5 insights importantes do Panorama do Consumo de Livros no Brasil

O mercado editorial começou o ano com um dado importante: 84% da população brasileira não comprou nenhum livro nos últimos 12 meses segundo a pesquisa Panorama do Consumo de Livros. A 2ª edição da pesquisa não apresentou mudanças significativas em relação à sua edição anterior, mas segue apontando importantes indicativos para profissionais do setor.

Apesar de alguns dados alarmantes, gosto de tentar olhar para determinados números por uma ótica mais positiva ou, no mínimo, como focos de atenção para possibilidades de investimento e direcionamento de estratégias. Estudos e pesquisas assim são essenciais para que nós, como profissionais do livro, possamos pensar as melhores maneiras de chegar nos leitores certos e continuar fomentando nosso mercado.

Confira 5 insights importantes do Panorama do Consumo de Livros no Brasil!

1. As mulheres são as maiores consumidoras de livros do Brasil

A pesquisa mostrou que as mulheres vêm mantendo uma posição estratégica no mercado e já são a maioria dos consumidores de livros no país. Segundo a pesquisa, 61% dos consumidores de livros são mulheres e a Classe C concentra o maior percentual de mulheres consumidoras de livros. Além disso, o maior crescimento de consumidores apresentado levando em conta a faixa etária, foram das mulheres na faixa de 45-54 anos. As mulheres também representam 62% das pessoas que compraram mais de 10 livros nos últimos 12 meses, sendo 41% dessas consumidoras pertencentes à classe B e 39% à classe C.

Esses dados reforçam a importância das mulheres como impulsionadoras de tendências, como parte essencial do mercado editorial e como forte público consumidor, e já é possível perceber como o mercado tem se moldado com base nisso. Estamos observando gêneros se tornando grandes fenômenos editoriais com base em um público majoritariamente feminino, como as romantasias e outras tendências lideradas pelas bookredes, também como presença expressiva de criadoras de conteúdo.

Recentemente tivemos a chegada da Bloom Books no Brasil, um selo voltado para a publicação de romances predominantemente escritos por mulheres com foco no público feminino, como parte do Grupo Companhia das Letras, que também leva em conta demandas do mercado na construção de seu catálogo.

2. Com preços semelhantes, 49% das pessoas prefere comprar em livraria

Apesar do avanço das compras online, muitos consumidores valorizam a experiência de visitar livrarias. A pesquisa revelou que 49% das pessoas optariam por comprar em lojas físicas caso o preço fosse equivalente ao das plataformas digitais. Isso sugere que a experiência sensorial, o contato direto com os livros e o ambiente da livraria ainda são fatores decisivos para uma parcela significativa dos leitores.

Entre os principais motivos que levam à escolha das lojas físicas, destacam-se a possibilidade de folhear o livro antes da compra, o prazer de sair com o exemplar em mãos sem precisar aguardar a entrega e o atendimento especializado dos livreiros. Além disso, o público que prefere compras presenciais tem maior tendência a consumir outros bens culturais, como ingressos para cinema, teatro e museus, demonstrando um perfil de consumo voltado à experiência e ao entretenimento. Um dado interessante é o de que 45% dos consumidores de ingressos de cinema também consumiram livros.

Para as livrarias, esse dado representa uma oportunidade de fidelizar clientes através da curadoria de títulos, da realização de eventos literários e da oferta de experiências diferenciadas, como sessões de autógrafos, encontros com autores, espaços de ativação etc. A personalização do atendimento e o fortalecimento do vínculo com a comunidade leitora podem ser estratégias eficazes para manter a relevância das lojas físicas no cenário atual. Além disso, depois da divulgação da pesquisa, alguns profissionais e entidades do setor, incluindo a Câmara Brasileira do Livro, já se manifestaram relacionando esse fato à pressão por políticas de fortalecimento do livro.

3. 77% das pessoas pretendem comprar livros nos próximos 3 meses

A pesquisa revelou um dado extremamente positivo para o mercado editorial: 77% dos consumidores pretendem comprar livros nos próximos três meses, 15% não sabe dizer e apenas 8% afirma que não pretende comprar. Esse dado demonstra que quem já tem o hábito da comprar livros quer mantê-lo, garantindo um fluxo contínuo de vendas e abrindo oportunidades para estratégias de fidelização.

O alto percentual de intenção de compra reforça a importância de ações promocionais, lançamentos estratégicos e campanhas de marketing bem posicionadas que incentivem o engajamento dos leitores. A pesquisa também mostra que o tema e/ou assunto do livro continua sendo o fator que mais influencia na escolha dos livros e a maior parte dos consumidores comprou livros, tanto impressos quanto digitais, pensando em crescimento pessoal, lazer/entretenimento e presentear.

Ou seja, quem tem interesse em comprar, tem interesse no produto. No caso dos livros, as editoras e o varejo precisam pensar em formas estratégicas e financeiramente viáveis de alcançar um público consumidor já existente ao mesmo tempo em que se faz cada vez mais necessário aumentar o número de pessoas que compram livros no Brasil.

4. O maior motivo para não terem comprado livros foi a falta de tempo

O preço segue como o maior fator de desmotivação entre os não consumidores, entretanto, quando questionados sobre o motivo para não terem comprado livros nos últimos 12 meses, a principal razão foi a falta de tempo para leitura. Mesmo assim, a maioria dos não consumidores segue afirmando que ler livros é uma atividade importante e a maioria também tem intenção de ler livros com uma frequência maior. Esse dado sugere que, para muitos brasileiros, a leitura não é uma prioridade na rotina, mesmo sendo considerada uma atividade importante.

Tivemos o crescimento de grandes redes como a Livraria Leitura no país, mas ainda é insuficiente para alcançar a população como um todo. Levando em conta que o segundo principal desmotivador para a compra de livros é a falta de loja/livraria perto, essa percepção reforça a necessidade de iniciativas que ajudem a criar o hábito de ler, além de políticas públicas de democratização e acesso à leitura.

É importante entendermos o que significa a falta de tempo à qual os entrevistados se referem. Sabemos que rotinas exaustivas de trabalho, aliadas à exposição constante às redes sociais se mostram um impeditivo para a priorização de atividades como a leitura. Entretanto, caso a falta de tempo esteja relacionada a tempos cada vez maiores em telas, falta de incentivo à leitura, talvez clubes do livro, recomendação de pessoas próximas e influenciadores literários possam ajudar a formar novos leitores ou incentivar a inserir a leitura na rotina.

O fortalecimento do mercado de audiolivros pode ser uma alternativa para aqueles que querem consumir livros de forma mais prática. Segundo a pesquisa, o consumo de audiobooks cresceu no último ano e mais pessoas responderam que utilizaram o rádio do carro para a leitura de livros digitais.

5. Não há diferença de percepção de preço por classe social

O preço do livro é um dos assuntos mais polêmicos e delicados envolvendo o mercado editorial e o universo dos livros. A falta de entendimento em relação à cadeia produtiva do livro e ao preço dos insumos como o papel, a desvalorização de produtos culturais ao longo dos anos e a penetração de grandes players como a Amazon ajudaram a moldar o pensamento do consumidor em relação ao preço do livro.

Ao contrário do que se acredita, o livro não está mais caro. Segundo Mariana Bueno, coordenadora de pesquisas econômicas e setoriais da Nielsen BookData, de 2006 a 2022, o preço médio da indústria, ou seja, o preço médio praticado pelas editoras, sofreu queda de 40% em termos reais. Rodrigo Casarin, colunista do Página Cinco, já chegou a refletir sobre a percepção de que o livro está caro versus a renda da população brasileira.

A pesquisa mostra que a percepção do preço dos livros é semelhante em todas as diferentes classes sociais, até mesmo para a Classe A que, teoricamente, teria mais acesso ao livro como um bem de consumo. Ela é a classe que mais afirma que preço bom/justo é o que motiva/motivaria a comprar livros. A Classe A é a mesma que, comparada com as outras, mais prefere fazer outra coisa à ler e a que mais afirma não ter tempo para a leitura.

É interessante observarmos a percepção do preço em relação aos tipos de livros. Os consumidores consideram nem caros nem baratos os livros para entretenimento e lazer e os livros infantis e juvenis. Já os livros escolares e os livros voltados para aprimoramento pessoal e profissional foram classificados pela maioria como caros.

Em um mercado com insumos cada vez mais caros, a delicada questão do câmbio e a constante desvalorização do livro como um produto, profissionais do mercado editorial precisam apertar os orçamentos para não inviabilizar a produção do livro ao mesmo tempo em que lutam para não repassar esses custos de forma gritante aos consumidores.

Esse é um assunto que rende muitas conversas por si só, mas acredito que investir em transparência e conteúdos de bastidores e educação de mercado, possa ser uma estratégia, mesmo que de longo prazo, para desmistificar o preço do livro.

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Divulgar e falar sobre os resultados de pesquisas como o Panorama do Consumo de Livros no Brasil é uma forma de jogar a realidade do mercado para as rodas de conversa. É trazer os leitores e consumidores para mais perto dos dilemas enfrentados por quem trabalha com livros e ajudar a trazer para a esfera pública os desafios do mercado.

Se queremos um mercado editorial mais forte, é essencial entender os hábitos e desafios do consumidor brasileiro. O Panorama do Consumo de Livros no Brasil nos dá um retrato valioso que pode ajudar a traçar estratégias mais assertivas para estimular o consumo de livros, entender o hábito da leitura e ampliar o alcance dos livros.

Laura Brand
Editora, coordenadora editorial, jornalista, comunicadora e criadora de conteúdo. Especializou-se no mercado editorial e no trabalho com os livros por instituições como PUC Minas e Columbia Journalism School.

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5 insights importantes do Panorama do Consumo de Livros no Brasil

O mercado editorial começou o ano com um dado importante: 84% da população brasileira não comprou nenhum livro nos últimos 12 meses segundo a pesquisa Panorama do Consumo de Livros. A 2ª edição da pesquisa não apresentou mudanças significativas em relação à sua edição anterior, mas segue apontando importantes indicativos para profissionais do setor.

Apesar de alguns dados alarmantes, gosto de tentar olhar para determinados números por uma ótica mais positiva ou, no mínimo, como focos de atenção para possibilidades de investimento e direcionamento de estratégias. Estudos e pesquisas assim são essenciais para que nós, como profissionais do livro, possamos pensar as melhores maneiras de chegar nos leitores certos e continuar fomentando nosso mercado.

Confira 5 insights importantes do Panorama do Consumo de Livros no Brasil!

1. As mulheres são as maiores consumidoras de livros do Brasil

A pesquisa mostrou que as mulheres vêm mantendo uma posição estratégica no mercado e já são a maioria dos consumidores de livros no país. Segundo a pesquisa, 61% dos consumidores de livros são mulheres e a Classe C concentra o maior percentual de mulheres consumidoras de livros. Além disso, o maior crescimento de consumidores apresentado levando em conta a faixa etária, foram das mulheres na faixa de 45-54 anos. As mulheres também representam 62% das pessoas que compraram mais de 10 livros nos últimos 12 meses, sendo 41% dessas consumidoras pertencentes à classe B e 39% à classe C.

Esses dados reforçam a importância das mulheres como impulsionadoras de tendências, como parte essencial do mercado editorial e como forte público consumidor, e já é possível perceber como o mercado tem se moldado com base nisso. Estamos observando gêneros se tornando grandes fenômenos editoriais com base em um público majoritariamente feminino, como as romantasias e outras tendências lideradas pelas bookredes, também como presença expressiva de criadoras de conteúdo.

Recentemente tivemos a chegada da Bloom Books no Brasil, um selo voltado para a publicação de romances predominantemente escritos por mulheres com foco no público feminino, como parte do Grupo Companhia das Letras, que também leva em conta demandas do mercado na construção de seu catálogo.

2. Com preços semelhantes, 49% das pessoas prefere comprar em livraria

Apesar do avanço das compras online, muitos consumidores valorizam a experiência de visitar livrarias. A pesquisa revelou que 49% das pessoas optariam por comprar em lojas físicas caso o preço fosse equivalente ao das plataformas digitais. Isso sugere que a experiência sensorial, o contato direto com os livros e o ambiente da livraria ainda são fatores decisivos para uma parcela significativa dos leitores.

Entre os principais motivos que levam à escolha das lojas físicas, destacam-se a possibilidade de folhear o livro antes da compra, o prazer de sair com o exemplar em mãos sem precisar aguardar a entrega e o atendimento especializado dos livreiros. Além disso, o público que prefere compras presenciais tem maior tendência a consumir outros bens culturais, como ingressos para cinema, teatro e museus, demonstrando um perfil de consumo voltado à experiência e ao entretenimento. Um dado interessante é o de que 45% dos consumidores de ingressos de cinema também consumiram livros.

Para as livrarias, esse dado representa uma oportunidade de fidelizar clientes através da curadoria de títulos, da realização de eventos literários e da oferta de experiências diferenciadas, como sessões de autógrafos, encontros com autores, espaços de ativação etc. A personalização do atendimento e o fortalecimento do vínculo com a comunidade leitora podem ser estratégias eficazes para manter a relevância das lojas físicas no cenário atual. Além disso, depois da divulgação da pesquisa, alguns profissionais e entidades do setor, incluindo a Câmara Brasileira do Livro, já se manifestaram relacionando esse fato à pressão por políticas de fortalecimento do livro.

3. 77% das pessoas pretendem comprar livros nos próximos 3 meses

A pesquisa revelou um dado extremamente positivo para o mercado editorial: 77% dos consumidores pretendem comprar livros nos próximos três meses, 15% não sabe dizer e apenas 8% afirma que não pretende comprar. Esse dado demonstra que quem já tem o hábito da comprar livros quer mantê-lo, garantindo um fluxo contínuo de vendas e abrindo oportunidades para estratégias de fidelização.

O alto percentual de intenção de compra reforça a importância de ações promocionais, lançamentos estratégicos e campanhas de marketing bem posicionadas que incentivem o engajamento dos leitores. A pesquisa também mostra que o tema e/ou assunto do livro continua sendo o fator que mais influencia na escolha dos livros e a maior parte dos consumidores comprou livros, tanto impressos quanto digitais, pensando em crescimento pessoal, lazer/entretenimento e presentear.

Ou seja, quem tem interesse em comprar, tem interesse no produto. No caso dos livros, as editoras e o varejo precisam pensar em formas estratégicas e financeiramente viáveis de alcançar um público consumidor já existente ao mesmo tempo em que se faz cada vez mais necessário aumentar o número de pessoas que compram livros no Brasil.

4. O maior motivo para não terem comprado livros foi a falta de tempo

O preço segue como o maior fator de desmotivação entre os não consumidores, entretanto, quando questionados sobre o motivo para não terem comprado livros nos últimos 12 meses, a principal razão foi a falta de tempo para leitura. Mesmo assim, a maioria dos não consumidores segue afirmando que ler livros é uma atividade importante e a maioria também tem intenção de ler livros com uma frequência maior. Esse dado sugere que, para muitos brasileiros, a leitura não é uma prioridade na rotina, mesmo sendo considerada uma atividade importante.

Tivemos o crescimento de grandes redes como a Livraria Leitura no país, mas ainda é insuficiente para alcançar a população como um todo. Levando em conta que o segundo principal desmotivador para a compra de livros é a falta de loja/livraria perto, essa percepção reforça a necessidade de iniciativas que ajudem a criar o hábito de ler, além de políticas públicas de democratização e acesso à leitura.

É importante entendermos o que significa a falta de tempo à qual os entrevistados se referem. Sabemos que rotinas exaustivas de trabalho, aliadas à exposição constante às redes sociais se mostram um impeditivo para a priorização de atividades como a leitura. Entretanto, caso a falta de tempo esteja relacionada a tempos cada vez maiores em telas, falta de incentivo à leitura, talvez clubes do livro, recomendação de pessoas próximas e influenciadores literários possam ajudar a formar novos leitores ou incentivar a inserir a leitura na rotina.

O fortalecimento do mercado de audiolivros pode ser uma alternativa para aqueles que querem consumir livros de forma mais prática. Segundo a pesquisa, o consumo de audiobooks cresceu no último ano e mais pessoas responderam que utilizaram o rádio do carro para a leitura de livros digitais.

5. Não há diferença de percepção de preço por classe social

O preço do livro é um dos assuntos mais polêmicos e delicados envolvendo o mercado editorial e o universo dos livros. A falta de entendimento em relação à cadeia produtiva do livro e ao preço dos insumos como o papel, a desvalorização de produtos culturais ao longo dos anos e a penetração de grandes players como a Amazon ajudaram a moldar o pensamento do consumidor em relação ao preço do livro.

Ao contrário do que se acredita, o livro não está mais caro. Segundo Mariana Bueno, coordenadora de pesquisas econômicas e setoriais da Nielsen BookData, de 2006 a 2022, o preço médio da indústria, ou seja, o preço médio praticado pelas editoras, sofreu queda de 40% em termos reais. Rodrigo Casarin, colunista do Página Cinco, já chegou a refletir sobre a percepção de que o livro está caro versus a renda da população brasileira.

A pesquisa mostra que a percepção do preço dos livros é semelhante em todas as diferentes classes sociais, até mesmo para a Classe A que, teoricamente, teria mais acesso ao livro como um bem de consumo. Ela é a classe que mais afirma que preço bom/justo é o que motiva/motivaria a comprar livros. A Classe A é a mesma que, comparada com as outras, mais prefere fazer outra coisa à ler e a que mais afirma não ter tempo para a leitura.

É interessante observarmos a percepção do preço em relação aos tipos de livros. Os consumidores consideram nem caros nem baratos os livros para entretenimento e lazer e os livros infantis e juvenis. Já os livros escolares e os livros voltados para aprimoramento pessoal e profissional foram classificados pela maioria como caros.

Em um mercado com insumos cada vez mais caros, a delicada questão do câmbio e a constante desvalorização do livro como um produto, profissionais do mercado editorial precisam apertar os orçamentos para não inviabilizar a produção do livro ao mesmo tempo em que lutam para não repassar esses custos de forma gritante aos consumidores.

Esse é um assunto que rende muitas conversas por si só, mas acredito que investir em transparência e conteúdos de bastidores e educação de mercado, possa ser uma estratégia, mesmo que de longo prazo, para desmistificar o preço do livro.

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Divulgar e falar sobre os resultados de pesquisas como o Panorama do Consumo de Livros no Brasil é uma forma de jogar a realidade do mercado para as rodas de conversa. É trazer os leitores e consumidores para mais perto dos dilemas enfrentados por quem trabalha com livros e ajudar a trazer para a esfera pública os desafios do mercado.

Se queremos um mercado editorial mais forte, é essencial entender os hábitos e desafios do consumidor brasileiro. O Panorama do Consumo de Livros no Brasil nos dá um retrato valioso que pode ajudar a traçar estratégias mais assertivas para estimular o consumo de livros, entender o hábito da leitura e ampliar o alcance dos livros.

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