O horror, o terror e o mistério têm raízes profundas na mitologia, folclore, lendas e tradições culturais de diversas sociedades ao longo da história. Originaram-se a partir da tradição oral, daquelas típicas conversas ao redor de uma fogueira, e, ao longo do tempo, evoluíram para serem registradas em materiais que as perpetuassem na história.
Essas narrativas frequentemente tinham o propósito de entreter e também de desvendar o desconhecido, incorporando elementos sobrenaturais para incitar o medo e a curiosidade. O uso de fantasmas, monstros, bruxas, vampiros, lobisomens, zumbis, casas assombradas e outros seres malignos sempre serviu como uma roupagem para histórias que exploravam temas universais, como o conflito entre o bem e o mal, o desconhecido e o medo do sobrenatural.
A partir dessas raízes profundas, emergiu o gênero do terror, do horror e do mistério, que se tornaram elementos essenciais da cultura pop. Ao longo dos anos, esse gênero se desenvolveu e adquiriu características que o tornam aclamado e único, que ecoam em várias formas de arte, incluindo esculturas, pinturas, cinema, música, teatro, videoclipes etc.
E, uma vez que a arte é intrinsecamente mutável, a cada período histórico, o terror, o horror e o mistério adotam uma aparência distinta, refletindo os medos e anseios da sociedade, proporcionando uma lente para compreender a psicologia cultural de sua época.
Está sedento para conhecer novos autores e histórias do gênero para se deliciar? A gente indica projetos horripilantes para você!
Uma HQ que bebe da fonte de Shelley e Lawrence
O que poderia resultar do entrelaçamento perfeito de referências de Frankenstein de Mary Shelley e O amante de Lady Chatterley de D. H. Lawrence? A resposta é O amante de Lady Frankenstein, uma HQ na qual as personagens vivenciam uma jornada de sexo, morte e ressurreição. Elas perdem o controle e convocam as forças da natureza para reviver o prazer de criar vida sem depender de um deus criador. Ficou curioso para saber como é esse quadrinho? Então, confira aqui a prévia.
Descobrindo narrativas de horror de autoras italianas
É bastante comum nós, leitores, buscarmos obras do nosso gênero literário específico dentro de um nicho, não é mesmo? Para quem é apaixonado por horror dentro da literatura italiana do século XIX, pode chegar a duas conclusões: que o legado oitocentista foi produzido por homens, e que não houve uma tradição gótica ou fantástica de relevância na Itália.
Com o objetivo de preencher essa lacuna na história literária, Lua em foice: autoras italianas de ficção gótica, insólita e de horror das editoras Ex Machina e Clepsidra, reúnem textos que exploram a rica tradição gótica na Itália, cujo espaço foi negado durante anos. Além disso, essa coletânea também destaca o trabalho de autoras que, embora tenham contribuído significativamente para o gênero, foram frequentemente esquecidas e marginalizadas no cânone literário.
Uma revista que mantém o mistério vivo
Criada pelo escritor Tito Prates, autor da primeira biografia originalmente em língua portuguesa de Agatha Christie, a Revista Mystério Retrô nasceu em 2018, inspirada nas antigas revistas de contos policiais e de terror que existiam no Brasil até os anos de 1970.
O primeiro exemplar circulou em março de 2020, através de financiamento coletivo aqui no Catarse, e desde então foram realizadas 14 campanhas, nas quais já tiveram mais de 100 escritores brasileiros publicados, entre nomes consagrados e iniciantes, dando-lhes a chance de sua primeira publicação e foram indicados ou ganharam prêmios literários por seus trabalhos; além disso, houve a publicação de artigos referentes ao universo dos gêneros abrangidos pela publicação, além de espaços publicitários. E para os fãs de suspense, mistério, terror e ficção de crime, a 15ª campanha está aguardando o seu apoio.
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