A Educação atendeu ao chamado do financiamento coletivo

Retrato financiamento coletivo Brasil   Catarse e Chorus

Um dos aspetos mais interessantes revelados pela pesquisa Retrato do Financiamento Coletivo no Brasil foi que Educação é a categoria que as pessoas mais têm interesse em apoiar projetos. Cerca de 65% dos usuários estão dispostos a contribuir com iniciativas da área. Ao mesmo tempo, também é a categoria que a comunidade acha que mais faltam projetos relevantes, com 36,3% dos votos.

As pessoas que responderam à pesquisa são usuários engajados no financiamento coletivo (45% conhecem o sistema há mais de dois anos) e fazem parte da comunidade que orbita o Catarse. Dos respondentes, 91% já apoiaram entre um e dez projetos. O interesse junto com a insatisfação pela categoria pode representar talvez uma demanda não atendida. Uma hipótese é de que se houvesse mais bons projetos de educação, talvez o interesse e a insatisfação não fossem tão altos.

Outra possibilidade é de que o financiamento coletivo, na visão da comunidade, seria uma ferramenta para atacar uma importante necessidade social como educação, apesar da negligência e/ou incapacidade do poder público. Essa hipótese se apóia sobre o fato de que 82% se dizem contra a participação do governo de qualquer maneira no financiamento coletivo. Assim, a própria sociedade civil se mobilizaria para propor soluções para os problemas da educação no país.

Ao olharmos a categoria até a captação das respostas da pesquisa, encontramos a razão do resultado. Até meados de setembro de 2013,  havia passado pelo Catarse ou estavam no ar oito projetos de Educação, dos quais a metade atingiu a meta de arrecadação. Como comparação, as categorias de Música e Cinema e Vídeo tinham cada uma mais de 300 projetos.

Ainda é cedo para dizer que os educadores ouviram prontamente o chamado da comunidade do financiamento coletivo. O fato é que no momento estão no ar mais projetos de Educação do que os sete que já foram financiados através da plataforma em três anos.

São oito projetos com propostas completamente diferentes e que apontam caminhos possíveis de como a sociedade civil pode contribuir para o desenvolvimento da educação no Brasil e no Mundo.

O projeto Caindo no Brasil, por exemplo, quer publicar um livro sobre 14 iniciativas inspiradoras de educação descobertas numa viagem de 17 mil quilômetros por 12 estados do país. Já o projeto Sinfonia da Reforma quer restaurar o prédio da Escola de Música da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA).

Vale o passeio pela categoria e o apoio para os projetos. Afinal, era isso que vocês queriam! ;)
Felipe Caruso
Missionário do coletivismo e jornalista com doses de poesia, ceticismo e pragmatismo

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As pessoas que responderam à pesquisa são usuários engajados no financiamento coletivo (45% conhecem o sistema há mais de dois anos) e fazem parte da comunidade que orbita o Catarse. Dos respondentes, 91% já apoiaram entre um e dez projetos. O interesse junto com a insatisfação pela categoria pode representar talvez uma demanda não atendida. Uma hipótese é de que se houvesse mais bons projetos de educação, talvez o interesse e a insatisfação não fossem tão altos.

Outra possibilidade é de que o financiamento coletivo, na visão da comunidade, seria uma ferramenta para atacar uma importante necessidade social como educação, apesar da negligência e/ou incapacidade do poder público. Essa hipótese se apóia sobre o fato de que 82% se dizem contra a participação do governo de qualquer maneira no financiamento coletivo. Assim, a própria sociedade civil se mobilizaria para propor soluções para os problemas da educação no país.

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Ainda é cedo para dizer que os educadores ouviram prontamente o chamado da comunidade do financiamento coletivo. O fato é que no momento estão no ar mais projetos de Educação do que os sete que já foram financiados através da plataforma em três anos.

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