Dos quadrinhos para as telas: as diversas faces da Pipoca & Nanquim

Para a maioria de nós, a maior meta da vida é alcançar nossos sonhos e objetivos. Muito se pensa em como fazer para chegar até esses lugares. E o que vem depois? Para três jovens apaixonados por quadrinhos e mangás, a resposta está na ponta da língua: “depois dos sonhos alcançados, construímos sonhos ainda maiores.”

Unidos pela paixão por cinema, quadrinhos e animes, Bruno, Daniel e Alexandre criaram um canal no YouTube para falar sobre o que mais amam dentro desse universo, chegando também a trabalhar em editoras convencionais. Foi durante essa experiência que eles perceberam que um sonho em comum estava nascendo: o de criar a própria editora.

Alguns colecionadores de boas histórias conhecem a editora Pipoca & Nanquim pela sua fundação em 2017. O que a maioria não sabe é que um canal no Youtube, o trabalho e a paixão por narrativas que vão além do comum, moveram esse sonho. Ao se questionarem algumas vezes porque determinadas narrativas não eram traduzidas, os três resolveram colocar a mão na massa e publicaram a primeira história, Espadas e Bruxas, do espanhol Esteban Maroto. Foi um verdadeiro sucesso entre os leitores. Desse momento em diante, tudo mudou - a editora oficialmente ganhou forma e nunca mais parou. 

Construindo sonhos ainda maiores

Mas, como mencionamos no início, com sonhos alcançados, novos sonhos são construídos. E assim a Pipoca & Nanquim mostra as suas diversas facetas. Já consolidada no mercado, decidiram apostar em um projeto inovador que promete revolucionar a cena dos quadrinhos e do audiovisual. Ogiva é o primeiro filme live-action de um quadrinho Original Pipoca & Nanquim e já chegou batendo recordes. 

Para entender um pouco mais sobre esse projeto e a importância de explorar diversos mercados, convidamos Bruno Zago, autor de Ogiva e um dos fundadores da Pipoca & Nanquim para um bate-papo.

Bruno menciona que a vontade de criar um quadrinho próprio sempre existiu, desde muito antes da editora. Ele já fazia fanzines, participava de feiras e era tão imerso nesse universo quanto é agora. Com o surgimento da editora, o selo Original Pipoca & Nanquim foi lançado com o intuito de publicar obras nacionais nunca antes lançadas. Bruno viu nesse formato de publicação uma possibilidade de tirar a ideia do papel e decidiu participar ativamente, criando sua própria história, foi assim que Ogiva nasceu, com ilustrações de Guilherme Petreca.

Foto Reprodução: Pipoca & Nanquim

A narrativa apresenta um cenário pós-apocalíptico com pegadas de horror. Na história, conhecemos Pilar, uma mulher que assumiu a responsabilidade de cuidar de Sara, uma garota órfã, e acompanhá-la em uma longa e perigosa jornada até seu único familiar vivo. O quadrinho demorou 2 anos para ficar pronto e bateu recordes em seu lançamento. 

Confiante de que essa história não poderia acabar ali, Guilherme fez a ponte com a Monolito Produções e deu a ideia de uma adaptação. Ela foi tão bem aceita que ganhou proporções gigantescas.

A chegada da P&N no financiamento coletivo

Ogiva é o primeiro projeto de financiamento coletivo via Catarse feito pela Pipoca & Nanquim. A editora já chegou fazendo barulho: até o momento dessa entrevista, o projeto é detentor do recorde de arrecadações no nicho do audiovisual. Muito longe de ser “sorte de principiante” na plataforma, houve muita estratégia e empenho para que as metas fossem batidas e a comunidade fosse envolvida da maneira ideal, conforme Bruno conta:

“Fizemos lives incontáveis durante essa campanha. As pessoas querem conhecer quem está por trás dos projetos, e a gente gosta dessa conexão com a nossa comunidade, que acredita na gente desde o início. Em todas as lives, fazíamos essa estratégia do CTA (call to action), convidando a galera para a ação, apoiando o projeto. Tínhamos metas de porcentagem por dia e percebemos que, pouco a pouco, a galera foi contribuindo de outras formas. Nossos apoiadores e leitores começaram a entrar em contato para oferecerem apoio ao projeto. [Como exemplo], o Eduardo Souza (@edusouza.art) entrou em contato porque queria contribuir, e assim nasceu a ideia da estatueta da Pilar e da Sara.”

Ainda falando em recompensas, Bruno ressalta a alegria em ver como o apoio de algumas pessoas puderam proporcionar um dos melhores dias de sua vida.

“Pra mim o melhor dia de gravações foi o dia em que levamos nossos apoiadores. Colocamos uma recompensa que permitia um dia de participação nas gravações, vendo tudo de pertinho. Colocamos todo mundo em uma van e partimos. Ver a minha história ganhando vida foi muito bom, mas ver pessoas emocionadas por acreditarem no meu projeto foi surreal, esse dia vai ficar pra sempre guardado na memória.”

É fato que um dos pilares para o bom financiamento de uma campanha é nutrir uma boa comunidade e permitir que eles percebam como o seu projeto é importante, qual a diferença eles estarão fazendo ao apoiar. No entanto, um dos maiores desafios é garantir um bom fluxo de apoiadores ao longo de todo o projeto, e é justamente nisso que a Pipoca & Nanquim se destacou: sejam pelas lives diárias, pelos posts bem elaborados nas redes sociais, a editora tornou o seu sonho no sonho de mais de 3.500 pessoas, que contribuíram para que essa ideia saísse do papel e fosse para as telas. 

Foto Reprodução: Pipoca & Nanquim

Com uma estratégia de lançamento bem consolidada, a editora provou que é possível convencer que pessoas de nichos específicos acreditem no seu projeto em outras áreas também. Apoiadores já fãs do trabalho de Bruno, Daniel e Alexandre compraram a ideia, mas muito mais do que isso - praticaram o boca a boca virtual, trazendo novos apoiadores e novas possibilidades para Ogiva. 

“Tudo orbitou em torno do filme, nossas ideias, peças, tudo! Nas recompensas, por exemplo, não fazia sentido colocar um cupom de desconto da editora. O projeto é sobre Ogiva, não sobre a editora. A gente precisava consolidar esse projeto na mente das pessoas também, por isso tudo foi muito bem pensado, cada pequeno detalhe.”

Em primeira mão: muito além dos 45 minutos

Ogiva ultrapassou os planos até mesmo dos idealizados. Inicialmente, o projeto seria um média-metragem, mas com o apoio de tanta gente e com tantos profissionais por perto, será possível tornar Ogiva um longa-metragem. Se a ideia inicialmente era ter até 45 minutos, Bruno confessa ao Catarse em primeira mão que a obra final terá em média 1 hora e 15 minutos.

A obra foi filmada em maio de 2024 e agora está em fase de edição, efeitos especiais e outros ajustes. A previsão de lançamento é para dezembro de 2024. Bruno comenta que o lançamento foi outra estratégia que fez a diferença:

Ogiva não vai ter exibição no YouTube. A gente desde o início deixou isso claro, seja pela ideia de exclusividade ou pela possibilidade de concorrer em festivais. Desde sempre, isso nos moveu muito. Esse é um projeto único, talvez feito pela primeira vez na história dos quadrinhos contemporâneos nacionais. As pessoas querem se sentir parte disso, e vão! As exibições vão acontecer apenas via link ou estreia presencial, estamos ansiosos por esse momento.”

É claro que os três amigos, com a equipe por trás de Ogiva são os grandes responsáveis pelo sucesso do projeto. No entanto, quando perguntado sobre as facetas da Pipoca & Nanquim, Bruno apresenta uma figura que certamente é a grande responsável pela consolidação da editora no mercado: a comunidade!

“Se eu pudesse resumir tudo que a gente faz, seria em comunidade. Desde o início, as pessoas apoiaram a gente, seja no canal, na editora e agora com Ogiva. As pessoas acreditam mesmo na gente, confiam no nosso trabalho e ficam felizes com as nossas conquistas. Não existiria Pipoca & Nanquim sem tantas pessoas incríveis acreditando na gente. Estou ansioso para encontrar essas pessoas por aí, principalmente quando o longa-metragem for exibido”

O futuro em construção

Se a editora antes não poderia ser resumida apenas em um nicho, agora as coisas ficaram mais sérias ainda. Bruno, Daniel e Alexandre tiveram a prova de que seus leitores e inscritos topam todas as suas ideias e não querem parar por aí. Isso mostra que não é preciso se prender apenas a um formato de publicação e nicho no mercado. Bruno deixa claro que o futuro ainda é incerto, mas que novos planos podem surgir em breve:

“A ideia não é parar. A gente é muito inquieto, veja só, abrimos uma editora, dentro da editora um selo de mangás, depois um selo de quadrinhos originais, aí faz filme... O que mais dá pra fazer? Qual o próximo passo? Nos perguntamos se vai ser uma animação, outro live-action, há sempre espaço. 

Assim como todo projeto criativo, a Pipoca & Nanquim é feita de facetas que, cada vez mais, fortalecem o mercado nacional, seja ele editorial ou do audiovisual. O Catarse sente imensa alegria por fazer parte dessa história.

Uma nova chance de apoiar a campanha de Ogiva está disponível no Catarse até o dia 11/07. Clique aqui para saber mais!

___________

Essa entrevista foi feita por Dayhara Martins. 

Dayhara Martins
Redatora e revisora, fala de livros na internet há mais de 10 anos. Criadora do Raízes do Horror, um clube de leitura que foca em literatura de horror com o olhar para raça, classe e gênero.

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Para a maioria de nós, a maior meta da vida é alcançar nossos sonhos e objetivos. Muito se pensa em como fazer para chegar até esses lugares. E o que vem depois? Para três jovens apaixonados por quadrinhos e mangás, a resposta está na ponta da língua: “depois dos sonhos alcançados, construímos sonhos ainda maiores.”

Unidos pela paixão por cinema, quadrinhos e animes, Bruno, Daniel e Alexandre criaram um canal no YouTube para falar sobre o que mais amam dentro desse universo, chegando também a trabalhar em editoras convencionais. Foi durante essa experiência que eles perceberam que um sonho em comum estava nascendo: o de criar a própria editora.

Alguns colecionadores de boas histórias conhecem a editora Pipoca & Nanquim pela sua fundação em 2017. O que a maioria não sabe é que um canal no Youtube, o trabalho e a paixão por narrativas que vão além do comum, moveram esse sonho. Ao se questionarem algumas vezes porque determinadas narrativas não eram traduzidas, os três resolveram colocar a mão na massa e publicaram a primeira história, Espadas e Bruxas, do espanhol Esteban Maroto. Foi um verdadeiro sucesso entre os leitores. Desse momento em diante, tudo mudou - a editora oficialmente ganhou forma e nunca mais parou. 

Construindo sonhos ainda maiores

Mas, como mencionamos no início, com sonhos alcançados, novos sonhos são construídos. E assim a Pipoca & Nanquim mostra as suas diversas facetas. Já consolidada no mercado, decidiram apostar em um projeto inovador que promete revolucionar a cena dos quadrinhos e do audiovisual. Ogiva é o primeiro filme live-action de um quadrinho Original Pipoca & Nanquim e já chegou batendo recordes. 

Para entender um pouco mais sobre esse projeto e a importância de explorar diversos mercados, convidamos Bruno Zago, autor de Ogiva e um dos fundadores da Pipoca & Nanquim para um bate-papo.

Bruno menciona que a vontade de criar um quadrinho próprio sempre existiu, desde muito antes da editora. Ele já fazia fanzines, participava de feiras e era tão imerso nesse universo quanto é agora. Com o surgimento da editora, o selo Original Pipoca & Nanquim foi lançado com o intuito de publicar obras nacionais nunca antes lançadas. Bruno viu nesse formato de publicação uma possibilidade de tirar a ideia do papel e decidiu participar ativamente, criando sua própria história, foi assim que Ogiva nasceu, com ilustrações de Guilherme Petreca.

Foto Reprodução: Pipoca & Nanquim

A narrativa apresenta um cenário pós-apocalíptico com pegadas de horror. Na história, conhecemos Pilar, uma mulher que assumiu a responsabilidade de cuidar de Sara, uma garota órfã, e acompanhá-la em uma longa e perigosa jornada até seu único familiar vivo. O quadrinho demorou 2 anos para ficar pronto e bateu recordes em seu lançamento. 

Confiante de que essa história não poderia acabar ali, Guilherme fez a ponte com a Monolito Produções e deu a ideia de uma adaptação. Ela foi tão bem aceita que ganhou proporções gigantescas.

A chegada da P&N no financiamento coletivo

Ogiva é o primeiro projeto de financiamento coletivo via Catarse feito pela Pipoca & Nanquim. A editora já chegou fazendo barulho: até o momento dessa entrevista, o projeto é detentor do recorde de arrecadações no nicho do audiovisual. Muito longe de ser “sorte de principiante” na plataforma, houve muita estratégia e empenho para que as metas fossem batidas e a comunidade fosse envolvida da maneira ideal, conforme Bruno conta:

“Fizemos lives incontáveis durante essa campanha. As pessoas querem conhecer quem está por trás dos projetos, e a gente gosta dessa conexão com a nossa comunidade, que acredita na gente desde o início. Em todas as lives, fazíamos essa estratégia do CTA (call to action), convidando a galera para a ação, apoiando o projeto. Tínhamos metas de porcentagem por dia e percebemos que, pouco a pouco, a galera foi contribuindo de outras formas. Nossos apoiadores e leitores começaram a entrar em contato para oferecerem apoio ao projeto. [Como exemplo], o Eduardo Souza (@edusouza.art) entrou em contato porque queria contribuir, e assim nasceu a ideia da estatueta da Pilar e da Sara.”

Ainda falando em recompensas, Bruno ressalta a alegria em ver como o apoio de algumas pessoas puderam proporcionar um dos melhores dias de sua vida.

“Pra mim o melhor dia de gravações foi o dia em que levamos nossos apoiadores. Colocamos uma recompensa que permitia um dia de participação nas gravações, vendo tudo de pertinho. Colocamos todo mundo em uma van e partimos. Ver a minha história ganhando vida foi muito bom, mas ver pessoas emocionadas por acreditarem no meu projeto foi surreal, esse dia vai ficar pra sempre guardado na memória.”

É fato que um dos pilares para o bom financiamento de uma campanha é nutrir uma boa comunidade e permitir que eles percebam como o seu projeto é importante, qual a diferença eles estarão fazendo ao apoiar. No entanto, um dos maiores desafios é garantir um bom fluxo de apoiadores ao longo de todo o projeto, e é justamente nisso que a Pipoca & Nanquim se destacou: sejam pelas lives diárias, pelos posts bem elaborados nas redes sociais, a editora tornou o seu sonho no sonho de mais de 3.500 pessoas, que contribuíram para que essa ideia saísse do papel e fosse para as telas. 

Foto Reprodução: Pipoca & Nanquim

Com uma estratégia de lançamento bem consolidada, a editora provou que é possível convencer que pessoas de nichos específicos acreditem no seu projeto em outras áreas também. Apoiadores já fãs do trabalho de Bruno, Daniel e Alexandre compraram a ideia, mas muito mais do que isso - praticaram o boca a boca virtual, trazendo novos apoiadores e novas possibilidades para Ogiva. 

“Tudo orbitou em torno do filme, nossas ideias, peças, tudo! Nas recompensas, por exemplo, não fazia sentido colocar um cupom de desconto da editora. O projeto é sobre Ogiva, não sobre a editora. A gente precisava consolidar esse projeto na mente das pessoas também, por isso tudo foi muito bem pensado, cada pequeno detalhe.”

Em primeira mão: muito além dos 45 minutos

Ogiva ultrapassou os planos até mesmo dos idealizados. Inicialmente, o projeto seria um média-metragem, mas com o apoio de tanta gente e com tantos profissionais por perto, será possível tornar Ogiva um longa-metragem. Se a ideia inicialmente era ter até 45 minutos, Bruno confessa ao Catarse em primeira mão que a obra final terá em média 1 hora e 15 minutos.

A obra foi filmada em maio de 2024 e agora está em fase de edição, efeitos especiais e outros ajustes. A previsão de lançamento é para dezembro de 2024. Bruno comenta que o lançamento foi outra estratégia que fez a diferença:

Ogiva não vai ter exibição no YouTube. A gente desde o início deixou isso claro, seja pela ideia de exclusividade ou pela possibilidade de concorrer em festivais. Desde sempre, isso nos moveu muito. Esse é um projeto único, talvez feito pela primeira vez na história dos quadrinhos contemporâneos nacionais. As pessoas querem se sentir parte disso, e vão! As exibições vão acontecer apenas via link ou estreia presencial, estamos ansiosos por esse momento.”

É claro que os três amigos, com a equipe por trás de Ogiva são os grandes responsáveis pelo sucesso do projeto. No entanto, quando perguntado sobre as facetas da Pipoca & Nanquim, Bruno apresenta uma figura que certamente é a grande responsável pela consolidação da editora no mercado: a comunidade!

“Se eu pudesse resumir tudo que a gente faz, seria em comunidade. Desde o início, as pessoas apoiaram a gente, seja no canal, na editora e agora com Ogiva. As pessoas acreditam mesmo na gente, confiam no nosso trabalho e ficam felizes com as nossas conquistas. Não existiria Pipoca & Nanquim sem tantas pessoas incríveis acreditando na gente. Estou ansioso para encontrar essas pessoas por aí, principalmente quando o longa-metragem for exibido”

O futuro em construção

Se a editora antes não poderia ser resumida apenas em um nicho, agora as coisas ficaram mais sérias ainda. Bruno, Daniel e Alexandre tiveram a prova de que seus leitores e inscritos topam todas as suas ideias e não querem parar por aí. Isso mostra que não é preciso se prender apenas a um formato de publicação e nicho no mercado. Bruno deixa claro que o futuro ainda é incerto, mas que novos planos podem surgir em breve:

“A ideia não é parar. A gente é muito inquieto, veja só, abrimos uma editora, dentro da editora um selo de mangás, depois um selo de quadrinhos originais, aí faz filme... O que mais dá pra fazer? Qual o próximo passo? Nos perguntamos se vai ser uma animação, outro live-action, há sempre espaço. 

Assim como todo projeto criativo, a Pipoca & Nanquim é feita de facetas que, cada vez mais, fortalecem o mercado nacional, seja ele editorial ou do audiovisual. O Catarse sente imensa alegria por fazer parte dessa história.

Uma nova chance de apoiar a campanha de Ogiva está disponível no Catarse até o dia 11/07. Clique aqui para saber mais!

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