Não é mistério para ninguém: estamos sentindo na pele, a cada ano que passa, as extremas mudanças climáticas, a poluição, os resíduos e a perda da biodiversidade. Infelizmente, a economia global está cada vez mais consumindo os recursos naturais que temos, tornando a sobrevivência no mundo cada vez mais insustentável.
Mas, como sabemos, se queremos que algo mude, precisamos dar o primeiro passo. Por isso, já parou para pensar no que faz diariamente que contribui para os danos ambientais do planeta? E, melhor, o que faz ativamente para reduzi-los?
Essas perguntas exigem uma grande autorreflexão, e enquanto você pensa nisso, aproveito para te convidar a ajudar o meio ambiente sem precisar sair de casa! Vem conhecer o projeto e a campanha Somos do Mar.
Conheça o Somos do Mar: mão no livro e pé na estrada
Após três campanhas bem-sucedidas aqui, no Catarse, Diulie e Rafael retornam com o objetivo não só de viabilizar o novo projeto, mas também de acreditarem que não estão sozinhos e que é possível construir, juntos, um mundo melhor.
Na atual campanha, Somos todos do mar: livro na mão e pé na estrada, o casal conta com a sua ajuda para publicarem um novo livro, além de darem continuidade ao projeto de alcançarem a última pontinha do litoral brasileiro, fazendo a diferença ao popularizarem conhecimento sobre o oceano e disseminarem práticas sustentáveis para combater o lixo no mar de forma lúdica e criativa.
Viu só como é possível ajudar a biodiversidade sem sair de casa? Então, clique aqui para conhecer todos os detalhes da campanha.
E eu já te adianto: a campanha conta com recompensas superinteressantes, com produtos de suas parceiras as como camisetas da Santacosta e a possibilidade de concorrer a uma bicicleta ecológica feita de plástico reciclado da Muzzicycle! Demais, não é mesmo?
Outra parceira, a Portonave, embarcou nessa e comprometeu-se a dobrar o valor se o Somos do Mar atingir a meta, permitindo que eles sigam com a expedição. Ou seja, a campanha é de matchfunding!
Uma entrevista com os idealizadores da campanha
Nada melhor do que conhecer os idealizadores e entender o que está por trás das ideias do projeto e da campanha, não é mesmo? Por isso, convidei a Duelie e o Rafa para uma entrevista, para que você possa conhecê-los melhor. Confira!
Lorena: Como foi que surgiu o Somos do Mar? A conversa, a idealização, quando vocês, juntos, falaram, agora é pra valer?
Diulie: Nós somos um casal da área ambiental e queríamos gerar transformação frente aos problemas que enfrentamos, especialmente lixo no mar. Então, em 2016, descobrimos o empreendedorismo criativo e passamos a estudar; inclusive foi nessa época que conhecemos o financiamento coletivo em um vídeo do YouTube da Rafa Cappai com um dos fundadores do Catarse. Fomos colocando ideais no papel e quase um ano depois nasceu o Somos do Mar. Seguindo o que aprendemos, começamos com o que tínhamos, de onde estávamos, para ir testando e adequando nossas ideias na prática.
Rafael: Tínhamos um trabalho convencional e nas horas vagas fazíamos ações do projeto na nossa região. Tudo começou a fluir, e em um ano e meio estávamos prontos, e com portifólio, para partir para o projeto original de percorrer o Brasil com as nossas ações de educação ambiental, que foi viabilizado por uma campanha muito linda aqui no Catarse. Dali em diante, já são cinco anos vivendo e trabalhando exclusivamente com o Somos do Mar.
L: Quais são as atividades que cada um de vocês fazem diariamente para viabilizar a existência do projeto?
R: Nosso trabalho tem duas partes, uma é fazer as ações, que são as oficinas e os espetáculo, na estrada; e a outra é comunicar nas redes o que fazemos. Por necessidade, no decorrer do tempo fomos encontrando e desenvolvendo novas habilidades para manter o projeto, que vão desde edição de vídeo até falar bem em frente à câmera. Para as ações do projeto os trabalhos envolvem produção, que é fazer acontecer as ações nas cidades que passamos com ajuda de atores locais, e o desenvolvimento das atividades, com o planejamento e o pós com entrevistas e avaliação.
D: Ainda tem ensaios e treinos, pois temos um espetáculo de teatro e circo. Como nos tornamos artistas daria um livro, mas aconteceu e cá estamos utilizando da arte como ferramenta de educação. Sempre registrando tudo por fotos e vídeos para publicar depois. Talvez essa seja a parte mais complexa, porque viajar e produzir conteúdo já tomariam todo o tempo. Contudo, é essencial mostrar o projeto na estrada, principalmente para quem nos apoia.
L: Poderiam fazer uma retrospectiva das últimas campanhas que fizeram aqui, no Catarse, e como elas contribuíram para a conservação ambiental?
D: Nós entregamos, pelo litoral do brasileiro, nossas atividades de educação e arte de forma gratuita! Até o momento mais de 30 mil pessoas participaram diretamente de nossas ações, do Rio Grande do Sul a Bahia, e queremos chegar até a Amazônia. Atuamos com adultos e crianças, sensibilizando, oxigenando as ideias e fortalecendo iniciativas locais. Com a doação de nossos livros, ocorrem desdobramentos e mesmo não estando nos lugares o projeto continua acontecendo de certa forma.
R: Desde que demos as mãos com o financiamento coletivo conseguimos iniciar nossa expedição em 2019, enfrentamos uma pandemia publicando nosso primeiro livro infantil em 2020, que doamos mais de mil exemplares e hoje está na terceira edição; e viabilizamos o retorno da expedição em 2022. E agora, em 2024, queremos publicar nosso segundo livro infantil e permitir a continuidade do projeto até a última pontinha de nosso litoral brasileiro.
L: Como surgiu a ideia, as personagens e o enredo do segundo livro? Ele é uma continuação do primeiro? Vocês poderiam dar um pequeno spoiler inédito do livro Oceano climático?
D: Oceano climático será uma nova aventura, com nossas personagens, Marina e Robertino. Elas surgiram em nosso espetáculo de teatro e circo e viraram personagens de livro, durante a pandemia. O primeiro livro, Mar de Soluções, falava de lixo no mar e a narrativa fortaleceu o vínculo das personagens, e assim vimos a oportunidade de falar de outros temas. O novo livro falará de mudanças climáticas de forma lúdica e criativa, por ser um tema complexo que enfrenta bastante negacionismo, mas que precisa ser debatido cada vez mais. A ideia é fazer o caminho reverso, a partir do livro criar um espetáculo para circular futuramente. Na primeira história, Marina e Robertino se encontram no mar; desta vez Marina, que é uma criatura das profundezas do Oceano, vai para a cidade, e lá muitas coisas serão reveladas. Falaremos desde racismo ambiental até os possíveis caminhos para enfrentar a crise climática, tendo o Oceano como guia.
L: Além da publicação do segundo livro, o que vocês acreditam que tem de diferente da atual campanha das anteriores?
D: Nessa campanha fomos buscar na nossa história a força para continuar, pois mesmo com tantos desafios no caminho seguimos acreditando! Todos os dias pessoas nos falam como nosso trabalho impactou suas vidas, então vemos muito valor no que estamos fazendo e precisamos continuar. Parece que o mundo ficou mais cascudo pós-pandemia, as pessoas se conectaram ainda mais com as telas. Então, a continuidade do projeto envolve também o resgate do encantamento, da magia, do acreditar que o mundo pode ser diferente, pois falamos de problemas ambientais de um lugar amoroso e empático, e vemos que o mundo está carente disso.
L: Como surgiram as parcerias no projeto, assim o transformando em matchfunding?
R: Na nossa primeira campanha, em 2018, inserimos cotas de patrocínio e foi assim que uma grande empresa, a Portonave, embarcou. Porém, em 2022, quando fomos fazer a terceira campanha, a empresa tinha interesse em continuar o patrocínio mas existia uma lacuna, que era a questão de a gente ainda precisar fazer campanha, pois o valor do patrocínio era insuficiente. Nisso tivemos que pensar como isso aparentava para a empresa e para nós enquanto projeto, pois ficava no ar: “por que fazer campanha se você é patrocinado?” Então tivemos a ideia de propor o matchfunding. Assim fortalecia nosso vínculo com a empresa, e nosso público veria como uma união de duas forças, pessoa jurídica e física por uma mesma causa, que na verdade é exatamente do que se trata matchfunding. Além disso, com o matchfunding conseguimos fazer a campanha com uma meta mais baixa, sendo mais fácil de atingi-la. Deu tão certo que estamos repetindo nessa campanha e conseguimos até aumentar o valor do patrocínio de acordo com a necessidade da nossa meta atual. Outra parceria importante, desde nossa primeira campanha, são os parceiros de recompensas, pois sabemos que a redução do custo das recompensas, impacta bastante no resultado final. Desde o início a Santacosta fornece as camisetas sem nenhum custo para nós. E uma informação importante é que nós fornecermos relatórios semestrais com os resultados do projeto para nossos parceiros.
L: O que vocês gostariam de dizer para quem está lendo este post, além de apoiar o projeto?
D: De alguma forma é preciso seguir acreditando em nossos sonhos. E é sempre importante sentir de que lugar vem esse sonho, se for do coração, quando você começar a se mover e acreditar de verdade, todo o tipo de ajuda vai surgir, e mesmo que com muito trabalho e desafios no caminho, você terá energia e condições de fazer acontecer!
R: Lembrando que sonhos que trazem benefícios coletivos fazem muito mais sentido no tempo em que vivemos. Se organizar direitinho, todo mundo tem um papel para construir o mundo que a gente sonha em viver! Bora valorizar as boas ideias! Embarque com a gente nessa campanha! Vem que falta pouco para que Oceano climático seja publicado e vá para as mãos de crianças de todo o Brasil!
Curtiu conhecer um pouco mais do projeto pelos próprios idealizadores, a Diulie e o Rafael? Eles estão contando com o seu apoio para que a campanha atinja a meta e assim ela possa ser dobrada! Então não perca tempo, pois ela ficará no ar só até 13/05!
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