposição para receber os depósitos, que eram registrados em uma tabela compartilhada.

Depois de concluído o processo de arrecadação do dinheiro para comprar a impressora, as decisões sobre como e onde montar e deixar a impressora continuam a ser tomadas coletivamente através do grupo criado no facebook.

“Ainda não sei afirmar o aprendizado. Estamos todos aprendendo juntos”, conclui Larusso, para nossa unânime concordância.

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