Por que escolhemos o “tudo ou nada”

capas Montagem com imagens do Catarse, Indiegogo e Kickstarter

Muitas pessoas não entendem a razão de nós do Catarse utilizarmos o método “tudo ou nada”. Caso não esteja familiarizado com o termo, é bem simples: quando você faz um projeto no Catarse e define sua meta, seja ela R$ 100 ou R$ 1 milhão, você só receberá o dinheiro se atingir ou superar essa quantia. Caso não chegue nesse valor, o dinheiro volta para os apoiadores.

Apesar da estranheza que pode causar, o  “tudo ou nada” é comum nas plataformas de crowdfunding, como o Kickstarter. Podemos dizer que a principal razão é: dá mais certo. Projetos feitos nesses moldes têm mais sucesso e costumam arrecadar mais dinheiro do que aqueles em que realizadores ficam com a verba doada ainda que não atinjam a meta, os flexíveis ou "fique com o que conseguir". É o que mostra um estudo da York University realizado com dados do Indiegogo, site de financiamento coletivo que permite tanto o “tudo ou nada” quanto o flexíveis.

Tudo ou nada x fique com o que conseguir

Os pesquisadores constataram que ainda que trabalhem com metas muito maiores (média de US$31,000 contra US$20,000), projetos feitos no “tudo ou nada” têm o dobro de índice de sucesso dos flexíveis, 34% contra 17% – a média do Catarse, que trabalha exclusivamente com “tudo ou nada”, é ainda maior, de 54%. Foi observada também uma grande diferença no número de apoiadores, média de 188 no  “tudo ou nada” contra 73 nos “fique com o que conseguir”.

Mesmo sabendo que o “tudo ou nada” funciona melhor, o medo de “morrer na praia” continua grande? Nossos dados mostram que não se deve temer. Ao contrário do que se possa imaginar, os projetos mal sucedidos no Catarse não costumam falhar por pouco. A média de arrecadação entre quem não bate a meta é de 11% do valor pedido.

Mais confiança

O que parece mais justo: devolver o dinheiro de quem colaborou com o projeto que não deu certo ou dar esses 11% para “ver o que o realizador consegue fazer”? E como apoiador, você prefere colaborar com um projeto sabendo que ele só será realizado se tiver as condições perfeitas ou sob o risco do seu dinheiro financiar um produto pela metade? O “tudo ou nada” passa mais confiança ao apoiador.

Outro ponto a se levar em consideração é que o medo do projeto não bater a meta não afeta somente o realizador. Ele move também o apoiador, incentiva a colaboração. Todo mundo torce e se mobiliza para que a meta seja atingida  – inclusive o Catarse, que além de não receber nada quando o realizador não consegue o valor pedido, têm ainda custos operacionais com devoluções aos apoiadores.

Segunda meta

Uma estratégia adotada por alguns realizadores é a de estabelecer uma segunda meta. Um caso recente é o do documentário “Chega de Fiu-fiu”. Foram pedidos R$ 20 mil para o desenvolvimento do projeto, envio de materiais, pré-produção e divulgação. No entanto, caso essa marca fosse ultrapassada, havia uma segunda meta, de R$ 50 mil. Com essa nova quantia, estariam garantidas a produção, gravação de entrevistas, o roteiro de edição e a trilha sonora. Foram arrecadados R$ 64.448.

Maior taxa de sucesso, mais dinheiro arrecadado, mais incentivos para o apoiador, maior garantia de projetos bem realizados. Se superado o medo de “morrer na praia”, percebemos que o “tudo ou nada” pode ser no máximo acusado de exigir um planejamento mais cuidadoso – o que, convenhamos, só traz benefícios.

(Atualização: O Catarse hoje em dia opera com o modelo flexível de financiamento também! Entenda aqui)

 

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Muitas pessoas não entendem a razão de nós do Catarse utilizarmos o método “tudo ou nada”. Caso não esteja familiarizado com o termo, é bem simples: quando você faz um projeto no Catarse e define sua meta, seja ela R$ 100 ou R$ 1 milhão, você só receberá o dinheiro se atingir ou superar essa quantia. Caso não chegue nesse valor, o dinheiro volta para os apoiadores.

Apesar da estranheza que pode causar, o  “tudo ou nada” é comum nas plataformas de crowdfunding, como o Kickstarter. Podemos dizer que a principal razão é: dá mais certo. Projetos feitos nesses moldes têm mais sucesso e costumam arrecadar mais dinheiro do que aqueles em que realizadores ficam com a verba doada ainda que não atinjam a meta, os flexíveis ou "fique com o que conseguir". É o que mostra um estudo da York University realizado com dados do Indiegogo, site de financiamento coletivo que permite tanto o “tudo ou nada” quanto o flexíveis.

Tudo ou nada x fique com o que conseguir

Os pesquisadores constataram que ainda que trabalhem com metas muito maiores (média de US$31,000 contra US$20,000), projetos feitos no “tudo ou nada” têm o dobro de índice de sucesso dos flexíveis, 34% contra 17% – a média do Catarse, que trabalha exclusivamente com “tudo ou nada”, é ainda maior, de 54%. Foi observada também uma grande diferença no número de apoiadores, média de 188 no  “tudo ou nada” contra 73 nos “fique com o que conseguir”.

Mesmo sabendo que o “tudo ou nada” funciona melhor, o medo de “morrer na praia” continua grande? Nossos dados mostram que não se deve temer. Ao contrário do que se possa imaginar, os projetos mal sucedidos no Catarse não costumam falhar por pouco. A média de arrecadação entre quem não bate a meta é de 11% do valor pedido.

Mais confiança

O que parece mais justo: devolver o dinheiro de quem colaborou com o projeto que não deu certo ou dar esses 11% para “ver o que o realizador consegue fazer”? E como apoiador, você prefere colaborar com um projeto sabendo que ele só será realizado se tiver as condições perfeitas ou sob o risco do seu dinheiro financiar um produto pela metade? O “tudo ou nada” passa mais confiança ao apoiador.

Outro ponto a se levar em consideração é que o medo do projeto não bater a meta não afeta somente o realizador. Ele move também o apoiador, incentiva a colaboração. Todo mundo torce e se mobiliza para que a meta seja atingida  – inclusive o Catarse, que além de não receber nada quando o realizador não consegue o valor pedido, têm ainda custos operacionais com devoluções aos apoiadores.

Segunda meta

Uma estratégia adotada por alguns realizadores é a de estabelecer uma segunda meta. Um caso recente é o do documentário “Chega de Fiu-fiu”. Foram pedidos R$ 20 mil para o desenvolvimento do projeto, envio de materiais, pré-produção e divulgação. No entanto, caso essa marca fosse ultrapassada, havia uma segunda meta, de R$ 50 mil. Com essa nova quantia, estariam garantidas a produção, gravação de entrevistas, o roteiro de edição e a trilha sonora. Foram arrecadados R$ 64.448.

Maior taxa de sucesso, mais dinheiro arrecadado, mais incentivos para o apoiador, maior garantia de projetos bem realizados. Se superado o medo de “morrer na praia”, percebemos que o “tudo ou nada” pode ser no máximo acusado de exigir um planejamento mais cuidadoso – o que, convenhamos, só traz benefícios.

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