A primeira tradução em português de Where We Stand: Class Matters, obra inédita de bell hooks, uma das mais importantes pensadoras do feminismo negro, chega ao Brasil em uma campanha de financiamento coletivo. A edição brasileira chega com o título “questões de classe: o lugar que ocupamos”, com tradução de Larissa Bontempi e publicada pela Oficina Palimpsestus.
Neste livro fundamental, bell hooks rompe o silêncio em torno da questão de classe, colocando-a no centro do debate sobre emancipação. A autora mostra como raça e gênero não podem ser discutidos sem enfrentar as realidades da política de classe.
“questões de classe: o lugar que ocupamos” combina narrativa de vida, análise crítica do contexto social e reflexões sobre interseccionalidade. Por meio de sua narrativa de vida, articulada à análise crítica do contexto social e às interseções entre raça, gênero e classe, bell hooks tece uma reflexão generosa e acessível, que une pesquisa acadêmica, crítica radical e experiência pessoal. Mais do que um livro, trata-se de um chamado urgente para que as lutas não sejam cooptadas pelo capitalismo e para a construção de caminhos de solidariedade e justiça que superem políticas conservadoras.

Por que apoiar o projeto
A campanha de financiamento coletivo possibilita a chegada de uma obra inédita de bell hooks em português por meio de um projeto conduzido por mulheres negras. Apoiar significa participar de uma ação histórica, fortalecendo a produção editorial independente e ampliando o alcance de um debate urgente para o Brasil.
Entre os benefícios para apoiadores estão:
- Preço mais acessível que o valor de capa após a campanha;
- Recompensas exclusivas (itens especiais, caderno exclusivo, bandeira, metas estendidas);
- Nome nos agradecimentos como apoiador que tornou o projeto possível;
- Acompanhamento de todo o processo editorial, com notícias e enquetes no Catarse e nas redes sociais.
Quem apoiar nas primeiras 72 horas ainda garante mais vantagens, como:
- Livreto com ensaios de pensadoras pretas brasileiras;
- Workshop de leitura com Carol Casati e Dayhara Martins, aprofundando a obra em um encontro coletivo.
Referências e diálogos
A obra de bell hooks se conecta a pensadoras como Djamila Ribeiro, Lélia Gonzalez, Sueli Carneiro, Beatriz Nascimento, Cida Bento, Carolina Maria de Jesus, Jurema Werneck, Vilma Piedade, Conceição Evaristo e Grada Kilomba, que, cada uma a seu modo, ampliam o debate sobre classe, raça e gênero no Brasil.
Também dialoga com referências internacionais, como Angela Davis, Patricia Hill Collins, Kimberlé Crenshaw, W.E.B. Du Bois e Frantz Fanon, e com obras audiovisuais que discutem desigualdade estrutural, entre elas 13th (Ava DuVernay), I Am Not Your Negro (Raoul Peck) e, no Brasil, Que horas ela volta? (Anna Muylaert), AmarElo – É tudo pra ontem (Emicida) e Sementes: Mulheres Pretas no Poder (Éthel Oliveira e Júlia Mariano).