YouPIX Con 2016 (parte 1): Todo mundo pode desafiar todo mundo

Youtubers, marcas, plataformas e agências juntas para trocar informações sobre um ecossistema em construção contínua: essa é a youPIX Con. Em um dia, 111 palestrantes dividiram-se em 35 atividades para falar de engajamento, monetização, virais, memes, representatividade e muito mais. Estivemos lá para conferir tudo ao vivo e teve tanta coisa que nós vamos dividir as descobertas aos poucos. Hoje começamos com a palestra de Anders Sjöstedt.

Marketing é como sexo

Anders Sjöstedt é diretor da Hyper Island, escola especializada em mídia digital desde o final da década de 90. “As mudanças nos negócios, no mundo do trabalho e nas relações já estavam acontecendo na época, a diferença é que elas ainda eram a escolha de um grupinho, hoje elas são inevitáveis”, iniciou sua fala. Sjöstedt mostrou a primeira matéria sobre a Hyper Island na revistar Fast CO. e separou sua citação preferida: “Marketing é como sexo: só os perdedores pagam por ele.”

Para o diretor, se você tem uma boa história, um valor com o qual o público se relaciona, as pessoas vão falar de você. Mas como fazer  um serviço ou produto se destacar? A resposta está na definição do valor de uma empresa. “O valor não está no que você faz, produz, entrega, o valor está no que o usuário percebe e constrói quando utiliza o seu produto ou serviço”. Para exemplificar esse conceito, Sjöstedt trouxe a história da Lego.

Lego: de tijolos a makers

Em 2003, a empresa esteve perto da falência. Naquela época, a Lego era uma empresa que fazia tijolos de plástico e esse tipo de brinquedo já não fazia tanto sucesso.

A saída da Lego não foi mudar totalmente o rumo da produção, mas sim mergulhar na essência da marca e entender o que as pessoas realmente buscam quando brincam. Foi assim que a Lego deixou de oferecer tijolos de plástico para valorizar uma experiência criativa para quem gosta de construir coisas. Essa nova mentalidade permitiu variar as ofertas, criar novos canais de engajamento e colocou a Lego entre as marcas mais poderosas e valiosas do mundo.

Martisson King e crowdfunding

Se a Lego parece muito distante, Anders Sjöstedt tem o exemplo da sua própria marca. Junto com o marido, ele é dono da Martinsson King, uma empresa que entrega autoconfiança a partir de produtos de cabelo personalizáveis. “Eu poderia dizer que vendo produtos de beleza com materiais de qualidade e ativos que você pode misturar. Tudo isso é muito interessante, mas qualquer um pode copiar. Agora, se a minha marca consegue ter sucesso em proporcionar uma experiência de autoconfiança para quem usa esses produtos, isso não pode ser copiado”.

Não só os conhecimentos acumulados da Hyper Island entraram em ação nesse caso. Segundo o fundador, existe um outro fator crítico de sucesso para a marca: crowdfunding. A Martinsson King tem um clube de fundadores, pessoas que fazem uma colaboração anual e são reconhecidas como co-fundadores da marca.

O sucesso desse modelo de crowdfunding no caso da Martinsson King não está relacionada ao dinheiro arrecadado, mas à participação dos co-fundadores. O próprio Anders envia centenas de amostras do novos produtos e colhe muitas impressões desse grupo beta. “Eu faço questão de postar fotos do envelopes para envolver as pessoas nesse processo mesmo antes de as amostras chegarem, porque essa relação é essencial para a marca”.

Por que todo mundo pode desafiar todo mundo

O que conecta essas experiências é que o sucesso veio do respeito à essência da marca e a conexão com os usuários, mas com uma capacidade para ousar em algo que se acredita. Hoje, isso acontece num contexto muito rápido, complexo e diverso, que ganha essas características também pela comunicação digital.

E é exatamente esse contexto que permite que todo mundo desafie todo mundo. Enquanto as grandes empresas têm dificuldades em tomar decisões rápidas e tomar riscos, pequenas marcas e empreendedores podem usar esse cenário instável a seu favor.

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Youtubers, marcas, plataformas e agências juntas para trocar informações sobre um ecossistema em construção contínua: essa é a youPIX Con. Em um dia, 111 palestrantes dividiram-se em 35 atividades para falar de engajamento, monetização, virais, memes, representatividade e muito mais. Estivemos lá para conferir tudo ao vivo e teve tanta coisa que nós vamos dividir as descobertas aos poucos. Hoje começamos com a palestra de Anders Sjöstedt.

Marketing é como sexo

Anders Sjöstedt é diretor da Hyper Island, escola especializada em mídia digital desde o final da década de 90. “As mudanças nos negócios, no mundo do trabalho e nas relações já estavam acontecendo na época, a diferença é que elas ainda eram a escolha de um grupinho, hoje elas são inevitáveis”, iniciou sua fala. Sjöstedt mostrou a primeira matéria sobre a Hyper Island na revistar Fast CO. e separou sua citação preferida: “Marketing é como sexo: só os perdedores pagam por ele.”

Para o diretor, se você tem uma boa história, um valor com o qual o público se relaciona, as pessoas vão falar de você. Mas como fazer  um serviço ou produto se destacar? A resposta está na definição do valor de uma empresa. “O valor não está no que você faz, produz, entrega, o valor está no que o usuário percebe e constrói quando utiliza o seu produto ou serviço”. Para exemplificar esse conceito, Sjöstedt trouxe a história da Lego.

Lego: de tijolos a makers

Em 2003, a empresa esteve perto da falência. Naquela época, a Lego era uma empresa que fazia tijolos de plástico e esse tipo de brinquedo já não fazia tanto sucesso.

A saída da Lego não foi mudar totalmente o rumo da produção, mas sim mergulhar na essência da marca e entender o que as pessoas realmente buscam quando brincam. Foi assim que a Lego deixou de oferecer tijolos de plástico para valorizar uma experiência criativa para quem gosta de construir coisas. Essa nova mentalidade permitiu variar as ofertas, criar novos canais de engajamento e colocou a Lego entre as marcas mais poderosas e valiosas do mundo.

Martisson King e crowdfunding

Se a Lego parece muito distante, Anders Sjöstedt tem o exemplo da sua própria marca. Junto com o marido, ele é dono da Martinsson King, uma empresa que entrega autoconfiança a partir de produtos de cabelo personalizáveis. “Eu poderia dizer que vendo produtos de beleza com materiais de qualidade e ativos que você pode misturar. Tudo isso é muito interessante, mas qualquer um pode copiar. Agora, se a minha marca consegue ter sucesso em proporcionar uma experiência de autoconfiança para quem usa esses produtos, isso não pode ser copiado”.

Não só os conhecimentos acumulados da Hyper Island entraram em ação nesse caso. Segundo o fundador, existe um outro fator crítico de sucesso para a marca: crowdfunding. A Martinsson King tem um clube de fundadores, pessoas que fazem uma colaboração anual e são reconhecidas como co-fundadores da marca.

O sucesso desse modelo de crowdfunding no caso da Martinsson King não está relacionada ao dinheiro arrecadado, mas à participação dos co-fundadores. O próprio Anders envia centenas de amostras do novos produtos e colhe muitas impressões desse grupo beta. “Eu faço questão de postar fotos do envelopes para envolver as pessoas nesse processo mesmo antes de as amostras chegarem, porque essa relação é essencial para a marca”.

Por que todo mundo pode desafiar todo mundo

O que conecta essas experiências é que o sucesso veio do respeito à essência da marca e a conexão com os usuários, mas com uma capacidade para ousar em algo que se acredita. Hoje, isso acontece num contexto muito rápido, complexo e diverso, que ganha essas características também pela comunicação digital.

E é exatamente esse contexto que permite que todo mundo desafie todo mundo. Enquanto as grandes empresas têm dificuldades em tomar decisões rápidas e tomar riscos, pequenas marcas e empreendedores podem usar esse cenário instável a seu favor.

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