Por que somos tão nostálgicos pelos anos 90?

Há uma frase do químico Francês Antoine-Laurent de Lavoisier que diz: “Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.” E essa citação me leva a acreditar que o mesmo se aplica à cultura pop. O crescimento exponencial da cultura do entretenimento teve seu auge na década de 90, impulsionado por diversos fatores, e esse fenômeno nos conecta até os dias atuais gerando um lúdico questionamento: por que somos tão apegados aos anos 90?

Poderíamos simplificar alegando o fato de que as pessoas que hoje têm entre 26 e 35 anos, se formaram enquanto crianças e jovens nesse período e que as ligações emocionais criadas a partir das referências são parte fundamental do desenvolvimento da personalidade desses indivíduos. Ou, além  disso, o fato de a virada de década ter trazido muitas mudanças na expectativa coletiva e de o imaginário coletivo ter nos preparado para a virada do século.

Politicamente, foi um período de muitas mudanças. A entrada dos anos 1990 vieram com a queda do muro de Berlim e a reunificação da Alemanha, o colapso da União Soviética e o fim da Guerra Fria, a soltura de Nelson Mandela após 27 anos preso, Fernando Collor assumindo a presidência do Brasil, entre diversos eventos históricos. Mas, na real? A gente nem se importava muito com isso, éramos crianças, estávamos ocupados demais brincando na rua, soltando pipa, jogando taco (ou bete), pulando corda, interagindo pessoalmente com nossos amigos e colegas. Talvez esse seja um excelente ponto de partida e o principal fator nostálgico quando olhamos para trás.

Os anos 90 foram a última década sem a interferência digital na interação social. A cultura pop tinha como foco a coletivização das atividades. Os cards (ou tazos) colecionáveis faziam as vezes das bolinhas de gude, populares nos anos 70 e 80. Essas “figurinhas de salgadinho” faziam os colecionadores trocarem itens entre si para completar seus álbuns e ampliar suas coleções, com diversos temas entre curiosidades gerais, como Olimpíadas, Copa do Mundo e personagens de quadrinhos e desenhos animados. E como esse era um rolê coletivo, eu chamei alguns amigos para compartilharem seus pensamentos com a gente nesse texto.

“A minha lembrança favorita dos anos 90 é das Balas Zung com as figurinhas do anime Cavaleiros do Zodíaco, um dos animes de grande sucesso naquela época, além da obra que carrego no meu coração com imenso carinho.
Acredito que essa vivência é especial porque não é apenas sobre o doce, a figurinha autocolante ou o albúm que tinha o desejo de completar, mas a emoção da surpresa de surgir o seu personagem ou a armadura favorita com o simples gesto de comprar um doce e aquilo se tornar seu.” - Ricardo dos Santos, Psicólogo e Colunista.

Esses cards e tazos eram sintoma do crescimento exponencial do capitalismo, que adotou o formato de franquia. Naquele momento, tudo  carregava personagens de Animes, Tokusatsu, e Quadrinhos.  Séries que nos entregavam algo além da referência, vinham com Um Maluco no Pedaço, As Visões da Raven, Kenan & Kel, que também destacavam nossa negritude. Enquanto isso, Cavaleiros do Zodíaco, Jaspion, Power Rangers, Tartarugas Ninjas e Capitão Planeta invadiram a TV aberta brasileira, fazendo parte do imaginário popular como lembra o quadrinista, Anderson Shon:

“Dos anos 90 com certeza me marcaram os desenhos da Manchete. Descobri meu amor pela cultura Nerd através dos desenhos e tokusatsus. Era lei parar em frente a TV pra assistir Ultraman, Cavaleiros do Zodíaco, Shurato… Acho que foi ali que percebi o quanto a criatividade tinha o poder de atrair a atenção. Me lembro de ter sido uma criança feliz, muito por poder reagir emocionalmente a cada episódio. São tempos que parecem distantes, mas moram em mim até hoje.”

Essas franquias que nos conectam eram acompanhadas por reuniões de amigos em escolas, cinemas e bancas de jornais, onde a troca era genuína. Nas bancas, além dos quadrinhos, as revistas: Wizard, Animax, Dragão Brasil, com destaque para a pioneira Revista Herói, que comemorou seus 30 anos aqui no Catarse, com direito a livro, boné, moletom e a reimpressão dos 10 primeiros volumes originais em um box exclusivo, além de uma edição extra seguindo as edições clássicas conectando 1995 com 2025.

Essas revistas serviam como a “internet da época”, cobrindo informações e notícias sobre o universo nerd em geral, desde os bastidores de filmes, às editoras de quadrinhos, notícias e muita informação extra.

Esse período também ficou muito marcado pela indústria artística com “A Revolução dos Quadrinhos”, quando um grupo de desenhistas e escritores abandonaram as duas maiores empresas do ramo, DC e Marvel, por insatisfação no trabalho. Jim Lee, Whilce Portacio, Todd McFarlane, Erik Larsen e Rob Liefeld criaram sua própria editora, a Image Comics. Enquanto artistas negros que questionavam a severa sub-representação nos quadrinhos tiveram a mesma iniciativa, Dwayne McDuffie, Denys Cowan, Derek T. Digle, Michael Davis saíram de suas editoras para criar a Milestone Media.

LEIA TAMBÉM: Quase 100 anos depois, quem foram os primeiros artistas negros nos quadrinhos

Com a popularização da Internet discada, os computadores inicialmente cumpriam o papel dos celulares substituindo os limitados pacotes de SMS ao possibilitar a conversa ilimitada com outra pessoa distante, mas somente se ela estivesse online. Na época, era impensável mandar uma mensagem no chat para alguém offline.

Nessa onda de digitalização os aquaplays foram substituídos pelos Brick Games, mais conhecidos como “mini game 9999 em 1”. Também surgiram os “bichinhos virtuais”, Tamagotchi, acompanhados do Laptop da Xuxa que antecederam a explosão do mercado de games e a guerra de consoles iniciadas em 94 com os lançamentos do Playstation, seguidos do Sega Saturn e a grande aposta da Nintendo, o N64, que nos trouxe um dos jogos mais aclamados de todos os tempos, Zelda, Ocarina of time.

Para os Nintendistas de plantão,também passou por aqui um livro tributo para a Nintendo, desbravando os 30 anos de trajetória da empresa, com direito a reimpressão da capa da revista Nintendo World, autografada pelo produtor e designer de jogos, Shigeru Miyamoto. Essas também podem ser consideradas um marco dos anos 90: revistas focadas em games, com os famosos detonados, códigos, novidades e curiosidades que auxiliavam jogadores a expandir o conhecimento sobre esse universo.  

SAIBA MAIS: Conheça a história da Nintendo no Brasil

Mais pro final da década, com a popularização do digital, algumas dessas práticas de coleção foram ficando para trás. Com isso, algumas marcas precisaram reformular o método de fidelizar clientes não mais com um item que viria a cada compra, como um tazo por salgadinho ou um pokémon em uma antártica caçulinha, mas com o acúmulo de pontos pela troca de um item, como juntar alguns lacres da lata de Pepsi para ganhar um chaveiro de limãozinho, assim como as garrafas temáticas da Coca, ou então os selinhos do leite Parmalat lembrados pela Jornalista, Milena Enevoada:

“Nos anos 90, as crianças tinham ursinhos da Parmalat que eram representados por animais. Os pais acumulavam os códigos de barras das caixas de leite para efetuar a troca. Isso fez tanto sucesso que até os álbuns das crianças tinham temas dos ursinhos. Hoje é um item de colecionador raríssimo, mas que era muito legal colecionar na época porque o próximo ursinho era sempre uma surpresa.”  

👉 Inclusive, este que vos escreve, participou da propaganda vestido de leão marinho 😂

Muito do que temos atualmente de referência veio direto dos anos 90. A experiência de presenciar o ambiente faz total diferença na maneira de interagir com os materiais, estar na banca fazia parte da experiência de ler quadrinhos, estar nas locadoras fazia parte da experiência de consumir um filme (mesmo que tivesse que pagar multa por não ter rebobinado as VHS). Tudo isso reflete diretamente em quem somos e o que fazemos atualmente, nosso trabalho, na nossa perspectiva sobre diversão, a forma como falamos sobre todas essas coisas. Os anos 90 fazem parte do nosso repertório de vivência. Para finalizar, os deixo com o relato do Artista visual Rxbisco:

“Minhas criações misturam memória, ficção e cultura pop, e muitas das minhas referências vêm das lembranças da infância nos anos 90.
Uma das minhas lembranças mais divertidas são as vídeo locadoras. Lembro que nos finais de semana minha mãe podia me levar pra escolher um filme, e a gente passava o final de semana assistindo. Eu ficava horas procurando o que alugar. O ambiente das locadoras era divertido demais.
Ao mesmo tempo que eu via um pôster do Space Jam, do lado tinha um pôster de Hellraiser. Eu morria de medo, mas achava incrível aquele cara com o rosto cheio de pregos.
Hoje em dia tudo é digital, não precisamos mais rebobinar a fita, nem pegar a capa pra ler a sinopse e descobrir quem está no elenco. Perdemos esse contato direto com o objeto, com a experiência.
Tento trazer um pouco dessa nostalgia pro meu trabalho, recriando capas físicas de VHS com tudo que tinha na época: capa, contracapa, sinopse, indicação de idade. Misturo tudo isso com a minha arte, juntando minhas vivências com histórias fictícias inspiradas nos filmes que eu assistia quando era jovem.”

E para você? Qual a sua lembrança favorita dos anos 90?

Manoel Taylor
Ilustrador, pesquisador e criador de conteúdo que aborda estudos socioculturais nos quadrinhos e mangás.

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Por que somos tão nostálgicos pelos anos 90?

Há uma frase do químico Francês Antoine-Laurent de Lavoisier que diz: “Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.” E essa citação me leva a acreditar que o mesmo se aplica à cultura pop. O crescimento exponencial da cultura do entretenimento teve seu auge na década de 90, impulsionado por diversos fatores, e esse fenômeno nos conecta até os dias atuais gerando um lúdico questionamento: por que somos tão apegados aos anos 90?

Poderíamos simplificar alegando o fato de que as pessoas que hoje têm entre 26 e 35 anos, se formaram enquanto crianças e jovens nesse período e que as ligações emocionais criadas a partir das referências são parte fundamental do desenvolvimento da personalidade desses indivíduos. Ou, além  disso, o fato de a virada de década ter trazido muitas mudanças na expectativa coletiva e de o imaginário coletivo ter nos preparado para a virada do século.

Politicamente, foi um período de muitas mudanças. A entrada dos anos 1990 vieram com a queda do muro de Berlim e a reunificação da Alemanha, o colapso da União Soviética e o fim da Guerra Fria, a soltura de Nelson Mandela após 27 anos preso, Fernando Collor assumindo a presidência do Brasil, entre diversos eventos históricos. Mas, na real? A gente nem se importava muito com isso, éramos crianças, estávamos ocupados demais brincando na rua, soltando pipa, jogando taco (ou bete), pulando corda, interagindo pessoalmente com nossos amigos e colegas. Talvez esse seja um excelente ponto de partida e o principal fator nostálgico quando olhamos para trás.

Os anos 90 foram a última década sem a interferência digital na interação social. A cultura pop tinha como foco a coletivização das atividades. Os cards (ou tazos) colecionáveis faziam as vezes das bolinhas de gude, populares nos anos 70 e 80. Essas “figurinhas de salgadinho” faziam os colecionadores trocarem itens entre si para completar seus álbuns e ampliar suas coleções, com diversos temas entre curiosidades gerais, como Olimpíadas, Copa do Mundo e personagens de quadrinhos e desenhos animados. E como esse era um rolê coletivo, eu chamei alguns amigos para compartilharem seus pensamentos com a gente nesse texto.

“A minha lembrança favorita dos anos 90 é das Balas Zung com as figurinhas do anime Cavaleiros do Zodíaco, um dos animes de grande sucesso naquela época, além da obra que carrego no meu coração com imenso carinho.
Acredito que essa vivência é especial porque não é apenas sobre o doce, a figurinha autocolante ou o albúm que tinha o desejo de completar, mas a emoção da surpresa de surgir o seu personagem ou a armadura favorita com o simples gesto de comprar um doce e aquilo se tornar seu.” - Ricardo dos Santos, Psicólogo e Colunista.

Esses cards e tazos eram sintoma do crescimento exponencial do capitalismo, que adotou o formato de franquia. Naquele momento, tudo  carregava personagens de Animes, Tokusatsu, e Quadrinhos.  Séries que nos entregavam algo além da referência, vinham com Um Maluco no Pedaço, As Visões da Raven, Kenan & Kel, que também destacavam nossa negritude. Enquanto isso, Cavaleiros do Zodíaco, Jaspion, Power Rangers, Tartarugas Ninjas e Capitão Planeta invadiram a TV aberta brasileira, fazendo parte do imaginário popular como lembra o quadrinista, Anderson Shon:

“Dos anos 90 com certeza me marcaram os desenhos da Manchete. Descobri meu amor pela cultura Nerd através dos desenhos e tokusatsus. Era lei parar em frente a TV pra assistir Ultraman, Cavaleiros do Zodíaco, Shurato… Acho que foi ali que percebi o quanto a criatividade tinha o poder de atrair a atenção. Me lembro de ter sido uma criança feliz, muito por poder reagir emocionalmente a cada episódio. São tempos que parecem distantes, mas moram em mim até hoje.”

Essas franquias que nos conectam eram acompanhadas por reuniões de amigos em escolas, cinemas e bancas de jornais, onde a troca era genuína. Nas bancas, além dos quadrinhos, as revistas: Wizard, Animax, Dragão Brasil, com destaque para a pioneira Revista Herói, que comemorou seus 30 anos aqui no Catarse, com direito a livro, boné, moletom e a reimpressão dos 10 primeiros volumes originais em um box exclusivo, além de uma edição extra seguindo as edições clássicas conectando 1995 com 2025.

Essas revistas serviam como a “internet da época”, cobrindo informações e notícias sobre o universo nerd em geral, desde os bastidores de filmes, às editoras de quadrinhos, notícias e muita informação extra.

Esse período também ficou muito marcado pela indústria artística com “A Revolução dos Quadrinhos”, quando um grupo de desenhistas e escritores abandonaram as duas maiores empresas do ramo, DC e Marvel, por insatisfação no trabalho. Jim Lee, Whilce Portacio, Todd McFarlane, Erik Larsen e Rob Liefeld criaram sua própria editora, a Image Comics. Enquanto artistas negros que questionavam a severa sub-representação nos quadrinhos tiveram a mesma iniciativa, Dwayne McDuffie, Denys Cowan, Derek T. Digle, Michael Davis saíram de suas editoras para criar a Milestone Media.

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Com a popularização da Internet discada, os computadores inicialmente cumpriam o papel dos celulares substituindo os limitados pacotes de SMS ao possibilitar a conversa ilimitada com outra pessoa distante, mas somente se ela estivesse online. Na época, era impensável mandar uma mensagem no chat para alguém offline.

Nessa onda de digitalização os aquaplays foram substituídos pelos Brick Games, mais conhecidos como “mini game 9999 em 1”. Também surgiram os “bichinhos virtuais”, Tamagotchi, acompanhados do Laptop da Xuxa que antecederam a explosão do mercado de games e a guerra de consoles iniciadas em 94 com os lançamentos do Playstation, seguidos do Sega Saturn e a grande aposta da Nintendo, o N64, que nos trouxe um dos jogos mais aclamados de todos os tempos, Zelda, Ocarina of time.

Para os Nintendistas de plantão,também passou por aqui um livro tributo para a Nintendo, desbravando os 30 anos de trajetória da empresa, com direito a reimpressão da capa da revista Nintendo World, autografada pelo produtor e designer de jogos, Shigeru Miyamoto. Essas também podem ser consideradas um marco dos anos 90: revistas focadas em games, com os famosos detonados, códigos, novidades e curiosidades que auxiliavam jogadores a expandir o conhecimento sobre esse universo.  

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Mais pro final da década, com a popularização do digital, algumas dessas práticas de coleção foram ficando para trás. Com isso, algumas marcas precisaram reformular o método de fidelizar clientes não mais com um item que viria a cada compra, como um tazo por salgadinho ou um pokémon em uma antártica caçulinha, mas com o acúmulo de pontos pela troca de um item, como juntar alguns lacres da lata de Pepsi para ganhar um chaveiro de limãozinho, assim como as garrafas temáticas da Coca, ou então os selinhos do leite Parmalat lembrados pela Jornalista, Milena Enevoada:

“Nos anos 90, as crianças tinham ursinhos da Parmalat que eram representados por animais. Os pais acumulavam os códigos de barras das caixas de leite para efetuar a troca. Isso fez tanto sucesso que até os álbuns das crianças tinham temas dos ursinhos. Hoje é um item de colecionador raríssimo, mas que era muito legal colecionar na época porque o próximo ursinho era sempre uma surpresa.”  

👉 Inclusive, este que vos escreve, participou da propaganda vestido de leão marinho 😂

Muito do que temos atualmente de referência veio direto dos anos 90. A experiência de presenciar o ambiente faz total diferença na maneira de interagir com os materiais, estar na banca fazia parte da experiência de ler quadrinhos, estar nas locadoras fazia parte da experiência de consumir um filme (mesmo que tivesse que pagar multa por não ter rebobinado as VHS). Tudo isso reflete diretamente em quem somos e o que fazemos atualmente, nosso trabalho, na nossa perspectiva sobre diversão, a forma como falamos sobre todas essas coisas. Os anos 90 fazem parte do nosso repertório de vivência. Para finalizar, os deixo com o relato do Artista visual Rxbisco:

“Minhas criações misturam memória, ficção e cultura pop, e muitas das minhas referências vêm das lembranças da infância nos anos 90.
Uma das minhas lembranças mais divertidas são as vídeo locadoras. Lembro que nos finais de semana minha mãe podia me levar pra escolher um filme, e a gente passava o final de semana assistindo. Eu ficava horas procurando o que alugar. O ambiente das locadoras era divertido demais.
Ao mesmo tempo que eu via um pôster do Space Jam, do lado tinha um pôster de Hellraiser. Eu morria de medo, mas achava incrível aquele cara com o rosto cheio de pregos.
Hoje em dia tudo é digital, não precisamos mais rebobinar a fita, nem pegar a capa pra ler a sinopse e descobrir quem está no elenco. Perdemos esse contato direto com o objeto, com a experiência.
Tento trazer um pouco dessa nostalgia pro meu trabalho, recriando capas físicas de VHS com tudo que tinha na época: capa, contracapa, sinopse, indicação de idade. Misturo tudo isso com a minha arte, juntando minhas vivências com histórias fictícias inspiradas nos filmes que eu assistia quando era jovem.”

E para você? Qual a sua lembrança favorita dos anos 90?

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