Por que editoras usam o Catarse?

Editora independente é aquela que não possui vínculo com nenhum grupo de investidores ou de grandes empresas. “E eu gosto muito deste termo [independente] porque quando aplicado ao financiamento coletivo o segredo parece apontar o contrário, já que precisamos entender que se é necessário uma construção de comunidade”, comenta Raquel Menezes, editora há 11 anos da Oficina Raquel e integrante do corpo de jurados do +LIVROS, a primeira campanha cocriada com o próprio Catarse para apoiar o mercado editorial (autores, editoras e livrarias).

E o mundo dos livros tem uma história linda e ainda em construção com o Catarse. Com uma réplica de osso em tamanho real, o brinde disponibilizado para a edição especial de 2001: Uma Odisséia no Espaço", da editora Aleph, garantiu 460 mil reais em seu aniversário de 50 anos, em 2018. A Jambô, editora especializada em RPG, levantou quase 2 milhões de reais em menos de 60 dias, enquanto projetos como os da Wish viraram referência, sendo citados como exemplo por quase todos os entrevistados deste conteúdo especial.

À frente da editora Clepsidra, Cid Vale explica que, por falta de informação, no começo “acreditava que uma editora estar à frente de um projeto de crowdfunding era uma demonstração de fragilidade. Hoje já entendo seu papel fundamental em viabilizar produtos. Você financia, faz o marketing e cria uma comunidade, que não só vai consumir aquela obra, mas também vai ajudar a disseminar toda a ideia”, conta.

Henrique Morais, fundador da editora Corvus, diz que sempre brinca "que o Catarse é a mãe e o pai da Corvus. Sonhava em ter uma editora e isso só foi possível graças ao financiamento coletivo". Em seu primeiro projeto, em 2019, “Antologia Vilãs – O Lado Obscuro da Fantasia” a editora atingiu 147% da meta, com R$ 7.637,00 e 166 apoios.

Tatiany Leite
Tatiany Leite é jornalista formada pela FMU. Já trabalhou na MTV e também como coordenadora de produção do Youtube Space em São Paulo. Atualmente, é youtuber do canal Vá Ler um Livro em parceria com Augusto Assis.

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Por que editoras usam o Catarse?

Editora independente é aquela que não possui vínculo com nenhum grupo de investidores ou de grandes empresas. “E eu gosto muito deste termo [independente] porque quando aplicado ao financiamento coletivo o segredo parece apontar o contrário, já que precisamos entender que se é necessário uma construção de comunidade”, comenta Raquel Menezes, editora há 11 anos da Oficina Raquel e integrante do corpo de jurados do +LIVROS, a primeira campanha cocriada com o próprio Catarse para apoiar o mercado editorial (autores, editoras e livrarias).

E o mundo dos livros tem uma história linda e ainda em construção com o Catarse. Com uma réplica de osso em tamanho real, o brinde disponibilizado para a edição especial de 2001: Uma Odisséia no Espaço", da editora Aleph, garantiu 460 mil reais em seu aniversário de 50 anos, em 2018. A Jambô, editora especializada em RPG, levantou quase 2 milhões de reais em menos de 60 dias, enquanto projetos como os da Wish viraram referência, sendo citados como exemplo por quase todos os entrevistados deste conteúdo especial.

À frente da editora Clepsidra, Cid Vale explica que, por falta de informação, no começo “acreditava que uma editora estar à frente de um projeto de crowdfunding era uma demonstração de fragilidade. Hoje já entendo seu papel fundamental em viabilizar produtos. Você financia, faz o marketing e cria uma comunidade, que não só vai consumir aquela obra, mas também vai ajudar a disseminar toda a ideia”, conta.

Henrique Morais, fundador da editora Corvus, diz que sempre brinca "que o Catarse é a mãe e o pai da Corvus. Sonhava em ter uma editora e isso só foi possível graças ao financiamento coletivo". Em seu primeiro projeto, em 2019, “Antologia Vilãs – O Lado Obscuro da Fantasia” a editora atingiu 147% da meta, com R$ 7.637,00 e 166 apoios.

“É muito bonito ver que estamos mudando o mercado para melhor. É surreal ver produtores e artistas se apoiando e, além disso, produtores com os leitores, mesmo depois que as campanhas terminam. E é a primeira vez que o leitor tem um papel tão fundamental e em um lugar muito mais imersivo”, diz Henrique.

Falando nessa imersão, é importante lembrar que no mercado editorial, até pouco tempo, o consumidor só entrava no final da cadeia produtiva do livro, na última etapa do processo: depois da curadoria, da edição, da impressão, da distribuição e do livro em si. “É como se o trabalho do leitor fosse entrar em um shopping e abrir a carteira”, diz Marina Avila, da Wish, “no final, o financiamento quebra todos esses processos”. Não à toa, em uma de suas campanhas, a Corvus viu pessoas que nem faziam parte do projeto oferecendo recompensas para quem apoiasse “Heroínas”. “Para quem é independente, como a editora é, o apoio precisa vir de todos os lados, uma campanha não se financia sozinha”.

Mas, não são apenas essas editoras que apostam em campanhas digitais. O novo recorde na categoria de Literatura no Catarse é de uma grande casa editorial: “Confinada”, uma história em quadrinhos da Todavia. “É interessante porque no começo esse espaço de financiamento coletivo servia para quem não tinha como se destacar nos canais convencionais, o que foi notado pelas [editoras] independentes como possibilidade de redução de risco, mas hoje tem sido usado por absolutamente todo mundo”, completa Guilherme Kroll sócio-proprietário da Balão Editorial.

“Nosso modelo é um pouco diferente já que fazemos uma série de coisas além dos livros, sendo pela Banca, Sala Tatuí, ou qualquer um dos projetos que temos”, aponta João Varella, que junto com Cecília Arbolave conduz a editora Lote 42.

“No fim, para as editoras, o modelo de financiamento coletivo te fornece dados incontestáveis de pesquisa de mercado e público e isso independente de seu tamanho e aporte”, aponta João.

Varella, que começou no Catarse em 2014 para trazer o uruguaio Gervasio Troche para o Brasil e que neste ano buscou financiamento para a reedição da graphic novel “Apocalipse, por favor”, ainda faz uma ótima analogia: “é só olhas para os games ou os filmes antigos, que tinham um formato pensado para a época e que hoje podem ser emulados em computadores ou exibidos em telas de últimas gerações.

O livro, há séculos, é papel e tinta, então é um formato que também aspira à eternidade. E quando você coloca o nome de um apoiador ali, escrito, o leitor vira um mecenas, entra para a história, muda o valor e estrutura do projeto”.

“É isso: uma mistura de afetos e negócios”, completa a editora da Oficina Raquel, “inclusive, tenho dois motivos para estar no Catarse, o primeiro é o de alinhar minhas expectativas, construção de marca mesmo. O segundo motivo é entender o lugar daquela obra, o quanto ela pode girar a máquina de uma empresa”. E tudo isso junto e misturado, segundo o editor da Clepsidra que, sozinho, já criou mais de 20 campanhas: “não é só o produto em si, mas é o processo de criação dele. Apresentar a semente de um sonho e fazer ele ser regado por várias pessoas”.

Tatiany Leite
 conversou com
Editora Aleph
Editora Clepsidra
Editora Corvus
Editora Oficina Raquel
Lote 42
Todavia Livros
Balão Editorial
Marina Avila

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